Um
coronel russo, anteriormente o comandante do regimento de blindados, alegadamente
ferido em resultado de fogo de artilharia na parte ocidental de Aleppo, acaba
de morrer no hospital moscovita, informa a imprensa russa, citando as fontes do
Ministério da Defesa.
A
imprensa russa avança que
o coronel Ruslan Galitskiy pertencia ao grupo dos “assessores russos” na Síria e
morreu no dia 5 de dezembro num hospital moscovita, vítima de fogo de morteiros
(artilharia) na cidade síria de Aleppo, após alguns dias de intervenções cirúrgicas, já proposto à alta condecoração
estatal (possivelmente o “Herói da Rússia”), à título póstumo.
Anteriormente, o ucraniano étnico, natural da região de Lviv, o coronel Galitskiy servia na Circunscrição militar de Moscovo e mais tarde
desempenhou as funções do comandante da 5ª Brigada especial da Guarda de
blindados (unidade militar № 46108), aquartelada na cidade de Ulan-Ude (região de Buryatia). Sabe-se que
ele ocupou o posto do comando por menos de um ano e que em fevereiro de 2016 recebeu
a condecoração “Pelo serviço militar”, às mãos do governador da província russa
de Rostov, região onde era o chefe de operações militares da unidade № 64722 da Circunscrição Militar Sul, cuja existência e endereço oficialmente não constam na base de dados das unidades militares daquela região (tvrain).
Imprensa
russa escreve também que a 5ª Brigada lançou um peditório (!) entre os
militares da unidade, para reunir o dinheiro ao funeral do coronel. “O valor de
contribuição é decisão voluntária. Os detalhes de sua morte não nos contam, para
não desmoralizar. Apenas informam que ele morreu no hospital”, – dizem os seus
colegas da unidade (baikal-daily).
A
conjugação de dois elementos, a pertença à 5ª Brigada de blindados de Ulan-Ude
e a passagem pela região de Rostov (próxima à Ucrânia e um ponto de passagem de
terroristas e das unidades militares russas), permitem supor, com um grau
bastante alto de probabilidade, que o coronel Galitskiy participou, de forma
ativa, na agressão militar russa contra Ucrânia.
Dorzhi Batomunkuev no hospital de Donetsk, onde foi visitado pelas figuras públicas russas (!) |
Pois
é do domínio público que a 5ª Brigada de blindados de Ulan-Ude participou
diretamente nos combates pelo controlo de Debaltseve, em violação clara dos
acordos de Minslk-2, que asseguravam a permanência da localidade na Ucrânia. Na
altura, o jornal russo Novaya
Gazeta, tinha publicado as fotos e o depoimento do soldado profissional
russo, Dorzhi Batomunkuev (20), militar da 5ª Brigada de blindados, unidade
militar № 46108, número de identificação pessoal 200220 e a caderneta militar №
2609999. Em 25 de novembro de 2013 ele foi chamado para cumprir o SMO e em
junho de 2014 assinou o contrato com o Ministério da Defesa russo com a duração
de 3 anos.
O jovem ocupante russo antes e depois de visitar Ucrânia |
No
dia 5 de dezembro o Ministério da Defesa russo informou sobre a morte na Síria de
duas enfermeiras militares, as suas 21ª
e 22ª baixas oficiais. No entanto, as fotos das alegadas enfermeiras, apresentadas
pela imprensa regional e depois central revelaram-se falsas. As imagens usadas, uma foi descarregada do banco de fotografias e outra simplesmente achada da Internet e pertencem à uma modelo desconhecida e
uma funcionária de clínica alemã. O que mais uma vez prova o já conhecido: é impraticável
considerar a imprensa russa como uma fonte de informação credível, mesmo nos
casos em que a mentira facilmente verificável não faz qualquer sentido...
1 comentário:
Inacreditável que sendo ele de Lviv traiu a Ucrania.
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