terça-feira, novembro 22, 2016

Como SBU “comeu” dois desertores da Crimeia

A contra-inteligência do Serviço de Segurança da Ucrânia (SBU) realizou a operação especial, que resultou em detenção dos dois ex-militares da FA da Ucrânia, que após a anexação da Crimeia pela Rússia traíram o seu juramento e se alistaram no exército russo. A detenção ocorreu junto ao posto de controlo “Chongar” na fronteira administrativa da República Autónoma da Crimeia ocupada, explicou o chefe do SBU, general Vasyl Hrytsak.
O passaporte russo do Aleksandr V. Baranov, nascido na Ucrânia em 11.08.1983
O SBU tinha recebido a informação de que os traidores pretendem efetuar uma transação corrupta, recebendo no território ucraniano os determinados documentos sob a recompensa pecuniária [sabe-se que os traidores pretendiam comprar os diplomas falsos que lhes permitiria aceder aos postos mais altos na hierarquia militar russa]. Para conseguir o desejado, eles vieram até o posto de “Chongar”, onde deveriam se encontrar com um estafeta. Monitorando a movimentação deste [pensa-se que todo o processo, foi organizado, na realidade, em forma de uma operação preparada e desenhada pelo SBU], os operativos da secreta ucraniana conseguiram afixar a localização exata dos traidores. Durante a sua permanência no território controlado pelas autoridades ucranianas, estes foram detidos por agentes ucranianos.
O passaporte russo do Maxim Y. Odintsov, nascido na Ucrânia (Crimeia) em 25.04.1983
“Os ex-militares estavam cientes de que contra eles pendiam os processos criminais de alta traição, abertos ainda em 2015. A acusação final será determinada pelos investigadores, mas eles, assim como todos os outros militares que traíram Ucrânia, poderão ser condenados até 15 anos de prisão”, – explicou o general Hrytsak. O general também reiterou que os traidores foram presos no território controlado pela Ucrânia.
É de salientar que os traidores não pretendiam efetuar a troca honesta de “documentos pelo dinheiro”. Pois, deixaram o seu dinheiro junto aos funcionários da guarda-fronteira na parte russa. Tudo indica que os desertores pretendiam atrair o estafeta até o território ocupado, levar os documentos pretendidos, entregando o cidadão ucraniano ao FSB. Atualmente, os dois desertores detidos foram entregues à Procuradoria Militar da Ucrânia. As investigações continuam, informa o Centro de Imprensa do SBU.

Sem comentários: