Em 1943, sob a sombra dos campos soviéticos de
trabalho forçado, o casal Tamara [Andreicenko Riabosapko] e Nicola [Riabosapko]
fugiu com a filha bebê da Ucrânia. Foram parar em um campo de refugiados na
Áustria, onde conviveram com as explosões de bombas nos arredores e com o
preconceito.
por:
Paulo Gomes (São Paulo, Folha)
Grávida
da segunda filha e com fome, deparou-se com uma vendedora de maçãs numa estação
de trem. Viu o cesto cheio e pediu uma – negada. Apontou outra, no chão. A
mulher fez não com a cabeça. A família seguiria para a Itália. Em Roma, Nicola
vendeu chocolates e cigarros nas ruas, e Tamara trabalhou em casas de famílias.
As
dificuldades deste período marcaram a jovem. Pelo resto da vida, trabalharia
duro e seria uma pessoa generosa com os necessitados. Não raro, emprestava
dinheiro para pessoas próximas que passavam por dificuldades.
Terminaram
a rota de fuga pegando um navio para Buenos Aires, mas a mulher adoeceu e
desceram no Rio, onde viram pela primeira vez coisas como banana e café. No
início, Tamara tinha medo daquele líquido preto.
Atrás
de emprego, foram para São Paulo, em 1946. Viveram no depósito de um posto de
gasolina, e ela passou a vender, nas feiras e de porta em porta, as roupas que
a dona de uma pequena confecção produzia.
Com a filha Halina em maio de 2016 |
***
Tamara
Andreicenko Riabosapko
Emigração
ao Brasil: 1946, via Rio de Janeiro, Brasil
Casada;
apátrida: viajando com filhos
Data
de nascimento: 7 de julho de 1922
Local
de nascimento: cidade de Rivne (Volyn)
Nome
do pai: Andrea Andreicenko
Nome
da mãe: Eugenia Badzian Andreicenko
Nicola
Riabosapko
Emigração
ao Brasil: 1946, via Rio de Janeiro, Brasil
Casado,
apátrida
Data
de nascimento: 6 de dezembro de 1902
Local
de nascimento: cidade de Rivne (Volyn)
Nome
do pai: Ignazio Riabosapko
Nome da mãe: Orpina Kluj
Rabosapko
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