domingo, agosto 30, 2015

RIP Anastasia “Lysa” Gorbachova

Recentemente, no leste da Ucrânia, morreu em combate a voluntária e batedora do Corpo Voluntário Ucraniano “Setor da Direita” (DUK PS), Anastasia (Nastia) “Lysa” (Raposa) Gorbachova. Na guerra ela teve duas contusões, criou uma família e esperava uma criança...

O perfil da patriota caída é traçado pela sua amiga e companheira de armas, também voluntária do DUK PS e famosa blogueira ucraniana, Olena Bilozerska.
Morreu Nastia Gorbachova, a nossa amiga “Lysa”. Uma batedora absolutamente doida, que durante todo o outono e inverno, todos os dias, passeava nos campos minados do inimigo, como se fosse no parqué. Uma alma simples e boa. Apesar da doença cardíaca congénita, alta e magra, “Lysa-Raposa” possuía a resistência pouco feminina. Com uma carga de 25-30 kg calmamente andava dezenas de quilómetros. Ela sabia ANDAR – um valor inestimável e, em geral, o mais importante para o batedor militar. Era uma atleta, em particular, fazia biatlo, por causa disso era capaz de atirar muito rapidamente e com a precisão. No entanto, não foi para os franco-atiradores, por causa do seu caráter forte, tornou-se uma paramédica-atiradora.
Atrás do seu capacete Nastia usava a cauda de raposa. Uma vez essa cauda salvou várias vidas. Os batedores ucranianos foram à uma missão, e deveriam ser recolhidos por uma companhia do exército, com blindado ligeiro (BTR), que também levou dois voluntários do DUK PS, um dos quais era “Lysa”. A condutor do BTR errou o caminho e apareceu perante os batedores no momento e na hora inesperados. Os batedores pensaram que são separatistas e o comandante do grupo quase que aniquilou o BTR com lançador de granadas. No último momento, uma fração de segundo antes do disparo, viu que um dos combatentes tinha a cauda vermelha no seu capacete.
“Lysa” sobreviveu às duas contusões. A primeira no outono de 2014, quando foi atingida por mísseis “Grad” na região de Vodiane, segunda vez foi no inverno de 2015, no aeroporto de Donersk, durante um ataque contra a nossa base. Nastia teve uma vida dura. O seu pai morreu quando ela era nova, a mãe, tendo a família numerosa e vivendo na pobreza, foi forçada à colocar os seus filhos no colégio interno, onde os visitava no fim-de-semana. Já adulta, Nastia trabalhou como enfermeira, depois vendedora no mercado, nos últimos anos teve que cuidar da mãe gravemente doente. Antes da guerra, a sua mãe morreu. Nastia sentiu muito essa morte.
Na frente, “Lysa” encontrou o seu amor, criou uma família, esperava uma criança... Nos primeiros meses de gravidez ainda ia às missões ao território temporariamente ocupado pelo inimigo. Ela foi absolutamente doida, não tinha medo do nada e não se preocupava com a sua própria saúde. Várias vezes dizia que iria morrer jovem e que isso não a entristecia. Mas acreditava que irá sobreviver à guerra, mais de uma vez sonhou que nós todos iremos se encontrar depois da guerra, em uma casa no alto dos Cárpatos... Mas aconteceu que não se encontraremos.

Fonte:

Bónus
A dança do “carrasco” ucraniano (que se tornou viral na Internet) após a liquidação frutífero dos “libertadores” russo-terroristas (as imagens iniciais são do filme soviético-ucraniano Apenas os velhos vão ao combate, um drama de 1973, ambientado na II G.M., que tem como o pano de fundo a libertação da Ucrânia do julgo nazi):
https://www.youtube.com/watch?v=8Te52tdJXsQ 
Bónus II
O pugilista ucraniano, radicado na Crimeia, Oleksandr Usyk, venceu hoje em Kyiv, no 3º assalto, o sul-africano Johnny “The Hurricane” Muller, defendendo pela 3ª vez o seu cinturão intercontinental na versão de WBO.

Sem comentários: