Cerca de 1 hora atrás, em Kyiv, na entrada do Parlamento da Ucrânia (Verkjovna Rada) contra os militares da
Guarda Nacional da Ucrânia foi lançada uma granada. Mais de 120 militares foram
feridos, quatro com gravidade, eles correm o perigo de vida, três deles morreram no hospital, apesar de todos os esforços de médicos para salva-los: Ihor Debrin (25) morreu, atingido com um disparo no coração (o que cria uma enorme confusão, pois significa que a sua morte não está relacionada com a granada lançada), Dmytro Slastnikov (21) e Oleksandr Kostyna (20).
Ihor Debrin, 25 anos, natural de Kherson
A polícia da Ucrânia
iniciou imediatamente as ações de procura e detenção dos criminosos
provocadores, escreve no seu Facebook o assessor do Ministro do Interior da Ucrânia, Anton
Gerashchenko. O autor do crime já foi detido, informou o ministo do Interior, Arsen Avakov.
Recentemente, no leste da
Ucrânia, morreu em combate a voluntária e batedora do Corpo Voluntário
Ucraniano “Setor da Direita” (DUK PS), Anastasia (Nastia) “Lysa” (Raposa)
Gorbachova. Na guerra ela teve duas contusões, criou uma família e esperava uma
criança...
O perfil da patriota
caída é traçado pela sua amiga e companheira de armas, também voluntária do DUK
PS e famosa blogueira ucraniana, Olena
Bilozerska.
Morreu Nastia Gorbachova,
a nossa amiga “Lysa”. Uma batedora absolutamente doida, que durante todo o
outono e inverno, todos os dias, passeava nos campos minados do inimigo, como se
fosse no parqué. Uma alma simples e boa. Apesar da doença cardíaca congénita,
alta e magra, “Lysa-Raposa” possuía a resistência pouco feminina. Com uma carga
de 25-30 kg calmamente andava dezenas de quilómetros. Ela sabia ANDAR – um
valor inestimável e, em geral, o mais importante para o batedor militar. Era uma
atleta, em particular, fazia biatlo, por causa disso era capaz de atirar muito
rapidamente e com a precisão. No entanto, não foi para os franco-atiradores, por
causa do seu caráter forte, tornou-se uma paramédica-atiradora.
Atrás do seu capacete Nastia
usava a cauda de raposa. Uma vez essa cauda salvou várias vidas. Os batedores ucranianos
foram à uma missão, e deveriam ser recolhidos por uma companhia do exército,
com blindado ligeiro (BTR), que também levou dois voluntários do DUK PS, um dos
quais era “Lysa”. A condutor do BTR errou o caminho e apareceu perante os
batedores no momento e na hora inesperados. Os batedores pensaram que são
separatistas e o comandante do grupo quase que aniquilou o BTR com lançador de
granadas. No último momento, uma fração de segundo antes do disparo, viu que um
dos combatentes tinha a cauda vermelha no seu capacete.
“Lysa” sobreviveu às
duas contusões. A primeira no outono de 2014, quando foi atingida por mísseis “Grad”
na região de Vodiane, segunda vez foi no inverno de 2015, no aeroporto de
Donersk, durante um ataque contra a nossa base. Nastia teve uma vida dura. O
seu pai morreu quando ela era nova, a mãe, tendo a família numerosa e vivendo
na pobreza, foi forçada à colocar os seus filhos no colégio interno, onde os visitava
no fim-de-semana. Já adulta, Nastia trabalhou como enfermeira, depois vendedora
no mercado, nos últimos anos teve que cuidar da mãe gravemente doente. Antes da
guerra, a sua mãe morreu. Nastiasentiumuitoessa
morte.
