sábado, dezembro 31, 2022
“Oh, Sister!” — vida das mulheres da Ucrânia em meio à guerra
sexta-feira, dezembro 30, 2022
quarta-feira, dezembro 28, 2022
«Na Ucrânia todos diziam ‘Conte a minha história´» – João Porfírio
“Na Ucrânia toda a gente dizia: conte a minha história, obrigada por estarem aqui. Conte a minha história. Obrigada por contarem ao mundo que o meu filho foi morto com uma bala na testa, obrigada por contarem que tive de enterrar o meu marido no quintal da minha casa, que a minha vizinha foi violada por 10 homens das tropas russas. Não consigo contabilizar as pessoas que me disseram obrigado: «Ainda bem que vieram, ainda bem que estão aqui». Eles perderam os familiares, perderam tudo – querem que o mundo ocidental saiba o que ali se passa”, conta o fotojornalista de 27 anos.
Voluntário polaco «Lipton» em Bakhmut, 214º Batalhão especial
Transfrormar a embaixada russa em Lisboa num centro de acolhimento
Para: Primeiro-Ministro de Portugal
Petição pública para que o actual edifício da Embaixada da Federação Russa em Lisboa, na Rua Visconde de Santarém, 57, seja transformado num centro de acolhimento para deslocados, vítimas da agressão russa e que a Missão Diplomática russa seja transferida para um edifício menor proporcional à dimensão da Embaixada de Portugal em Moscovo.
A agressão russa contra Ucrânia já causou mais de 7,8 milhões de refugiados em países europeus, em que a Organização das Nações Unidas classifica esta crise de refugiados como a pior da Europa desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).
Conforme os dados do Serviço de Estrangeiros e Fronteiras (SEF), de dezembro de 2022, Portugal atribuiu mais de 56 mil proteções temporárias a pessoas que fugiram da guerra na Ucrânia em que dos quais cerca de um quarto foram concedidas a menores e que a maior parte de refugiados da Ucrânia são registados em Lisboa, cerca de 12 mil refugiados.
A Rússia propositadamente intensificou no início do Inverno bombardeamentos a infraestruturas energéticas da Ucrânia para provocar períodos de cortes de 50 por cento do fornecimento da electricidade, deixando cidades e populações sem electricidade, com cortes no fornecimento de água durante um período que ultrapassa uma semana.
Neste momento mais de 17,7 milhões de ucranianos precisam de ajuda humanitária e mais de 9,3 milhões necessitam de ajuda alimentar e alojamento resultados da agressão russa à Ucrânia e a somar a tudo isto mais crimes e atrocidades cometidas pelo exército russo na Ucrânia que fez com que o Parlamento Europeu declarasse em novembro a Rússia como um Estado patrocinador do terrorismo.
Prevê-se que a continuação dos ataques do exército russo durante o inverno poderá provocar uma nova onda de refugiados para fora da Ucrânia, embora os ucranianos estão determinados a resistir.
Para onde iriam viver estas pessoas, se já em vários países da União Europeia já escasseiam alojamentos para os refugiados? Porque é que têm de ser os europeus a pagar pelas consequências das decisões da elite política de Moscovo e não os próprios russos?
Em Portugal existem vários imóveis e propriedades de cidadãos russos que estão ligados aos responsáveis da agressão contra a Ucrânia e, por isso, com esta petição pedimos para que o Governo da República Portuguesa tome as medidas para fazer uso destes recursos russos em Portugal para alojamento e apoio das e às vítimas da agressão russa.
O intuito desta petição serve para que o edifício da actual Embaixada da Federação Russa em Lisboa sita na Rua Visconde de Santarém, 57, possa ser transformada num centro de acolhimento para deslocados e vítimas da agressão russa já que as instalações ocupadas pela Embaixada da Federação Russa em Lisboa não são de todo proporcionais às instalações da Embaixada de Portugal na Rússia, desprovidas de qualquer sentido de tratamento recíproco, uma vez que o actual edifício onde se encontra a Missão Diplomática russa em Lisboa tem todas as condições para o alojamento confortável de mais de 100 refugiados ucranianos.
