quinta-feira, maio 10, 2018

A detenção do terrorista Rafael Lusvarghi vista pela imprensa e pelo público brasileiro

A recente detenção cívica na Ucrânia do terrorista brasileiro Rafael Lusvarghi foi amplamente noticiada pela imprensa e comentada pelo público brasileiro. Contudo, a sua apreciação foi radicalmente diferente, ação ucraniana recebeu uma aprovação esmagadora dos cidadãos brasileiros, sendo alvo de crítica dissimulada da imprensa.

“A foice de São Paulo”
Chamada entre brasileiros e paulistas de “Foice de São Paulo”, a publicação “Folha de São Paulo”, conotada no Brasil com a esquerda-liberal e socialisante, foi a mais crítica em relação aos ativistas ucranianos e também a mais fantasiosa, tendenciosa e distante da realidade objetiva dos factos.

O texto, da autoria do jornalista russo-brasileiro Igor Gielow, chamado Brasileiro pede para ficar sob proteção policial na Ucrânia, começa por afirmar que “a península da Crimeia foi reabsorvida (Sic!) pelo Kremlin” e recorda as alegações da defesa do terrorista de que Lusvarghi “confessou ter participado de atos terroristas sob tortura”. Embora nem o jornalista, nem o seu advogado explicam como os alegados “torturadores” conseguiram obrigar Lusvarghi à postar as evidências das suas atividades terroristas nas redes sociais, ou confessar a participação direta na morte dos quatro militares uсranianos.  

Sobre o próprio caso da detenção cívica do Lusvarghi, o jornalista escreve que este foi detido pelo “Svoboda (Sic!), uma das principais organizações nacionalistas do país e com longo histórico de acusações de abusos e atitudes extremistas”. O que naturalmente não corresponde à verdade, pois o terrorista brasileiro foi alvo da detenção cívica dos jovens ativistas das organizações C14 (Sich), Corpo Nacional e “Tradições e Ordem”.

Na visão do Igor Gielow, o facto de Lusvarghi foi deixado na porta do SBU “foi uma demonstração política, já que o Svoboda (Sic!) quer que pessoas como o brasileiro sejam julgadas pelos serviços secretos, não pela Justiça”.

O atigo termina com o jornalista à acusar VO “Svoboda” (Sic!), citando os analistas externos anónimos, de ser “vista [...] como organização neonazista que recorre sempre que pode à violência”.

Reação do público ao artigo:

HENRIQUE AJUDARTE NASSIF: Morra em paz, Não peça socorro. Outro verme esquerdista.
CASSIO NOGUEIRA: Aventureiro que foi caçar emoção no lugar errado. Devia ter permanecido comprar Oficial PM no Pará. 

“Os padrões da BBC/CNN”
O artigo do serviço brasileiro da BBC, chamado Quem é o guerrilheiro brasileiro capturado na Ucrânia escreve que ação da captura do Lusvarghi foi “orquestrada pelas forças de ultra-direita Batalhão Aznov (Sic!) e C14”. O nome de “Aznov” aparecia no texto original por duas vezes. Após a nossa chamada de atenção, a BBC Brasil emendou o nome num dos trexos de texto, deixando o erro num outro ponto. Possivelmente os jornalistas nunca ouviram falar do Mar Azov e este nome geográfico ucraniano não lhes diz nada em especial. Tanto podia ser Azov, Aznov, Azgov ou outro nome qualquer...

Além disso, o batalhão, depois regimento e atualmente a Unidade Especial “Azov”, desde 2015 faz parte da Guarda Nacional da Ucrânia (NGU), é uma das unidades mais disciplinadas das forças ucranianas. A unidade é aquartelada na cidade de Mariupol, atua na linha da frente e não estava envolvida, de tudo, na detenção cívica do terrorista brasileiro. 

O momento alto de reportagem, é a descrição do Lusvarghi, feita pelo correspondente da BBC em Kyiv, Roman Lebed: “Ele disse que usaram ele como garoto propaganda, para dar uma imagem de legitimidade ao movimento. É semelhante ao que fazem os ativistas do Estado Islâmico, que colocam os estrangeiros para defender o prestígio da causa”.

O momento menos conseguido é quando a jornalista escreve que “apesar da violência demonstrada nas imagens (Sic!) [...] o ex-guerrilheiro passa bem. Ele “está em segurança”, depois de ter sido muito hostilizado durante sua captura”.

Num país como o Brasil, onde as facções criminosas diariamente se matam uns aos outros, matam os polícias e cidadãos (em 2016 o Brasil teve, o maior número de mortes violentas do mundo, 70,2 mil mortos, o que equivale a mais de 12% do total de registos em todo o planeta), onde é praticado o famoso assassinato cruel chamado “microondas”, em que cidadão é colocado dentro de pneus velhos, regado com gasolina e queimado na via pública, é um bocado caricato chamar de “muita hostilidade” e de “violência” um par de bofetadas leves que Rafael Lusvarghi se sujeitou durante a sua detenção, quando se recusava à reponder as perguntas objetivos que lhe foram colocados pelos cidadãos indignados.

O artigo também recorda que Lusvarghi se incomodou com os comentários racistas dos separatistas, que chamavam [à ele e outros] sul-americanos de “macacos”.