Na frente, “Lysa” encontrou
o seu amor, criou uma família, esperava uma criança... Nos primeiros meses de
gravidez ainda ia às missões ao território temporariamente ocupado pelo
inimigo. Ela foi absolutamente doida, não tinha medo do nada e não se preocupava
com a sua própria saúde. Várias vezes dizia que iria morrer jovem e que isso
não a entristecia. Mas acreditava que irá sobreviver à guerra, mais de uma vez
sonhou que nós todos iremos se encontrar depois da guerra, em uma casa no alto
dos Cárpatos... Mas aconteceu que não se encontraremos.
A
dança do “carrasco” ucraniano (que se tornou viral na Internet) após a liquidação frutífero dos “libertadores”
russo-terroristas (as imagens iniciais são do filme soviético-ucranianoApenas os
velhos vão ao combate, um drama de 1973, ambientado na II G.M., que tem
como o pano de fundo a libertação da Ucrânia do julgo nazi):
https://www.youtube.com/watch?v=8Te52tdJXsQ
Bónus II
O pugilista ucraniano, radicado na Crimeia, Oleksandr Usyk, venceu
hoje em Kyiv, no 3º assalto, o sul-africano Johnny “The Hurricane” Muller,
defendendo pela 3ª vez o seu cinturão intercontinental na versão de WBO.
Ucrânia
chegou finalmente à acordo com os credores internacionais para a reestruturação
da dívida externa, em 20%, após seis meses de negociações durante as quais foi dificil estabelecer uma base de entendimento. Ucrânia conseguiu alcançar
um acordo e evitar o incumprimento dos compromissos assumidos, para além de
poupar cerca de 3,6 bilhões de dólares.
A
ministra das finanças da Ucrânia, Natalie
Ann Jaresko, explica os pormenores do acordo na sua página do Facebook.
O
anúncio de um acordo histórico de reestruturação da dívida com o Comité Ad Hoc
de Credores de hoje é um passo importante para alcançar a sustentabilidade da
dívida e um retorno à prosperidade económica para Ucrânia. Este sucesso não
teria sido possível sem o apoio activo do Presidente, Primeiro-Ministro e do
Parlamento da Ucrânia, bem como dos nossos parceiros bilaterais e multilaterais
internacionais.
Seis
meses atrás, quando começamos as negociações com nossos credores, ninguém
acreditava que seremos bem-sucedidos. Mas com muito trabalho, conseguimos
alcançar o resultado desejado. Fizemos todos os esforços para evitar a default.
Nós acordamos um corte de divida no valor de até 3,6 bilhões de dólares, ou seja,
20% do valor total da dívida (ucraniana) a ser negociado. Estes 3,6 bilhões que
salvaguardamos ao povo ucraniano. Estes fundos podem ser canalizados ao
financiamento das áreas mais importantes de nosso estado hoje – gastos sociais
e de defesa nacional. Este acordo põe Ucrânia em uma posição especial: apenas
um pequeno número de países foram capazes de chegar à acordo sobre a redução da
dívida em uma situação similar.
Os
pagamentos principais (cerca de 11,5 bilhões de dólares) foram adiados para o
fim do programa do FMI de quatro anos e só vamos começar a fazer esses
pagamentos em 2019. Este é o dinheiro real, que hoje podemos colocar a
trabalhar para revigorar a economia da Ucrânia. Reduzir a nossa carga de dívida
global irá reforçar a estabilidade macroeconómica da Ucrânia, acelerar nossa
recuperação económica e fazer da Ucrânia um destino de investimento mais
atraente.
Com
o acordo a que chegámos com os nossos credores, o nosso país vai obter alívio
financeiro significativo e ser capaz de voltar mais rapidamente ao crescimento
económico sustentável.
De
nossa parte, nós concordamos em aumentar ligeiramente o cupão, ou
seja, a percentagem de pagamentos de juros sobre nossa dívida, de 7,2% para
7,75%. Mesmo após este pequeno aumento, a taxa de juros sobre nossa dívida
continuará a ser consideravelmente menor do que dos empréstimos negociados pelo
governo do Yanukovych. Por exemplo, em julho de 2012 ele recebeu um empréstimo
de credores privados no valor de 2,6 bilhões de dólares à uma taxa anual de
juros de 9,25%.
