quinta-feira, abril 19, 2018

União Soviética — o país de coisas roubadas (18 fotos)

União Soviética, vista pelos seus fãs mais ortodoxos como um país de tecnologia avançada, na realidade confrontava o inteiro mundo civilizado roubando as suas realizações técnicas e tecnológicas. Cremos que todos estão cientes como a história acabou para URSS.

Uma grande parte da produção industrial na União Soviética – de blindados e aviões aos apitos de crianças foi completamente copiado dos originais ocidentais. Por conveniência, dividimos o texto de hoje em algumas seções, mas tenham na mente que esta é apenas uma ponta do iceberg – o números de dispositivos “batidos” é centenas vezes superior.

As armas

Mesmo as coisas mais sacras aos fãs da URSS, como os equipamentos militares e armas soviéticas, eram copiadas dos análogos ocidentais. O vetor sempre era o mesmo - o dispositivo aparecia na posse dos capitalistas marvados, por exemplo, nas mãos dos finlandeses e, de seguida, o mesmo, de repente aparecia na União Soviética – “inventado” por algum ferreiro talentoso de uma aldeia aonde “Judas perdeu as botas”, graças ao governo soviético que lhe ofereceu todas as oportunidades para realizar o seu talento socialista.

Aqui, por exemplo, a sub-metralhadora PPD-40, criada pelo Degtyaryov em 1934 que serviu, na verdade, de protótipo para a mais famosa PPSh, que se tornou a sub-metralhadora soviética mais fabricada no decorrer da II G. M.

Eis a sub-metralhadora finlandesa Suomi KP/-31, criada três anos antes – em 1931. Diga-me, você vê uma diferença fundamental nestas armas? Realmente podemos reparar que sistema de fixação de carregador (em forma de disco) é claramente menos confiável na arma soviética – o disco não está embutido no corpo de arma, como nas sub-metralhadoras finlandeses, e é montado numa trava externa, que pode facilmente quebrar ou falhar em combate.

Outro exemplo é a espingarda/fuzil de assalto Kalashnikov. A 1ª foto mostra o AK, criado em 1947 (e adotado pelo exército soviético em 1949), na 2ª imagem – o Sturmgewehr 44 (StG44), também conhecido como “espingarda/fuzil de Schmeisser”, fabricado em 1944 em cerca de 450.000 unidades. Os fãs da URSS não se cansam de argumentar que “são duas armas fundamentalmente diferentes”, mas não deixam de ser muito parecidas.


Além disso, após a II G.M. Hugo Schmeisser e diversos seus engenheiros foram levados da Alemanha para a cidade soviética de Izhevsk, onde trabalharam, em uma fábrica fechada, conhecida como “sharashka”, onde no mesmo tempo trabalhava o jovem Mikhail Kalashnikov, o secretário da célula local da juventude comunista – Komsomol. Após a saída de Schmeisser em 1947 para a Alemanha, o “génio soviético”, Kalashnikov, nos próximos 66 anos não criou nenhuma arma fundamentalmente nova, absolutamente nada.


Bem, as sub-metralhadoras e espingardas/fuzis de assalto eram copiadas. Mas pelo menos as pistolas soviéticas eram originais? O amplamente conhecido PM, ou a pistola Makarov (que ainda hoje é a principal pistola pessoal da polícia e do exército de muitos países pós-soviéticos) também foi copiada. Pistola Makarov, “criada” em 1948:

E pistola alemã Walther PPK, fabricada em 1931. O princípio de funcionamento, dimensões, localização dos principais pontos-chave – tudo é quase idêntico:

Eletrodomésticos

Fãs soviéticos costumam dizer, vejam, que lindos eletrodomésticos eram fabricados na URSS! Gostam especialmente do aspirador “Chayka” (Gaivota), que tinha uma forma alongada, uma espécie de patins para mover-se sobre os tapetes e uma silhueta geral “cósmica”, bastante elegante para a sua época:


Só que “Chayka”, fabricado na URSS em 1963, é quase completamente copiado do aspirador holandês “Eatonia”, fabricado nos Países Baixos ainda em 1942 (!) para a cadeia de lojas canadenses T. Eaton, daí o nome. “Chayka” é uma cópia fiel ao original ocidental, mantendo até a cor, a forma do cabo, a forma dos patins e o design da cobertura cromada com o logótipo:

Os fãs da URSS gostam de se lembrar de aparelhagens musicais soviéticas – dizem eles, que URSS produzia o som quente de lâmpadas e que as colunas de som soviéticas S90 até hoje são melhores do que os análogos ocidentais. Vejam, por exemplo, o gira-discos “Estónia-010”, fabricado em 1983. Botões prateados elegantes, design minimalista íngreme, tudo como deve ser:

E vejam o gira-discos japonês Sharp Optonica RP-7100, fabricado em 1981. Está vós lembrar alguma coisa? Certamente os fãs da URSS poderão argumentar que é uma mera coincidência ;-)

Mesmo uma coisa simplória, como a máquina de barbear elétrica, foi roubada. Aqui está a máquina soviética “Agidel”, fabricada em 1967 na cidade de Ufa:

E aqui temos a máquina Philipshave, fabricada dois anos antes, em 1965. Por favor, note que foi copiado tudo, incluindo a cor do foro interno da sua caixa:

Viaturas

A URSS costumava comprar as linhas inteiras de produção de viaturas, fabricando análogos completos de viaturas ocidentais – por exemplo, o VAZ (Lada/Zhiguli) 2101, que de facto, é a cópia fiel do “Fiat” italiano.

Mas também costumava roubar a tecnologia, copiando algumas marcas de forma ilícita. Vejamos, o mini soviético ZAZ-965, construído em 1960:

... e Fiat-600, criado em 1955 (cinco anos antes). Mais uma coincidência?

Mais um “Zaporozhets”, o orelhudo ZAZ-966 (fabricado na Ucrânia soviética entre 1967 e 1972).

... é quase uma cópia absoluta do compacto alemão NSU Prinz IV, fabricado em 1961:

Ligeiro Gaz-21 “Volga”, lançado em 1956:

O seu original, Ford Mainline, que apareceu em 1952:

Fotos: drive2.ru | avito.ru | yandex.ru | Texto: Maxim Mirovich

Em vez de um epílogo.

Por acaso, não conhecemos nenhum exemplo do oposto, em que alguma novidade primeiramente aparecer na União Soviética, e depois fosse copiada no Ocidente. E vocês, leitores, conhecem algum caso destes?