Reação do público ao artigo:

Na página da BBC as regras de comentários são bastante rígidas, mas o artigo foi reproduzido na íntegra no popular portal brasileiro Uol.com.br, onde recebeu os seguintes comentários dos internautas:
celestelaporte: No fim das contas ele é um babaca.., perigoso ! mas ineficaz... todo que faz termina em cadeia, deve estar sonhando em ser "o chacal" dos tempos modernos ! E porque o Brasil fica preocupado com esse traste?

Rodrigo Júnior: É fácil ser pró-rússia se você nunca viveu sob as botas do regime soviético.

a.assis.alves8408323: É maior de idade. Deve assumir suas responsabilidades! Que não surja campanha para libertá-lo!

Eng195568: Incrível ver o jornalista falar forças de direita! Os dirigentes está apenas cuidando de seu país para não ser separado e entre a Rússia! O sujeito em questão é um desordeiro desocupado e ponto final, que se dane!

brunnocp: Espero que o Brasil não gaste nem um centavo para a mudar este bandido

Visitante: Belo curriculum, talvez aproveite se alistar no ISIS...!!!

Marcio/SP/35: E o típico psicopata. Se sobreviver volta ao Brasil pra tentar carreira politica por um partido de esquerda...claro!

A visão centrista
Já o portal noticioso brasileiro “O Estado de São Paulo”, conhecido como Estadão e de tendência centrista, publicou sobre a detenção do Lusvarghi um texto, de autoria da agência noticiosa EFE, possivelmente o mais equilibrado de todos, intitulado Nacionalistas ucranianos capturam brasileiro que combateu com separatistas.

O artigo começa por informar que “Lusvarghi, de 33 anos, foi levado pelos integrantes de grupos radicais vinculados ao temido Batalhão Azov até a sede do Serviço de Segurança da Ucrânia (SBU), segundo se pôde ver em imagens nas quais um jovem nacionalista esbofeteava o cidadão brasileiro”.

E depois prosegue, explicando que “os nacionalistas, que conduziram Lusvarghi pelas ruas de Kiev com as mãos amarradas nas costas, pediram energicamente explicações aos representantes do SBU pela libertação de um cidadão estrangeiro que tinha matado ucranianos”.

Além disso, a publicação conta que “obrigaram [Lusvarghi] a pedir ao presidente russo, Vladimir Putin, que ele seja trocado por soldados ucranianos em poder dos separatistas pró-Rússia”.

O artigo tem poucos comentários na página do Estadão na Internet, coisa que muda de figura na sua página do Facebook:

Maurício Vieira de Andrade: Vamos parar com essa bobagem de cidadão brasileiro, é um terrorista, um criminoso, foi preso aqui no Brasil, e depois saiu daqui para se matar gente lá, defendendo a proto ditadura da Rússia, quero mais que esse psicopata comunista apodreça na cadeia.

Rubens Bulad: Melhor notícia da semana! Capturado novamente esse rato comunista imundo! Esse criminoso, palhaço miserável, débil mental, assassino de ucranianos, agora vai se foder lindamente nas mãos do Batalhão Azov! Esse não volta mais pro Brasil, vivo ou morto! Espero que seja trucidado e que seja transformado em adubo para as férteis terras negras da Ucrânia! Слава Полк Азов! Слава Україні!

Vinícius Lopes Do Nascimento: Parabéns, nacionalistas, e que façam desse espertalhão um exemplo. Não sei se o jugo russo na região pode ser vencido dessa maneira, mas eu os entendo. O que não compreendo são mongoloides como esse, metidos a guerrilheiros do mundo, algo entre o medíocre Ernesto Che Guevara ou um Giuseppe Garibaldi, por exemplo, e movidos por um romantismo insensato e por um delírio de grandeza. Poderia estar no Brasil aprimorando-se ou curtindo o repouso remunerado depois de uma semana de trabalho, mas tá lá, preso, em um conflito que não é seu. Tem que se foder mesmo.

Marcia Saparas: Bem feito mais um esquerdofrênico brasileiro se metendo no país alheio !!! Nacionalistas o que ??? A Ucrânia é dos Ucranianos e nao do fascista verdadeiro PUTIN !!! Explica história verdadeira e nao manipulada por idéias tortas, para esses analfas brasileiros de esquerda !! Kkkkkkkkkkk Que manés meu Deus! Affff Putin é o maior corrupto da historia com dinheirp desviado, lembra do PANAMA PAPERS !!! Nao é daquela Rússia obsoleta de Stalin/Lenin !! Burros encantados e rebeldes sem causa !!!! Sabe o que resolve isso , estudo e trabalho !!

Denys Camargo: Primeiramente todos que estão lendo a matéria deveriam pesquisar o que a Rússia fez com a Ucrânia no passado chamado "Holomodor" no filme "Colheita amarga" fala sobre esse assunto. Eles não querem mais sofrer nas mãos dos russos, aí aparece um brasileiro que passa vergonha mundialmente fazendo essa besteira.

Luiz Gustavo Soares Thomazin: Não são nacionalistas. São ucranianos que viram seu país ser invadido pela Rússia e lutam contra. Aliás são bem bonzinhos deram até água mineral na boquinha do brasileiro.

1 comentário:

Anónimo disse...

O advogado dos separaistas reclama que o Brasil nao esta dando assistecia:

https://noticias.r7.com/internacional/ucrania-nao-da-informacoes-sobre-brasileiro-preso-diz-itamaraty-11052018