Também
concordamos com nossos credores que, se depois de 2021 a economia da Ucrânia
irá crescer mais do que nas previsões nossas e do FMI (mais de 3-4% ao ano), os
credores participantes receberão pagamentos adicionais da Ucrânia. Ucrânia vai
emitir novos títulos anexados ao crescimento do seu PIB. Estes títulos só serão
aplicados à partir de 2021 e podem ser considerados uma ferramenta adicional
para atrair os investimentos estrangeiros para a nossa economia. É uma
(estratégia) "win-win" para a Ucrânia e para os nossos credores.
Como
todos os ucranianos sabem, o ano 2014 e o primeiro semestre de 2015 foram
extremamente difíceis para a nossa economia. Ucranianos pagaram um preço muito
elevado por antigo regime repressivo e pela agressão russa em curso. O acordo
de hoje com os credores é uma forma justa de compartilhar o fardo da dívida do
país com os nossos parceiros e assegurar a participação de todos. Este acordo é
um marco no caminho da Ucrânia à recuperação e marca o início de um novo
período favorável ao desenvolvimento da nossa economia, criando as condições
para o crescimento económico. Além disso, o negócio da dívida será uma
ferramenta poderosa para estabilizar ainda mais a nossa moeda. Finalmente, este
acordo nos dará tempo para continuar a implementar o programa ambicioso de reformas do nosso Governo.
Estou
grata à minha equipa pelo seu trabalho extremamente duro e dedicação, cujo
resultado é a assinatura deste importante acordo!
Ler
a explicação mais detalhada do acordo em inglês:
No
dia de Independência da Ucrânia, no último 24 de agosto, no centro de Kyiv
foram vistos os ucranianos de diversas origens étnicos e culturais que
coloriram a festa do 24º aniversário da soberania do país (fotos@FB).
AAcademia Portuguesa de
Cinemavem por este meio manifestar a sua solidariedade para com o cineasta
ucraniano Oleg Sentsov, detido em Maio de 2014 na sua casa de Simferopol e
levado para Moscovo, onde aguardou julgamento durante um ano. O veredicto será
conhecido amanhã e a acusação pede 23 anos de prisão para Sentsov. O cineasta
de 39 anos é acusado pelas autoridades russas de “crime de terrorismo” por ter
criticado a anexação da Crimeia pela Federação Russa. Apesar da principal
testemunha do processo ter retirado o seu depoimento, a acusação manteve-se
inalterável.
A Academia Portuguesa
de Cinema junta-se desta forma à Academia Europeia de Cinema, que enviou uma
carta ao Presidente Vladimir Putin e às autoridades russas a pedir a imediata
libertação de Oleg Sentsov. À Academia Europeia juntaram-se várias outras
academias, incluindo as da Polónia, Alemanha, Áustria, República Checa e ainda
a União dos Realizadores Russos. A carta já soma mais de mil assinaturas.
Saiba como pode assinar
e veja quem já assinou aqui:
O tribunal militar
russo, na cidade russa Rostov-no-Don, condenou os cidadãos da Ucrânia, cineasta
Oleg Sentsov e ativista Oleksandr Kolchenko aos 20 e 10 anos da prisão severa,
respetivamente.
A defesa dos arguidos
pediu o tribunal absolvição dos seus clientes, devido a falta absoluta de
objetividade do processo. Em Kyiv, em frente da embaixada russa, os ucranianos
se manifestaram em apoio dos ativistas condenados na base das acusações inventadas
e confissões implantadas sob torturas.
O presidente da
Ucrânia, Petro Poroshenko, chamou a atenção sobre a injustiça do tribunal russo: “Concordo com as palavras do Oleg Sentsov – o tribunal dos ocupantes não
pode ser justo, a priori. Aguente, Oleg. Chegará a hora e os que organizaram a
sua condenação, eles próprios, sentarão no banco dos réus!”, escreveu ele na
sua página do Facebook.
