Nos
dias 1 e 2 de dezembro, no sul da Ucrânia decorrerão os exercícios da pesquisa científica,
conduzidos pela Força Aérea da Ucrânia, no decorrer dos quais serão lançados os
mísseis guiados de médio alcance.
À
fim de informar atempadamente os provedores dos serviços aéreos de diferentes
países, as companhias aéreas e as tripulações de aeronaves sobre os perigos da
utilização do espaço aéreo ucraniano na aérea dos exercícios, no dia 24 de
novembro a Força Aérea da Ucrânia emitiu o aviso de interdição aérea da zona
dos lançamentos, conhecido como NOTAM. Os lançamentos decorrerão inteiramente
no espaço aéreo da Ucrânia, em mar aberto, de acordos com as regras do direito
internacional, informa no seu Facebook
o Ministério da Defesa da Ucrânia.
O
porta-voz da Força Aérea da Ucrânia, Roman Yurchylo, informou que os exercícios
envolverão as tripulações dos aviões de combate e de transporte, o exército de
mísseis antiaéreos, pessoal de radar e de comunicações, além de aeronaves não
tripuladas. Um dos elementos de exercícios será o lançamento de mísseis de
médio alcance (@pravda.com.ua).
Agência
noticiosa russa TASS informou que devido
aos exercícios ucranianos, as forças russas de defesa aérea na Crimeia ocupada foram
colocados em alerta máximo. Os ocupantes russos ficaram tão nervosos que enviaram
para Crimeia os sistemas de mísseis “Gladiador” S-300B/BM Antey-2500, embora oficialmente
explicaram a presença dos equipamentos pelo facto de os equipamentos antigos serem
usados na Síria.
As forças russas em alerta |
Pela
informação largamente citada na imprensa ucraniana
e internacional e que o porta-voz do Kremlin diz desconhecer, o adido militar
da embaixada da Ucrânia em Moscovo recebeu a carta oficial do Ministério da
Defesa russo, onde a parte russa promete abater os mísseis ucranianos no espaço
aéreo sobre a Crimeia e de atacar os lançadores de mísseis, baseados no
território da Ucrânia continental.
A cópia da carta da Direção de Cooperação (!) Militar Internacional do Ministério da Defesa russo, endereçada ao adido militar da Ucrânia em Moscovo |
Oleksandr Turchynov |
Por
sua vez, o porta-voz do Ministério da Defesa da Ucrânia, nas questões de
Operação Antiterrorista (OAT), Andriy Lysenko disse que as FAU vão realizar os exercícios
no território soberano da Ucrânia, em conformidade com o seu plano, apesar de
quaisquer ameaças.
“No
que diz respeito a algumas ameaças e coisas similares, isso não pode interferir
nos planos das FAU e dos construtores de equipamentos militares, realizados no
território de uma Ucrânia soberana”, – afirmou Lysenko numa entrevista, citada
pela página Newsru.ua,
comentando os relatos sobre as ameaças russas.
Por
último, como recorda o Serviço Estatal de Aviação da Ucrânia (avia.gov.ua): “A responsabilidade de serviços
de tráfego aéreo no espaço aéreo sobre o alto mar dentro da Região de
Informação de Voo (FIR) de Simferopol, em conformidade com a decisão do
Conselho da ICAO em 17 de fevereiro de 1997 é delegado à Ucrânia. Por este
motivo, Ucrânia é único Estado reconhecido internacionalmente, habilitado a
fornecer os serviços de tráfego aéreo dentro da FIR de Simferopol e publicar a informação
aeronáutica sobre a FIR de Simferopol (@ newsru.ua).
Blogueiro:
a reação russa, que realmente roça o histerismo agudo, tem duas explicações
possíveis. A primeira é um bocado conspirativa, diz que os mísseis testados têm
a capacidade de atingir a Moscovo. A segunda, mais realista diz que Ucrânia
montou ao Kremlin uma armadilha perfeita. Realmente, segundo todos os acordos
internacionais e segundo todas as organizações internacionais relevantes, Crimeia
e o seu espaço aéreo é a parte integrante da Ucrânia. Se Rússia abater os
mísseis ou atacar as forças ucranianas, se tornará, claramente, um agressor e
alvo de nova leva das sanções internacionais. Caso contrário, a psique coletivo
russo, sobreaquecido pela histeria patrioteira, ficará furiosa com Putin e deixará
de o considerar um “alfa macho” relevante. Dado que na Rússia atual a televisão
molda a consciência coletiva, é bem possível que Kremlin optará pela terceira
via: não fará nada no terreno e providenciará pata que as TV´s afiançarem aos cidadãos que os
malvados mísseis ucranianos foram abatidos. A terceira via é uma verdadeira
estratégia win-win.
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