foto @qasioun.net |
O
caça bombardeiro russo Su-24, pertencente à frota do Mar Báltico sofreu um
acidente grave na base aérea russa de Hmeymim na Síria. O aparelho ardeu e os seus
pilotos morreram. Acidente foi confirmado pelo Ministério da Defesa russo.
De
acordo com agência russa Interfax, o aparelho pertencia à 72ª Brigada de
aviação da Guarda da base aérea, aquartelada na cidade de Cherniakhovsk e
pertencente à frota russa do Báltico. Os dados OSINT apontam
que os pilotos mortos são capitão Yuri Medvedkov e navegador Yuri Kopylov. Sabe-se
que o aparelho rolou para fora da pista e os pilotos não conseguiram se
catapultar. A versão oficial preliminar russa aponta uma falha mecânica,
escreve a agência russa news.mail.ru.
Se
a versão preliminar se confirmar, significará que dos 4 aviões russos perdidos
na Síria até agora (cuja perda foi confirmada oficialmente), ¾ ou 75% se
perderam por falhas técnicas ou uma manutenção deficiente (em 24/11/2015 a
força aérea turca abateu o caça bombardeiro russo Su-24; no fim de 2016 do couraçado
“Almirante Kuznetsov” caíram no mar MiG-29K e Su-33, como recorda Newsru.com). Além
disso, não é de excluir de tudo a ação das forças anti-Assad, assim, muitíssimo
recentemente a resistência moderada síria do grupo Jaysh Idlib al-Hurr (Exército
Livre de Idlib) afirmou que atingiu com o fogo das antiaéreas o caça-bombardeiro
russo Su-22 (ou Su-24) no norte da província de Hama.
Perdas
russas
O
conhecido terrorista russo Igor “Stelkov” Girkin, na sua página da rede VK afirmou, citando
um dos seus subordinados feridos, que nas duas últimas semanas as forças armadas
russas perderam na Síria (de forma irrecuperável) cerca de 20 efetivos e cerca
de 60 são as mesmas perdas da empresas militares privadas (EMP).
O
blogueiro militarista russo el-murid avalia as
perdas globais russas em 2.500-3.000 efetivos em dois anos de guerra, cerca de
60% são mercenários afetos às EMP (nem todos morreram em combate, alguns foram
vítimas dos ferimentos e das de doenças). Em números absolutos, este nível de perdas
é comparável com as perdas soviéticas no Afeganistão, mas tendo em conta que no
Afeganistão a URSS mantinha o contingente militar de 100.000, as perdas sírias,
em percentagem, são bastante superiores.
No
dia 9 de outubro na Internet foram reveladas mais duas fotos dos mercenários afetos
às EMP russas, mortos na Síria em Idlib. Um é belaruso Alexey Iaroshevich (nascido em 05.12.1974; motoqueiro
pró-russo, liquidado em 19.09.2017) e outro é Igor Kryzhanovski (02.09.1986;
possivelmente morto no mesmo dia e no mesmo local).
foto @twitter.com/bad_moskal |
Sabe-se
que no dia 19 de setembro foi atacada a polícia militar russa em Idlib. Pela versão
oficial,
os 29 polícias cercados foram salvos pela unidade composta por “forças de operações
especiais e da polícia militar [russas] e spetsnaz sírio” que “apoiados por dois
Su-25, sem perdas, mas com apenas três militares das forças especiais [russas]
feridos, romperam o cerco e chegaram até a zona controlada pelas forças governamentais
sírias”. O
já citado el-murid
conta que o desbloqueio foi efetuado pelas forças de uma EMP russa, no decorrer
da operação houve baixas mortais russas.
A
captura do Curkanu e Zanolotniy
Faça click para ver o vídeo (+12) vídeo @el-murid |
Na
Internet foi publicado o vídeo dos primeiros momentos após a captura dos dois
mercenários russos, Grigoriy Curkanu e Roman Zabolotniy, o terceiro militar
pró-governamental, que aparece nas imagens é um sírio de etnia alavita,
aparentemente ele foi abatido pelo Daesh/EI logo após o fim das filmagens. O
Daesh/EI também já disponibilizou o vídeo em que os dois mercenários foram
queimados vivos, naturalmente não vamos o publicar, apesar dos dois serem terroristas
que participaram em diversos crimes contra os civis e militares ucranianos,
cometidos no leste da Ucrânia.
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