Na sua última palavra
no tribunal, Oleg Sentsov disse: “Quero desejar aos russos não ter medo!”.
No
fim, Sentsov e Kolchenko cantaram o hino da Ucrânia.
https://www.youtube.com/watch?v=tdVtBjZHkRE
Recentemente, o Centro
russo da defesa dos direitos humanos, “Memorial” considerou Oleg Sentsov e
Oleksandr Kolchenko os prisioneiros políticos.
Os
dados OSINT, publicados pela edição on-line russabs-life.ru,
revelaram uma sensação: até 1 de fevereiro de 2015, as forças armadas russas
já perderam na Ucrânia mais de 2.000 militares mortos e outros 3.200 militares foram
gravemente feridos, considerados inválidos.
Embora
o artigo, intitulado “Aumento dos salários aos militares em 2015” (na imagem em cima) foi
rapidamente censurado, a edição ucraniana nr2.com.uaguardou
a web cache do artigo original. Eis os segredos revelados, propositadamente ou
não, pelos jornalistas russos:
As
compensações aos militares que participaram nas ações militares na Ucrânia em
2014-2015
Além
disso. O Governo da Rússia tomou a decisão sobre a compensação financeira aos militares
que participaram nas ações militares no leste da Ucrânia.
Assim,
às famílias dos militares mortos que participaram nas ações militares na
Ucrânia, a compensação monetária será de 3 milhões de rublos (cerca de 50,000
USD), aos aqueles que se tornaram inválidos durante as ações militares – 1,5
milhões de rublos (cerca de 25,000 USD). Além disso, está previsto o pagamento
aos (militares) contratados os (valores) “de combate” por cada dia da presença
na zona do conflito militar no valor de 1800 rublos (30 dólares).
No
total, até 1 de fevereiro de 2015, já foram pagas as compensações monetárias às
mais de 2.000 famílias dos militares e aos 3.200 militares que receberam os
ferimentos graves e foram considerados inválidos.
Os
sovietólogos encontravam muitos segredos da URSS, vasculhando a imprensa
soviética e revistas técnicas e de comércio financeiro. Os militares mortos e
inválidos, à receberem as compensações, devem ficar registados em algum lugar
nos orçamentos. Conforme relatado pela publicação russa, os pagamentos de
compensação aos russos mortos e inválidos na Ucrânia chegou à quase vinte
milhões de dólares, não é uma grande despesa do orçamento de defesa russo, de
aproximadamente 50 bilhões de dólares, mas é suficientemente grande para
aparecer em uma subcategoria orçamentária apropriada.
A
revelação da “Delovaya Zhizn” destrói o mito de Putin sobre “um pequeno número
de mortes de patriotas russos que defendem os russos na Ucrânia”. De acordo com
Putin, se houver os combatentes russos na Ucrânia eles “se demitiram do
exército e foram como voluntários”. No entanto, os militares russos sob contrato,
no jargão militar russo, kontraktnik(i), são contratados para servirem um
determinado período de tempo no serviço militar, geralmente três anos, em troca
de remuneração e outros benefícios. A cláusula de pagamento aos soldados sob
contrato cria um enorme embaraço à narrativa oficial do Kremlin sobre a “não
participação” dos seus militares na agressão contra Ucrânia.
Os terroristas russos liquidados em Donetsk em maio de 2014
Os
censores russos removeram rapidamente a informação incriminatória. O Kremlin
vai alegar que o material da cacheweb é uma falsificação. Os números, no
entanto, fazem sentido e confirmam o que deveria ser óbvio para todos: as
tropas russas estão no leste da Ucrânia e recebem os fornecimentos de armas
pesadas, efetuados pela Rússia. As batalhas mortíferas, tais como do aeroporto
de Donetsk e de Debaltseve resultaram em baixas pesadas para cada lado. Sabemos
também que os mortos russos são secretamente transportados de volta à Rússia
para os enterros clandestinos.
