Recentemente, no leste da
Ucrânia, morreu em combate a voluntária e batedora do Corpo Voluntário
Ucraniano “Setor da Direita” (DUK PS), Anastasia (Nastia) “Lysa” (Raposa)
Gorbachova. Na guerra ela teve duas contusões, criou uma família e esperava uma
criança...
O perfil da patriota
caída é traçado pela sua amiga e companheira de armas, também voluntária do DUK
PS e famosa blogueira ucraniana, Olena
Bilozerska.
Morreu Nastia Gorbachova,
a nossa amiga “Lysa”. Uma batedora absolutamente doida, que durante todo o
outono e inverno, todos os dias, passeava nos campos minados do inimigo, como se
fosse no parqué. Uma alma simples e boa. Apesar da doença cardíaca congénita,
alta e magra, “Lysa-Raposa” possuía a resistência pouco feminina. Com uma carga
de 25-30 kg calmamente andava dezenas de quilómetros. Ela sabia ANDAR – um
valor inestimável e, em geral, o mais importante para o batedor militar. Era uma
atleta, em particular, fazia biatlo, por causa disso era capaz de atirar muito
rapidamente e com a precisão. No entanto, não foi para os franco-atiradores, por
causa do seu caráter forte, tornou-se uma paramédica-atiradora.
Atrás do seu capacete Nastia
usava a cauda de raposa. Uma vez essa cauda salvou várias vidas. Os batedores ucranianos
foram à uma missão, e deveriam ser recolhidos por uma companhia do exército,
com blindado ligeiro (BTR), que também levou dois voluntários do DUK PS, um dos
quais era “Lysa”. A condutor do BTR errou o caminho e apareceu perante os
batedores no momento e na hora inesperados. Os batedores pensaram que são
separatistas e o comandante do grupo quase que aniquilou o BTR com lançador de
granadas. No último momento, uma fração de segundo antes do disparo, viu que um
dos combatentes tinha a cauda vermelha no seu capacete.
“Lysa” sobreviveu às
duas contusões. A primeira no outono de 2014, quando foi atingida por mísseis “Grad”
na região de Vodiane, segunda vez foi no inverno de 2015, no aeroporto de
Donersk, durante um ataque contra a nossa base. Nastia teve uma vida dura. O
seu pai morreu quando ela era nova, a mãe, tendo a família numerosa e vivendo
na pobreza, foi forçada à colocar os seus filhos no colégio interno, onde os visitava
no fim-de-semana. Já adulta, Nastia trabalhou como enfermeira, depois vendedora
no mercado, nos últimos anos teve que cuidar da mãe gravemente doente. Antes da
guerra, a sua mãe morreu. Nastia sentiu muito essa
morte.
Na frente, “Lysa” encontrou
o seu amor, criou uma família, esperava uma criança... Nos primeiros meses de
gravidez ainda ia às missões ao território temporariamente ocupado pelo
inimigo. Ela foi absolutamente doida, não tinha medo do nada e não se preocupava
com a sua própria saúde. Várias vezes dizia que iria morrer jovem e que isso
não a entristecia. Mas acreditava que irá sobreviver à guerra, mais de uma vez
sonhou que nós todos iremos se encontrar depois da guerra, em uma casa no alto
dos Cárpatos... Mas aconteceu que não se encontraremos.
Fonte:
Bónus
A
dança do “carrasco” ucraniano (que se tornou viral na Internet) após a liquidação frutífero dos “libertadores”
russo-terroristas (as imagens iniciais são do filme soviético-ucraniano Apenas os
velhos vão ao combate, um drama de 1973, ambientado na II G.M., que tem
como o pano de fundo a libertação da Ucrânia do julgo nazi):
https://www.youtube.com/watch?v=8Te52tdJXsQ
Bónus II
O pugilista ucraniano, radicado na Crimeia, Oleksandr Usyk, venceu
hoje em Kyiv, no 3º assalto, o sul-africano Johnny “The Hurricane” Muller,
defendendo pela 3ª vez o seu cinturão intercontinental na versão de WBO.
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