De esquerda para direita: Yuriy Soloshenko, Gennadiy Afanasiev e Petró Poroshenko |
Hoje
morreu Yuriy
D. Soloshenko, um dos muitos POW ucranianos, preso aos 72 anos (Sic!) pelas
autoridades russas e libertado aos 74, “nosso herói e meu avô […] que passou
pelo cativeiro russo, completamente e com dignidade”, escreve outro prisioneiro
político ucraniano, Gennadiy Afanasiev.
foto @Dmytro Larin, Ukrayinska Pravda |
Devido
aos ferimentos e doenças, os dois foram libertados, mas isso não passou sem
deixar as marcas... O homem lutou até o seu último suspiro, permanecendo um
verdadeiro ucraniano – orgulhoso, tímido, educado e invencível.
–
Eu nunca esquecerei,
escreve Afanasiev, quando sobrevoando a maldita Moscovo, ele gritou: “Adeus à
Rússia mal lavada…”
Oramos
à sua alma.
Quem
era Yuriy Soloshenko: nascido em 1942, é natural da região de Poltava, foi graduado pela
Universidade Nacional de Kharkiv, 48 anos trabalhou na fábrica “Znamya”
(Bandeira) que pertencia ao complexo militar soviético e depois ucraniano. Detido
ем Moscovo ем 2014, foi falsamente acusado da porte dos documentos relativos ao
sistema de mísseis S-300, usados pelas Forças Armadas da Ucrânia e cujos
componentes são produzidos na fábrica Generator em Kyiv.
Sem nenhuma chance: os reféns ucranianos sobre os métodos do FSB foto @Dmytro Larin, Ukrayinska Pravda |
Recebeu
as ofertas da cidadania russa: “Caso receber a cidadania russa será lhe atribuído o estatuto de testemunha. [...] Se você aceitar a cidadania
[russa] terá o estatuto da testemunha, estará sob a proteção da lei russa da
protecção de testemunhas”. Numa outra ocasião recebeu a nova proposta de acordo
pré-julgamento: “Caso se declarar culpado de espionagem, uma semana depois será
transferido para a prisão domiciliária”.
Durante
10 meses Yuriy estava sem advogado, 8 meses sem as visitas do Cônsul da
Ucrânia. Em 14 de Outubro de 2015 o tribunal de Moscovo o condenou aos
6 de cadeia severa pela “espionagem”. Em 14 de junho de 2016 Yuriy Soloshenko e
Gennady Afanasyev foram liberados, na troca entre Ucrânia e Rússia, por dois
terroristas russos, detidos nas atividades terroristas na região de Odessa.
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