Apesar
desta série de evidências, apenas um quarto dos russos acredita que a Rússia
tem tropas suas na Ucrânia. Será que a presença de 3.200 inválidos de guerra e
mais de 2.000 famílias enlutadas corroerá a crença de que a Rússia não está
conduzindo uma guerra com as suas próprias tropas contra Ucrânia? Parece que o
tempo e os eventos irão aumentar o número de russos que acreditarão na verdade.
No último dia 23 de
agosto, na cidade de Lviv, prestou o juramento solene a nova polícia ucraniana.
Entre os patrulheiros estava Iryna Kulchytska, a nora domajor-general
Serhiy Kulchytskiyque morreu em combate contra os russo-terroristas em 29
de maio de 2014.
Natural de Lviv, o major-general
Serhiy P. Kulchytskiy, era bem conhecido e amado pelos militares da Guarda
Nacional da Ucrânia (NGU). Durante o decorrer da OAT, o general estava na linha
da frente da luta das forças ucranianas contra os ocupantes e terroristas
russos, que tinham ocupado as regiões do leste da Ucrânia.
O militar de carreira, Serhiy
Kulchytskiy, morreu nos arredores da cidade de Sloviansk, quando o helicóptero
em que segui com outros militares e polícias ucranianos foi atingido pelo fogo
dos russo-terroristas (na altura comandados pelo cidadão russo Igor Girkin). O general Kulchytskiy
foi condecorado, à título póstumo, com a medalha do Herói da Ucrânia, decisão
do presidente Petró Poroshenko.
O monumento de São Jorge na entrada ao MINT de Lviv
Em Lviv, à lançar a nova
polícia de patrulha, o Ministério do Interior (MINT) da Ucrânia conta com o empenho da
Iryna Kulchytska, a nora do major-general Kulchytskiy. Passando todos os níveis
de triagem muito severa, a cabo Kulchytska ganhou o direito de se tornar a
vice-chefe do 3º pelotão do 1º batalhão da nova polícia em Lviv. A polícia que
trouxe a nova qualidade de serviço à comunidade, polícia que veio à servir e
defender o cidadão.
“É a tal ligação entre as gerações
que torna o nosso país invencível!”, - escreveu no seu Facebook o ministro do
Interior da Ucrânia, Arsen
Avakov.
Glória à Ucrânia!
Bónus
O músico ucraniano Oleg
“Fahot” Mykhailiuta, da banda do hip-hop TNMK, apresentou a sua nova
composição à solo, chamada “Mantra”, dedicada à luta entre o bem e o mal. Além
disso, o músico foi co-responsável pela realização do vídeo musical e até
participou no vídeo como ator, fazendo o papel do baterista.
Em agosto de 1940, já
após o início da II G.M., a URSS providenciou três dos seus mais potentes navios
quebra-gelo: “Lenine”, “Estaline” e “Kaganovich”, ao dispor do corsário cruzador auxiliar
naziKometque se dirigia ao Pacífico para se dedicar à pirataria.
O cruzador auxiliar era
um eufemismo alemão para designar a forma de guerra naval afim da pirataria. A
Kriegsmarine teve em ação nove destes navios mercantes armados, que navegavam
sob bandeira e nomes falsos e tinham por missão afundar ou aprisionar, à má-fé,
navios mercantes aliados.
Como as águas do
Atlântico eram intensamente patrulhadas pela marinha britânica, a marinha alemã
achou mais prudente enviar o Komet para o Pacífico através da mais improvável
das rotas: a Passagem Nordeste, ao longo da costa norte da Sibéria e entrando
no Pacífico pelo Estreito de Bering. A missão do corsário seria colocar as minas navais junto à
Austrália e atacar a navegação no Pacífico.
Para abrir passagem
para o Komet através dos mares de Barents, Kara, Laptev e da Sibéria Oriental,
a União Soviética pôs à disposição dois quebra-gelos, o “Lenin” e o “Estaline” – na fase
final da viagem, foi escoltado por um terceiro quebra-gelos, o “Kaganovich”,
mas o gelo não se revelou suficientemente espesso para requerer a intervenção
deste.