Assinar a petição: https://peticaopublica.com/pview.aspx?pi=PT114768&fbclid=IwAR35wMHG7zUpD7wAcuc1FAQJmTvkUowylYidSVqVWUICAQMRNGg_RFACrB0
«Engels-2» a 2ª Chornobaivka russa
O ataque contra a base de aviação estratégica russa de Tu-95 e Tu-160 foi reconhecido pelo MoD russo, qua admitiu a morte dos 3 e ferimentos em 4 militares. O ataque foi absolutamente preciso e efetivo, tendo em conta a distância entre o local e a Ucrânia livre, cerca de 700 km e o facto que este já foi o segundo ataque contra o mesmo local.
É de notar que Ucrânia usa os drones para se antecipar aos ataques da aviação russa. Nas vésperas do ataque, o comando russo estava se preparar para um novo ataque de mísseis contra Ucrânia, pensado para a destruição do sistema eléctrico do país nas vésperas do Ano Novo. Exactamente por isso, o ataque contra a base se deu no período, quando lá estavam à decorrer os trabalhos de preparação e na base havia a presença maciça do pessoal da terra e de pilotos.
Três engenheiros militares russos liquidados em 26-12-22 em «Engels-2»: major Voronov, 1º tenente Anufrienko e 1º tenente Pampukhin. |
Na TV portuguesa existe a tendência, defendida por um grupo dos ex-militares, alinhados com o Kremlin de minimizar o resultado dos ataques de drones. No entanto, estes, conseguem dois objetivos: diminuem o número de aviões que atacam Ucrânia, colocando alguns dos aparelhos «fora de combate» nas vésperas do ataque russo. E também, fazem com que o comando russo coloque alguns dos aparelhos, bem longe do alcance dos drones ucranianos, tal como aconteceu pela última vez. Quando após o 2º ataque contra a base militar, uma parte de aviões estratégicos foi colocada na base russa de «Ukrayinka» na região de Khabarovsk.
Além disso, como escrevem os propagandistas russos, o Estado-maior russo tem os receios justificados que a cidade de Moscovo será o próximo alvo dos drones. «Se o nosso sistema da defesa antiaérea não consegue defender os alvos estratégicos /entende-se localizados/, então como conseguirá defender /o alvo tão grande/ como Moscovo», escrevem eles no Telegram.
terça-feira, dezembro 27, 2022
Natal e Ano Novo nas cidades de Donbas
A infraestrutura da cidade de Bakhmut foi destruída em 60%, segundo o chefe da Administração Cívica-Militar de Donetsk, Pavlo Kyrylenko.
Bakhmut é a principal cidade de Donbas que a rússia, de momento, está a varrer do mapa, chamando isso de «proteção contra o genocídio».
As perdas russas da EMP Wagner após um único combate |
Diário animado da guerra russa: Sumy
A coragem de olhar 2022 do Evgeniy Maloletka
Um prédio de apartamentos explode depois que um tanque do exército russo dispara em Mariupol, Ucrânia, sexta-feira, 11 de março de 2022. |
Tanques do exército russo se movem por uma rua nos arredores de Mariupol, Ucrânia, sexta-feira, 11 de março de 2022. |
Serhiy Kralya, 41, olha para a câmara após uma cirurgia em um hospital em Mariupol, leste da Ucrânia, na sexta-feira, 11 de março de 2022. Kralya foi ferido durante um bombardeio das forças russas. |
Os filhos de trabalhadores médicos se aquecem em um cobertor enquanto esperam por seus parentes em um hospital em Mariupol, Ucrânia, sexta-feira, 4 de março de 2022. |
Evgeniy Maloletka é um fotógrafo e cineasta freelance ucraniano baseado em Kyiv, Ucrânia, originário da cidade de Berdyansk, região de Zaporizhya no leste da Ucrânia. Em 2015, foi selecionado para participar do Eddie Adams Workshop em Nova York. Ele passou a maior parte do tempo no leste da Ucrânia trabalhando em uma missão para a Associated Press. Seu trabalho foi publicado em vários meios de comunicação de destaque: TIME, The New York Times, The Washington Post, Der Spiegel, Newsweek, The Independent, El Pais, The Guardian, The Telegraph e outros.
