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anos e 1 mês atrás, em 17 de novembro de 1989 começou a Revolução de Veludo na
então Checoslováquia, nas ruas de Praga se manifestavam entre 700.000 à 1.000.000
de cidadãos. O caráter pacífico de protestos deu o nome à revolução, conhecida desde
ai como “de veludo”.
Os
manifestantes democráticos conseguiram impor à liderança comunista o pacote inteiro
de suas exigências — a renúncia do presidente Gustáv Husák e de
todo o governo comunista, a viragem do país à economia do mercado e à democracia
ocidental.
02.
Tudo começou no fim de outubro 1989 com a greve dos trabalhadores checos – a
maior greve daqueles foi dias foi a manifestação política no dia 28 de outubro (o
feriado nacional da Checoslováquia) – nas ruas de Praga estavam quase 100.000
pessoas. Durante a repressão policial morreu um estudante, a sua morte serviu
como catalisador de novas manifestações.
Uma
foto bem conhecida – os trabalhadores de uma das empresas checas estão assistindo
o decorrer de uma manif através das janelas da sua fábrica:
03.
O impulso decisivo aos eventos de Revolução de Veludo foi o papel dos
estudantes em Praga que teve lugar 17 de novembro – cerca de 15.000 estudantes saíram
à manif em memória dos acontecimentos de 1939 – quanto os nazis fecharam as universidades
na República Checa, enviando os estudantes e professores aos campos de
concentração. Em 1989 os estudantes checos vieram se manifestar contra o
partido comunista – considerando que este prossegue a política semelhante aos
nazis.
04.
Milhares de participantes de manif de estudantes foram ao centro de Praga na
direção da Praça Venceslau. A manif era considerada não autorizada – as colunas
de estudantes foram paradas pela polícia na zona de rua de Visegrádo.
Na
foto em cima – a coluna estudantil e a polícia. A polícia, até muito bem equipada,
mesmo para os padrões atuais – os capacetes com proteção do pescoço e viseiras
transparentes, escudos transparentes leves, cassetetes, por sinal,
aparentemente, não de borracha, mas de plástico.
05.
A manif decorria pacificamente, manifestantes gritavam, referindo-se à polícia:
“O seu trabalho é proteger-nos”, “estamos desarmados”, “Gorbachov, Gorbachov!”
No entanto, a manif foi violentamente reprimida, muitos dos manifestantes foram
severamente espancados. Segundo o inquérito realizado em 1990, no decorrer de
ataque da polícia em 17 de novembro foram feridas mais de 500 pessoas.
06.
No meio dos manifestantes estavam os polícias à paisana – eles tentavam detetar
os líderes informais dos protestos e até os manifestantes activos e os detinham:
07.
Os manifestantes e os seus simpatizantes consideraram o incidente como a
relutância das autoridades de iniciar o diálogo com a sociedade. Entre as
pessoas começaram se espalhar os rumores de que a intervenção da polícia resultou
na morte dos manifestantes – isso causou uma nova onda de protestos contra o
regime comunista.
08.
Os famosos cafés de Praga onde as pessoas discutiam ativamente os
acontecimentos no país, na fotografia – o café “Slavia”, um dos mais antigos cafés
de Praga, em funcionamento desde 1881.
09.
Na segunda metade de novembro, nas ruas centrais de Praga estava cerca de meio
milhão de pessoas – o povo exigia as mudanças no país, acima de tudo – a remoção
do partido comunista do poder. O maior número de cidadãos se reuniu em 25 e 26
de novembro no campo de Letná de Praga – entre 700.000 à um milhão de pessoas.
10.
No dia 27 de outubro de 1989 em toda a Checoslováquia foi realizada a greve de
duas horas que durou de 12h00 às 14:00, o seu início foi dado por um sinal de
sirene. Nestes dias, o partido comunista da Checoslováquia fez as primeiras concessões
aos manifestantes, abolindo a norma de constituição que proclamava o papel de supremacia
do partido comunista em todos os assuntos políticos e sociais do país.
11.
Os cordões de polícia nas ruas de Praga:
12.
Os equipamentos militares nas ruas de Praga. Não era crível que o poder
comunista pretendesse usa-los, era mais para intimidar os manifestantes.
13.
Depois os eventos desenvolveram-se rapidamente – os manifestantes conseguiram a
renúncia do presidente Gustáv Husák e de todo o governo comunista.
14. O dramaturgo dissidente Václav Havel fala (na foto em cima) com os manifestantes durante a Revolução de Veludo. Em 29 de dezembro de 1989,
ele se tornará o presidente da nova democrática República Checa (fonte @maxim-nm).
Bónus
O boulevard "Václav Havel", № 1/28, cidade de Kyiv |
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