União Soviética, vista pelos seus
fãs mais ortodoxos como um país de tecnologia avançada, na realidade
confrontava o inteiro mundo civilizado roubando as suas realizações técnicas e
tecnológicas. Cremos que todos estão cientes como a história acabou para URSS.
Uma grande parte da produção
industrial na União Soviética – de blindados e aviões aos apitos de crianças
foi completamente copiado dos originais ocidentais. Por conveniência, dividimos
o texto de hoje em algumas seções, mas tenham na mente que esta é apenas uma
ponta do iceberg – o números de dispositivos “batidos” é centenas vezes superior.
As armas
Mesmo as coisas mais sacras aos fãs
da URSS, como os equipamentos militares e armas soviéticas, eram copiadas dos
análogos ocidentais. O vetor sempre era o mesmo - o dispositivo aparecia na
posse dos capitalistas marvados, por exemplo, nas mãos dos finlandeses e, de
seguida, o mesmo, de repente aparecia na União Soviética – “inventado” por algum
ferreiro talentoso de uma aldeia aonde “Judas perdeu as botas”, graças ao
governo soviético que lhe ofereceu todas as oportunidades para realizar o seu
talento socialista.
Aqui, por exemplo, a sub-metralhadora
PPD-40, criada pelo Degtyaryov
em 1934 que serviu, na verdade, de protótipo para a mais famosa PPSh, que se tornou
a sub-metralhadora soviética mais fabricada no decorrer da II G. M.
Eis a sub-metralhadora finlandesa Suomi KP/-31, criada três
anos antes – em 1931. Diga-me, você vê uma diferença fundamental nestas armas?
Realmente podemos reparar que sistema de fixação de carregador (em forma de
disco) é claramente menos confiável na arma soviética – o disco não está
embutido no corpo de arma, como nas sub-metralhadoras finlandeses, e é montado
numa trava externa, que pode facilmente quebrar ou falhar em combate.
Outro exemplo é a espingarda/fuzil
de assalto Kalashnikov. A 1ª foto mostra o AK, criado em 1947 (e adotado
pelo exército soviético em 1949), na 2ª imagem – o Sturmgewehr 44
(StG44), também conhecido como “espingarda/fuzil de Schmeisser”, fabricado em
1944 em cerca de 450.000 unidades. Os fãs da URSS não se cansam de argumentar
que “são duas armas fundamentalmente diferentes”, mas não deixam de ser muito
parecidas.
Além disso, após a II G.M. Hugo
Schmeisser e diversos seus engenheiros foram levados da Alemanha para a cidade
soviética de Izhevsk, onde trabalharam, em uma fábrica fechada, conhecida como “sharashka”,
onde no mesmo tempo trabalhava o jovem Mikhail Kalashnikov, o secretário da célula
local da juventude comunista – Komsomol. Após a saída de Schmeisser em 1947
para a Alemanha, o “génio soviético”, Kalashnikov, nos próximos 66 anos não
criou nenhuma arma fundamentalmente nova, absolutamente nada.
Bem, as sub-metralhadoras e
espingardas/fuzis de assalto eram copiadas. Mas pelo menos as pistolas
soviéticas eram originais? O amplamente conhecido PM, ou a pistola Makarov (que
ainda hoje é a principal pistola pessoal da polícia e do exército de muitos
países pós-soviéticos) também foi copiada. Pistola Makarov, “criada” em 1948:
E pistola alemã Walther PPK,
fabricada em 1931. O princípio de funcionamento, dimensões, localização dos
principais pontos-chave – tudo é quase idêntico:
Eletrodomésticos
Fãs soviéticos costumam dizer,
vejam, que lindos eletrodomésticos eram fabricados na URSS! Gostam
especialmente do aspirador “Chayka” (Gaivota), que tinha uma forma alongada,
uma espécie de patins para mover-se sobre os tapetes e uma silhueta geral “cósmica”,
bastante elegante para a sua época:
Só que “Chayka”, fabricado na URSS
em 1963, é quase completamente copiado do aspirador holandês “Eatonia”,
fabricado nos Países Baixos ainda em 1942 (!) para a cadeia de lojas canadenses
T. Eaton, daí o nome. “Chayka” é uma cópia fiel ao original ocidental, mantendo
até a cor, a forma do cabo, a forma dos patins e o design da cobertura cromada com
o logótipo:
Os fãs da URSS gostam de se lembrar
de aparelhagens musicais soviéticas – dizem eles, que URSS produzia o som
quente de lâmpadas e que as colunas de som soviéticas S90 até hoje são melhores
do que os análogos ocidentais. Vejam, por exemplo, o gira-discos “Estónia-010”,
fabricado em 1983. Botões prateados elegantes, design minimalista íngreme, tudo
como deve ser:
E vejam o gira-discos japonês Sharp
Optonica RP-7100, fabricado em 1981. Está vós lembrar alguma coisa? Certamente
os fãs da URSS poderão argumentar que é uma mera coincidência ;-)
Mesmo uma coisa simplória, como a
máquina de barbear elétrica, foi roubada. Aqui está a máquina soviética “Agidel”,
fabricada em 1967 na cidade de Ufa:
E aqui temos a máquina Philipshave,
fabricada dois anos antes, em 1965. Por favor, note que foi copiado tudo,
incluindo a cor do foro interno da sua caixa:
Viaturas
A URSS costumava comprar as linhas
inteiras de produção de viaturas, fabricando análogos completos de viaturas
ocidentais – por exemplo, o VAZ (Lada/Zhiguli) 2101, que de facto, é a cópia
fiel do “Fiat” italiano.
Mas também costumava roubar a
tecnologia, copiando algumas marcas de forma ilícita. Vejamos, o mini soviético
ZAZ-965, construído em 1960:
... e Fiat-600, criado em 1955
(cinco anos antes). Mais uma coincidência?
Mais um “Zaporozhets”, o “orelhudo” ZAZ-966 (fabricado na Ucrânia soviética entre 1967 e
1972).
... é quase uma cópia absoluta do compacto
alemão NSU Prinz IV, fabricado em 1961:
Ligeiro Gaz-21 “Volga”, lançado em
1956:
O seu original, Ford Mainline, que
apareceu em 1952:
Fotos: drive2.ru | avito.ru |
yandex.ru | Texto: Maxim
Mirovich
Em vez de um epílogo.
Por acaso, não conhecemos nenhum exemplo do oposto,
em que alguma novidade primeiramente aparecer na União Soviética, e depois fosse
copiada no Ocidente. E vocês, leitores, conhecem algum caso destes?
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