A
agência de contra-inteligência polaca/polonesa ABW informou no dia 16 de maio que
havia descoberto o plano para semear a discórdia entre Polónia e Ucrânia em
forma de uma “guerra informativa (...) contra Polónia e nos interesses da
Rússia”, escreve a Deutsche
Welle.
Varsóvia
pretende expulsar do país a cidadã russa Yekaterina C. e proibir aos outros
quatro cidadãos russos de entrar no país durante 5 anos. Este grupo é suspeito de “atividades
híbridas”, ou seja, as táticas subversivas não militares.
“O
objetivo deles é desestabilizar a situação sócio-política no nosso país”, disse
o porta-voz do ABW, Stanislaw Zaryn.
“Yekaterina
C. [que entrou na Polónia em 2013, alegadamente para estudar] promoveu
atividades destinadas a consolidar os grupos pró-russos na Polónia e alimentou
a animosidade entre a Polónia e Ucrânia”, acrescentou Zaryn no comunicado à agência
de notícias France-Presse, referindo-se à mulher que está aguardando a sua
deportação.
Zaryn
contou que os dois grupos descobertos usavam as estratégias de promoção e disseminação
das interpretações de eventos históricos que incitariam ódio entre ucranianos e
polacos/poloneses, ao contrário, criando as visões favoráveis em relação ao
Moscovo.
Além disso, no dia 17 de maio, o serviço de guarda-fronteira da Polónia deteve uma outra cidadã, Anastasia Z., (com dupla cidadania russa e cipriota) que tentava entrar na Polónia, sendo anteriormente proibida de entrar no país:
Além disso, no dia 17 de maio, o serviço de guarda-fronteira da Polónia deteve uma outra cidadã, Anastasia Z., (com dupla cidadania russa e cipriota) que tentava entrar na Polónia, sendo anteriormente proibida de entrar no país:
Poland is fighting against Russian hybrid efforts. Read latest news from PL! @BBCWorld @AP @ReutersWorld @nytimes @washingtonpost @dw_polski @dcexaminer pic.twitter.com/ECpruZANMS— Stanisław Żaryn (@StZaryn) May 18, 2018
Embora
a Polónia tenha sido, nos últimos anos, um defensor fundamental das atitudes
pró-ocidentais na Ucrânia, os dois vizinhos compartilham um passado difícil. Diversos
polacos/poloneses e diversos ucranianos foram mortos por organizações
nacionalistas de dois lados durante a II G. M., além da existência de herança
de um longo e brutal período de colonialismo polaco/polonês exercido nos
territórios étnicos ucranianos da atual Ucrânia e Polónia.
Os
últimos dois anos viram essa aliança ser abalada por ressurgimento das opiniões
divergentes sobre aquela história compartilhada e um aumento das políticas
nacionalistas tanto em Varsóvia, quanto em Kyiv.
A
Polónia é o mais recente país da NATO/OTAN a acusar o Kremlin de se engajar em “guerra
híbrida” para minar os Estados membros sem provocar a retaliação militar. Várias
nações ocidentais acusaram a Rússia de táticas semelhantes.
Stanislaw
Zaryn também observou que a ABW tem informações de que “a Rússia não apenas
instiga os cidadãos polacos/poloneses para realizar certas ações contra a Polónia
que são do interesse da Rússia, mas também financia as suas atividades nessa
área”.
Os
cidadãos polacos que colaboraram com as células russas serão investigados pela contra-inteligência
e pelo ministério público. A boa notícia, é que segundo Stanislaw Zaryn, os
agentes russos tinham se apropriando de uma parte do dinheiro que eles recebiam
da Rússia, informa o serviço ucraniano da BBC.
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