Ver mais: https://wyborcza.pl/multimedia/evgeniy-maloletka/evgeniy-maloletka-en.html
rússia, é um estado terrorista: manif em Lisboa
Por isso, convidamos todas as pessoas que puderem a juntarem-se à manifestação em frente à Embaixada da rússia em Portugal (Lisboa, Rua Visconde de Santarém, 57) na quinta-feira, 29 de dezembro às 19h30, onde iremos fazer um apelo ao Secretário-Geral da ONU, António Guterres, em nome da comunidade ucraniana para que ele apoie a expulsão da Rússia da ONU e realizar em Fevereiro de 2023 a «Cúpula da Paz».
Outra iniciativa que queremos iniciar nesta manifestação é criar uma petição para as autoridades de Lisboa transferirem a missão diplomática de Moscovo para outro lugar e neste espaço criar um centro de acolhimento para deslocados, as vítimas da agressão russa.
segunda-feira, dezembro 26, 2022
Natal ucraniano na linha da frente
Fotos: Estado-maior General das Forças Armadas da Ucrânia / General Staff of the Armed Forces of Ukraine
Bakhmut: as crónicas da OZSP Azov
domingo, dezembro 25, 2022
A consciência dilacerada da sociedade russa
"Se lembre, não sou eu, foi o Putin" |
De 26 de novembro a 9 de dezembro de 2022, a primeira onda do estudo foi realizada em uma amostra totalmente russa. A metodologia de pesquisa é CATI (Entrevista Telefônica Assistida por Computador) ou uma pesquisa telefônica usando um questionário estruturado interativo usando um software especial para a realização de pesquisas sociológicas. Um total de 1208 entrevistados foram entrevistados.
O que o estudo mostra:
1. Por um lado, 62% da população adulta acredita que os eventos na federação russa estão se desenvolvendo na direção certa. Por outro lado, o principal problema do país é considerado, pela maioria dos russos, a «operação militar especial» - esse problema foi considerado o principal por 50% dos entrevistados. Todos os outros problemas - baixos salários e pensões, aumento de preços, cuidados médicos caros - ficaram em segundo plano para os entrevistados.
2. 73% dos entrevistados são otimistas quando pensam no futuro da federação russa e em seu próprio futuro. No entanto, quase 60% dos russos têm parentes, amigos ou conhecidos que foram mobilizados recentemente, e um terço já tem os que morreram durante a «operação militar especial».
3. 61% da população russa acredita que a mobilização parcial no outono foi a decisão certa. E, ao mesmo tempo, mais da metade qualificam de injusto socialmente, quando mobilizaram em sua maioria cidadãos pobres e sem influência social.
4. Por um lado, 58% dos russos apoiarão a decisão de anunciar uma mobilização geral na federação russa. Por outro lado, 60% têm certeza de que mesmo durante a mobilização parcial os militares russos não estavam devidamente equipados.
5. Metade dos russos é a favor de que o “OME” não tenha limite temporal e dure o tempo que for necessário. Ao mesmo tempo, 69% perceberam positivamente se a “operação militar especial” terminasse amanhã.
6. Apenas 3% dos entrevistados acreditam que a “operação militar especial” alcançou todos os seus objetivos e 39% acreditam que os alcançou parcialmente. Ao mesmo tempo, 74% avaliaram positivamente a retirada das tropas russas de Kherson.
7. A sociedade russa é mais inequívoca sobre ataques com mísseis contra a infraestrutura energética crítica da Ucrânia: 63% apoiam essas ações de seu comando político-militar. Duas vezes menos russos se opõem a isso.
Ver a apresentação completa dos resultados: https://ikar-thinktank.org/ru/explorations/14
O casamento ucraniano na linha da frente
Foto: AP Photo/Libkos
sábado, dezembro 24, 2022
Natal ucraniano na linha da frente em Mariinka
As fotos @libkos (Kostiantyn & Vlada Liberov) foram tiradas na vila de Mariinka, na região de Donetsk que o exército russo não consegui tomar em 10 mesas da guerra.
O São Nicolau tem o suporte da FA da Ucrânia |
O crime de guerra russo em Kherson
Qualquer negócio com a Rússia é o financiamento de tais ataques terroristas.
Imagens terríveis de terror russo contra a população civil de Kherson. Somente durante o último ataque - o bombardeio do centro da cidade com mísseis Grad, 8 morreram, 58 ficaram feridos, 18 deles em estado grave. Nas últimas 24 horas 5 pessoas morreram e 17 ficaram feridas, uma menina de 6 anos está em estado grave com vários ferimentos. Tradicionalmente, os ocupantes russos atacam apenas os alvos civis.