A
contra-inteligência do Serviço de Segurança da Ucrânia (SBU)
realizou a operação especial, que resultou em detenção dos dois ex-militares da
FA da Ucrânia, que após a anexação da Crimeia pela Rússia traíram o seu juramento
e se alistaram no exército russo. A detenção ocorreu junto ao posto de controlo
“Chongar” na fronteira administrativa da República Autónoma da Crimeia ocupada,
explicou o chefe do SBU, general Vasyl Hrytsak.
O passaporte russo do Aleksandr V. Baranov, nascido na Ucrânia em 11.08.1983 |
O
SBU tinha recebido a informação de que os traidores pretendem efetuar uma
transação corrupta, recebendo no território ucraniano os determinados
documentos sob a recompensa pecuniária [sabe-se que os traidores pretendiam comprar os
diplomas falsos que lhes permitiria aceder aos postos mais altos na hierarquia
militar russa]. Para conseguir o desejado, eles vieram até o posto de “Chongar”,
onde deveriam se encontrar com um estafeta. Monitorando a movimentação deste [pensa-se que todo o processo, foi organizado, na realidade, em forma de uma operação preparada e
desenhada pelo SBU], os operativos da secreta ucraniana conseguiram afixar a
localização exata dos traidores. Durante a sua permanência no território
controlado pelas autoridades ucranianas, estes foram detidos por agentes
ucranianos.
O passaporte russo do Maxim Y. Odintsov, nascido na Ucrânia (Crimeia) em 25.04.1983 |
“Os
ex-militares estavam cientes de que contra eles pendiam os processos criminais de
alta traição, abertos ainda em 2015. A acusação final será determinada pelos investigadores,
mas eles, assim como todos os outros militares que traíram Ucrânia, poderão ser
condenados até 15 anos de prisão”, – explicou o general Hrytsak. O general
também reiterou que os traidores foram presos no território controlado pela
Ucrânia.
É
de salientar que os traidores não pretendiam efetuar a troca honesta de “documentos
pelo dinheiro”. Pois, deixaram o seu dinheiro junto aos funcionários da guarda-fronteira
na parte russa. Tudo indica que os desertores pretendiam atrair o estafeta até
o território ocupado, levar os documentos pretendidos, entregando o cidadão
ucraniano ao FSB. Atualmente, os dois desertores detidos foram entregues à Procuradoria
Militar da Ucrânia. As investigações continuam, informa o Centro de Imprensa do
SBU.
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