Pacto entre Alemanha nazi e a URSS: Molotov, Estaline e von Ribbentrop em Moscovo
A viagem teve vários
contratempos, mas a 2 de setembro de 1940 o Komet tinha pela sua frente águas
livres de gelo, pelo que dispensou o “Kaganovich” e seguiu viagem sozinho –
três dias depois cruzava o Estreito de Bering e começava a busca as vítimas
incautas. Afundaria sete navios e apresaria um, num cômputo total de 52.130
toneladas. O auxílio dos quebra-gelos soviéticos não foi totalmente desinteressado: o 3º
Reich pagou 950.000 marcos (130.000 dólares da época) pelos seus serviços.
A marcha militar dedicada
ao 24º aniversário da Independência da Ucrânia, será efetuada sem uso de
equipamentos blindados. Mas a preparação à marcha enche o olho...
As unidades muito bem
equipadas e constituídas de todos os ramos das Forças Armadas da Ucrânia:
infantaria, pára-quedistas, fuzileiros navais, Guarda Nacional. É verdade, nem
todas as unidades da frente possuem este tipo de equipamentos. Mas os
participantes na marcha irão para a zona de OAT já equipados. Este é o exército
que Ucrânia nunca teve em 23 anos anteriores da sua independência, este é o
exército que enche de orgulho os cidadãos do país e os amigos da Ucrânia.
Na esquina da avenida
Khreshatyk e rua Prorizna uma centena de bocas gritou como uma só pessoa: “Glória
à Ucrânia – glória aos Heróis! Glória à Nação – morte aos inimigos! Ucrânia
acima de tudo!” É a famosa 24ª companhia do batalhão voluntário “Aydar”,
conhecida como “afegã”. Quase todos são gente nova, dos heróis de agosto de
2014 no ativo ficaram poucos. Masoespíritocombativo é altíssimo.
Comandante "Shturm", batalhão "Aydar"
O comandante “Saide” (na 1ª foto deste artigo),
combateu nos arredores de Luhansk, passou pelo inferno dos combates de agosto
de 2014. Na outra foto aparece o comandante do pelotão “Shturm”, já
desmobilizado... Muitos outros veteranos do “Aydar”, que se desmobilizaram vieram à Khreshatyk para ficar ao lado dos seus camaradas.
Quando eu contemplava
os militares ucranianos à gritarem os slogans do Exército Insurgente Ucraniano
(UPA), eu me lembrei a conhecidíssima frase do Stepan Bandera sobre a chegada
do dia em que os milhões irão gritar “Glória à Ucrânia” no centro de Kyiv.
Na avenida Khreshatyk
marcha o exército que jamais permitirá a nova escravidão dos ucranianos. Espero
que o presidente irá se lembrar dos heróis que lutaram na linha da frente em 24
de agosto de 2014, para permitir aquela primeira parada da liberdade.
Precisamos de agradecer aos que estão neste momento na frente, em trincheiras e
blindagens, debaixo do fogo inimigo. Agradecer aos combatentes voluntários, não
apenas das unidades do exército, mas também dos batalhões “Azov” e do Corpo Voluntário
do “Setor da Direita”. É muito importante não esquecer aqueles que foram à
guerra sem ordens, nem alistamentos.
O tenente da 28ª Brigada das FAU: Oleksiy Lytovchenko
Senti uma energia sem
igual na Khreshatyk. Sim, ainda não é o Dia da Vitória. Precisamos de
alcança-la. Mas já temos os soldados da Vitória. Os soldados que são esperados
na linha da frente e a marcha para eles é uma honra, não é uma obrigação. Isso
vale à pena testemunhar ao vivo.
Aldeia de Pokrovskoe,
província de Rostov, Rússia, estação ferroviária de Neklinovka: os blindados
russos na sua marcha assassina na direção à Ucrânia (FONTE).