Recentemente,
o jornal provincial russo, «rpnews»,
publicou o artigo sobre a morte do batedor militar e membro do spetsnaz do GRU/SSO
russo, 1º tenente Sergey Pechalnov, ocorrida ainda em junho de 2016, provavelmente
na Síria.
No
artigo, baseado na entrevista com os parentes, se fala dos seus serviço no GRU
e da participação na operação terrestre na Síria. Informa-se que oficial morreu,
vítima de explosão de uma mina, apesar de ser evacuado para hospital em Moscovo.
A cerimónia do enterro decorreu em 17 de junho de 2016 na aldeia de
Mikhaykovskoe, na província russa de Ivanovo. Foi a única informação publicada
na imprensa russa sobre o caso.
Como
informa o blogueiro militarista russo, El-Murid,
nos documentos oficiais está escrito que “oficial morreu no território da
Circunscrição Militar Sul [na Rússia]... vítima de um acidente”.
Pela
entrevista do pai do oficial morto, Aleksandr, é possível perceber que o seu
filho foi atingido, juntamente com o capitão Oleg Arkhireev, que morreu em
combate em 9 de junho de 2016. O nosso blogue já escreveu sobre este caso: As
perdas secretas militares russas na Síria e na Ucrânia.
A
viúva do Sergey Pechalnov, Vitória, publicou no seu perfil numa das redes
sociais a foto do monumento em memória dos membros do spetsnaz do GRU/SSO
mortos recentemente.
Tudo
indica que o monumento se localiza no recinto da unidade militar № 92154, situada
na cidade militar fechada Senezh,
que, por sua vez, fica na cidade russa de Solnechnegorsk, na província de
Moscovo. Como mostram os edifícios militares que aparecem na foto e os nomes de
outros oficiais mortos, mencionados na placa do monumento:
1.
O capitão Sergey B. Suslov, condecorado, à título póstumo, com a ordem militar
“Coragem”, morto em 14.06.2014, possivelmente na Ucrânia.
2.
O tenente-coronel Aleksandr I. Kononov (17.05.1978), morador em Solnechnegorsk, comandante de uma unidade especial no centro
especial “Senezh”, condecorado, à título póstumo, com a ordem militar “Herói da
Rússia” (Decreto № 691 de 28.10.2014), morreu em 12.08.2014, oficialmente em Daguestão, possivelmente na
Ucrânia.
Depois
seguem as perdas das Forças de Operações Especiais (SSO) russas, decorridas na
Síria e mencionadas no nosso artigo
anterior.
O
capitão Maksim A. Sorochenko, condecorado, à título póstumo, com a ordem
militar “Kutuzov”, morreu em 19.11.2015, a data da sua morte coincide com a
data de morte do capitão Fedor V. Zhuravlev, também morto na Síria.
Os
últimos na lista estão já mencionados Pechalnov e Arkhireev, mortos na Síria em
junho de 2016. O facto de Sergei Pechalnov ser sepultado não em Solnechnogorsk,
onde são enterrados os militares, pertencentes às SSO russas, mas na sua aldeia
natal, provavelmente contribuiu para que a sua morte permanecer desconhecida pelo
público, durante um longo período de tempo. O artigo de jornal sobre a morte de
Pechalnov termina com a pergunta perfeitamente legítima, endereçada ao alto
comando militar russo, que sonega a participação do exército russo em ações
militares no estrangeiro:
...Recentemente,
o Ministério da Defesa da federação russa lançou o concurso para a fabricação
de mais de dez mil medalhas “Participante da operação militar na Síria”. Serão
recebidas por aqueles que tiveram a sorte de voltarem vivos. E o que acontecerá
aos nossos rapazes que morreram? Serão eles conhecidos? Serão lembrados como os
heróis que deram as suas vidas numa guerra no tempo de paz?
As
perdas russas na Síria
O
já mencionado bloguiero nacional-patrioteiro russo, Anatoliy Nesmiyan (El-Murid)
avalia as perdas russas na Síria em “algumas centenas” entre os militares “oficiais”
(uma parte deles faleceu nos hospitais, vítimas dos ferimentos e doenças contraídos
em na Síria) e “bem mais que mil” entre os membros de “companhias militares
privadas”, ou simplesmente mercenários
russos.
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