Após
dois dias de combates incessantes em 18-19 de dezembro e uma certa acalmia no
dia 20, no dia 21 a situação ficou estabilizada, artilharia calou-se, apenas
são usadas as armas ligeiras.
por:
Yuriy Butusov
As
forças ucranianas ocuparam dois pontos avançados dos russo-terroristas,
conhecidos entre eles como “Cruz” e “Estrela”, na zona de aldeia de Kalynivka e
do reservatório de água de Svitlodarsk. Os pontos se situam na mata, ao
ocidente da colina 220, onde decorreram os combates em 29 de junho de 2016 e
onde morreu o barítono ucraniano Wassyl
“Mif” Slipak. Duas vezes as forças ucranianas repeliram os ataques
terroristas (os pormenores dos combates de 18
e 19 de dezembro).
As
forças terroristas, as unidades do 3º batalhão de 7ª brigada de infantaria
móvel do exército russo-terrorista deixou os corpos dos 4 camaradas mortos e 1
gravemente ferido (a sua identidade real é averiguada de momento) e se
retiraram aos outros pontos defensivos. As conversas capturadas via rádio dão
conta de mais de 20 baixas entre os terroristas, mas os dados necessitam de
confirmação.
As
perdas gerais da Ucrânia são 3 militares do 25º Batalhão e 4 do 1º Batalhão da
54ª Brigada mecanizada, 1 militar é desaparecido em combate, os rumores sobre dezanove
baixas não correspondem à verdade. Alguns militares foram gravemente feridos.
Os nomes de todos os que faleceram serão publicados após a confirmação e notificação
dos seus familiares.
De
momento é confirmada a morte e são notificados os familiares dos 5 militares
caídos na batalha (é necessário estudar e analisar as razões destas perdas):
Volodymyr
Andreshkiv, 25º Batalhão da 54ª Brigada mecanizada, natural da região de Lviv;
Vasyl
Panasenko, 25º Batalhão da 54ª Brigada mecanizada, natural da região de Kyiv;
Serhiy
Stepanenko, 25º Batalhão da 54ª Brigada mecanizada, natural da região de Kyiv;
Roman
Radvylov, 1º Batalhão da 54ª Brigada mecanizada, natural da região de Kharkiv;
Dmytro
Klymenko, 1º Batalhão da 54ª Brigada mecanizada.
As
principais perdas ucranianas é o resultado do fogo maciço da artilharia e de morteiros
russos que alvejou toda a área, incluindo as localidades de Luhanske e Mironivske.
Não se conseguiu aniquilar completamente a artilharia russa – o inimigo
trabalha às grandes distâncias, ou das posições reforçadas, para destruir quais
é necessária uma alta densidade de fogo, sua correção e boa interação entre as
diferentes forças e recursos.
Os
mercenários russos que participaram na batalha observam que a infantaria ucraniana
conseguiu alcançar a surpresa tática. No entanto, o poder de fogo do inimigo,
situado nas colinas vizinhas não foi completamente suprimido. Observe-se também
que a preservação de pontos de referência que não foram contra-atacados pelas
forças ucranianas permitiu aos terroristas recuperar o controlo das suas unidades
em fuga.
Toda
a área onde decorrem os combates, sob os termos dos acordos de Minsk deveria
estar sob controlo ucraniano. No entanto, o comando russo viola o acordo e
continua a colocar na área as suas tropas e artilharia pesada.
De
momento não existe a ameaça de expansão dos combates em toda a linha da frente,
nem do ataque das tropas russas. Os militares ucranianos mantêm a capacidade de
combate e uma alta motivação.
Bónus
As
estórias da guerra russo-ucraniana: “Dois
dias de inferno. Os combates nos arredores de Svitlodarsk”, por Ivan Myrniy (na foto em cima), da 54ª Brigada das FAU.
Blogueiro: existe a informação
do que o grupo dos negociadores de Minsk acordou que desde a meia-noite do dia
24 de dezembro na Donbas será proclamado o novo regime de “silêncio”. Dado que
a ofensiva e posterior captura do Debaltseve em 2015 foi iniciada após a
proclamação do acordo de Minsk-2, é de supor que desta vez os terroristas
também tentaram reforçar as suas posições nas vésperas de uma nova trégua, para
imedir as forças ucranianas de responderem, impedidos pelas obrigações
assinadas em Minsk.
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