No
dia 14 de outubro as forças de ocupação russa na Crimeia detiveram pelo menos
49 manifestantes, que participaram nos piquetes solitários (permitidos pela
legislação russa). Os ativistas foram detidos e levados nas viaturas privadas,
sem identificação da polícia ou de outras forças de segurança.
“Parem de fabricar os processos-crime contra os tártaros da Crimeia” |
Como
informa a rádio Svoboda, no dia 14 de outubro em todo o território
da Crimeia ocupada decorreram os piquetes solitários dos tártaros da Crimeia,
em que participaram mais de 100 ativistas.
De
acordo com o defensor dos direitos humanos e advogado da Crimeia, Emil
Kurbedinov (vídeo),
os ativistas eram detidos e levados nas viaturas privadas, sem identificação da
polícia ou de outras forças de segurança. As autoridades locais de ocupação ainda
não comentaram essa situação.
“Parar! Detenções, buscas, roubos dos muçulmanos!” |
Nesta
semana na Crimeia foram detidos pelo menos 6 tártaros da Crimeia, todos acusados
de pertenceram à organização islâmica sunita Hizb ut-Tahrir,
proibida na Rússia. O número global dos tártaros da Crimeia detidos, em conexão
com essa acusação já é calculado em dezenas. Desde a ocupação da Crimeia pela
Rússia em 2014 na península multiplicaram-se os casos dos cidadãos
desaparecidos, geralmente entre os tártaros da Crimeia. No entanto, no Comité
de Investigação russo, dizem que “desaparecimentos em massa na península não existem”
(meduza.io).
“Os muçulmanos não são terroristas” |
Os
ativistas que participaram nos piquetes estavam segurar os cartazes com as
palavras de ordem: “Os tártaros da Crimeia não são extremistas”; “O meu povo
não é terrorista”; “Os nossos filhos não são terroristas”; “Tantos anos
vivíamos e éramos amigos e agora – terroristas”; “Parem de fabricar os
processos-crime contra os tártaros da Crimeia”; “Os muçulmanos não são
terroristas”; “Parar! Detenções, buscas, roubos dos muçulmanos!”
O momento da detenção do Ruslan Suleymanov (faça click para ver vídeo) |
Blogueiro:
podemos imaginar que apoiantes da ocupação russa da Crimeia poderão argumentar
que as autoridades de ocupação estão engajadas na “luta contra extremistas e terroristas”.
Devemos recordar que antes da ocupação russa de 2014, a Crimeia ucraniana não
sentia estes problemas, que foram evocados em força, com a chegada das forças
de ocupação. Dificilmente isso é uma mera coincidência...
Bónus:
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a situação das violações dos direitos humanos na Crimeia ocupada:
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