terça-feira, dezembro 06, 2022

Arma de retaliação ucraniana: Tu-141 «Stryzh»

A propaganda russa faz questão de mencionar que os recentes ataques contra as bases aéreas russas foram efetuados com auxílio de «drones de fabricação soviética», muito possivelmente estamos a falar de Tu-141, fabricado na cidade de Kharkiv.

O ataque dos drones seguramente deu umas dicas ao Pentágono, mostrando a realização das operações perfeitas e nada caras para neutralizar o potencial nuclear da federação russa. Afinal, a proteção das instalações nucleares russas, que deveria assustar o mundo inteiro, é praticamente inexistente. E é interessante: talvez o tão alardeado escudo em torno de Moscovo funcione da mesma maneira? Presumo que eles pensaram nisso em três capitais ao mesmo tempo. Não, mesmo às quatro, ainda me esqueci de Pequim.

5-12-22: a base militar russa Engels-1 após o ataque dos drones

Caso realmente foram usados os drones a jato Tu-141 «Stryzh» da antiga produção soviética isso só aumenta a vergonha da rússia e do seu exército, incapaz de conter o que se acreditava ser uma ameaça «primitiva». O estoque ucraniano desses «Strizh» nas últimas décadas foi usado apenas nos exercícios militares para servir de alvos para disparos de mísseis. Conta-se que Ucrânia tinha fabricado pelo menos 152 unidades de Tu-141, outros drones semelhantes estão disponíveis em vários países do espaço pós-soviético. Até hoje não foi registado o seu uso em combate. Apenas é possível recordar um «Stryzh» lançado pelos russos no início da guerra que perdeu o seu alvo e avançou em linha reta até queimar todo o combustível e cair nos arredores de Zagreb. Depois disso, eles parecem não ter sido usados. Demasiado visíveis aos sistemas da defesa antiaérea e com precisão bastante fraca...

Mas nas mãos de quem estes drones são mal geridos e para quais sistemas antiaéreas são visíveis? A defesa antiaérea russa poderia ter funcionado bem, mas o comando militar russo quase a anulou, modificando massivamente os sistemas S-300 para atirar em alvos terrestres ucranianos e trazendo os equipamentos à Ucrânia, onde estes foram perdidos, tal como parcialmente os seus sistemas da guerra eletrónica. Agora os russos agarraram suas cabeças e pretendem restaurar alguma coisa, mas todo o sistema da defesa antiaérea precisa de anos para ser construído. O sistema ucraniano começou a ser recuperado logo em 2014 por iniciativa do Presidente Petró Poroshenko, e antes disso estava quase inoperacional.

Os principais elementos estruturais do Tu-141 foram criados em Kharkiv, e o seu atual motor é Motorsich de Zaporizhzhia. E os inúmeros relatos de que os militares ucranianos estão projetando e testando algo podem se referir não apenas aos projetos completamente novos. Agora se fala muito sobre os projetos conjuntos da fundação «Volte vivo» e a secreta militar ucraniana GUR MOU, podendo ser uma cobertura de informações para a conclusão de projetos de drones já existentes desde os tempos da URSS ou do período de 2014-19.

Portanto, o «Stryzh» poderia receber novos componentes eletrônicos, de navegação, sistemas anti-guerra eletrónica, modificação do motor e até uma ogiva reforçada. O vídeo mostra que o que explodiu na rússia foi muito mais do que 150 kg de TNT, até especialmente porque a explosão foi instantânea, sem detonação. Consequentemente, poderia ser recentralizado sob uma quantidade dobrada de explosivos e com o preenchimento da parte traseira destinada ao paraquedas com um elemento explosivo. E este é, de facto, um novo aparelho voador (e para os ocupantes russos, também o vingador). Tal opção é bastante real, digna de orgulho dos ucranianos e até duplamente humilhante para o Kremlin. 


6-12-22: a base aérea russa de Kursk

A foto do Tu-141 «Stryzh» é meramente ilustrativa. Esta é claramente uma versão clássica e desatualizada herdada da URSS. Conheceremos a sua atualização após o fim da guerra. Melhor dizer, após a vitória da Ucrânia.

3 comentários:

Anónimo disse...

Hoje estava saboreando uma bela cerveja enquanto assistia a Copa do Mundo. E me veio na mente que milhões de ucranianos poderiam estar tranquilos e felizes, como cá estou, caso o maníaco do Kremlin não tivesse lançado uma guerra genocida. A nação ucraniana inteira poderia estar desfrutando de uma Lvivske, trabalhando, viajando e fazendo um bom montante de dinheiro, mas tem que defender a pátria durante 24 horas contra as investidas da Erefii. Espero que esse pesadelo acabe e que a Zapadnaya Mongolia seja derrotada.

Anónimo disse...

Um cara que particularmente me decepcionei foi o Oleh Tyagnibok. Se destacou muito na Revolução, porém sumiu dos holofotes e da militância política. Pensei que ele fosse uma liderança carismática preparada para estar no front de batalha como, por exemplo, o Yarosh. Quem faz falta nesse conflito é o stariy Muzychko. O cão Avakov mandou liquidar o velho Sashko. Ele com certeza estaria lutando contra os erefiis lado a lado do Yarosh e da velha guarda do UNA-UNSO. Avakov deveria ter sido preso e julgado por ter ordenado a execução de um dos mais exímios bear hunters do mundo.

Anónimo disse...

Eu prevejo um boom na natalidade ucraniana no pós-guerra. Acho essencial incentivar a reprodução e torná-la um ato de resistência contra a Erefii (que abertamente visa destruir o povo e a cultura ucraniana). Geralmente países que se envolvem em conflitos sangrentos logo começam a ter uma explosão populacional (algo extremamente positivo e valioso para a Ucrânia). Sobre a Rashka... espero que o declínio populacional continue acelerando sem parar.