quarta-feira, dezembro 27, 2017

A morte da União Soviética no Natal, 26* anos atrás, prova a existência de Deus (& sentido de humor)

Se GULAG, as fomes forçadas e os julgamentos públicos o agredissem na União Soviética, então o fazer desaparecer o Natal de seus calendários pelo superestado ateu – como a remoção de um comissário caído do lado de Estaline – provavelmente aumentará à sua aversão. Ninguém gosta do Grinch, especialmente um brutamontes que sai das páginas do Dr. Zhivago, dando os presentes de Natal aos alguns meninos russos [soviéticos].

por: Daniel J. Flynn, Breitbart.com (*o texto foi publicado em dezembro de 2016)
Por mais de sete décadas, a União Soviética se recusou a reconhecer o Natal. O Avô Geada  (Died Moroz, na imagem em baixo) substituiu o São Nicolau, árvores de Natal se transformaram em árvores de Ano Novo, e os cidadãos que celebrassem o Natal tornaram-se criminosos (ler mais: O perigo de celebrar o Natal). A URSS comemorou oficialmente a data em que Yuri Gagarine se tornou o primeiro homem no espaço e o dia em que os comunistas derrubaram as pessoas que derrubaram o czar. Mas no [seu] calendário, o nascimento de Cristo não se mostrou igual às realizações de um cosmonauta e dos comunistas parvos.
Died Moroz e Sniegurochka em Moscovo, 1968 | foto @GettyImages
A religião comunista anti-religiosa predeterminou isso. “Devemos combater a religião”, Lenine explicou piedosamente aos seus camaradas verdadeiros crentes. “Esse é o ABC de todo o materialismo e, consequentemente, do marxismo”. No dia do Natal há 26 anos, dois materialistas barbudos bem alimentados com um gosto pela cor vermelha lutaram.

Na batalha entre Santa Claus (Papai Noel) e Karl Marx, venceu Jesus Cristo.

“Os bolcheviques substituíram cruzes por martelos e foices”, notou Vyacheslav Polosin, o chefe do comité de religião do parlamento russo [1990-1993], há 26 anos. “Agora eles estão trocando dos lugares”.

Em 1991, uma União Soviética que se recuperou da recessão e a perda de seus estados satélites, finalmente reconheceu o Natal, que no calendário juliano calha em janeiro, em vez de no final de dezembro. Em 25 de dezembro daquele ano, o governo baixou a [bandeira vermelha] com a foice e martelo do Kremlin pela última vez.

O presente festivo de há um quarto de século colocou o fim de um regime que apagou tantos milhões, invadiu [Ucrânia], [Geórgia], Estónia, Letónia, Lituânia, Finlândia, Polónia, Checoslováquia, Afeganistão e os pontos além, promoveu a campanha de Trofim Lysenko que defendia a “cooperação natural” em vez de “seleção natural”, se aliou à Alemanha nazi, e baniu Aleksandr Solzhenitsyn [baniu e também matou milhares de outros autores, historiadores e artistas], entre outros atos bárbaros e bizarros, grandes e pequenos.

Mas nem todos recebem um presente com gratidão. [...] Um título do The New York Times sobre a libertação dos [últimos] prisioneiros políticos [soviéticos em 1992] dizia [em 12 de fevereiro de 1992]: “GULAG gere a raiva, sim, mas também a serenidade” (Sic!) [...]

Vinte e seis Natais atrás, o Império do Mal tornou-se uma vítima da história da natividade do Príncipe da Paz. Se fosse uma novela de [Boris] Pasternak, os leitores chamariam isso de ironia. Na nossa história saturada, insistimos em classificá-la como uma coincidência.

1 comentário:

Anónimo disse...

Por favor, assista este video:

https://www.youtube.com/watch?v=gXRM6IvQz-8