Na
cidade ucraniana de Khrustalniy
(ex-Kraniy
Luch) na região de Luhansk fomenta-se o conflito entre o “poder local” e o “poder
central”, personificado pelo líder do agrupamento terrorista “lnr”, fuhrer Igor
Plotnitsky.
O
“chefe do município” local, Yuriy Kondratenko, exortou os seus apoiantes, através
da conta no Twitter de “apoiar a liderança da polícia popular na luta contra o estelionatário
Plotnitsky” (embora não se conhece ao certo a autoria da postagem,
desconfiando-se que o Twitter do separatista Kondratenko poderia ser hackeado).
Para
já, os moradores da cidade não fornecem nenhuma informação adicional sobre o
que se passa na urbe. Na sua página na rede social OK, os terroristas do bando “Oplot”
dizem que são vítimas do Plotnitsky e exortam os apoiantes à se reunir numa
base da unidade para resistir à liderança da dita “lnr”: Imaginando-se um
reizinho, Igor Venediktovich [Plotnitsky], sob o pretexto de combater os culpados
do imaginário golpe do estado na república, pretende remoer todos os
indesejáveis! Ele considera como os indesejáveis todos aqueles que durante a
guerra com os punidores ucranianos não se sentavam nos escritórios, mas cumpriram
o seu dever nas trincheiras defendendo a pátria!
A "2ª milícia" do bando "Prizrak" |
Na
página do bando “Prizrak” na rede social VK é possível ler a seguinte frase,
postada no dia 23 de setembro: “A primeira milícia deixou de servir o povo, não
desempenha plenamente as tarefas que lhe foram atribuídas. Portanto, é hora de
começar a criar uma SEGUNDA MILÍCIA, que libertará o Donbas de neofascistas e
traidores. DÊ-NOS A SEGUNDA MILÍCIA!”
O
Twitter do bando também informa que o grupo pretende resistir ao Plotnitsky de
forma armada.
Apenas
alguns dias atrás, Plotnitsky discursou na TV, falando da alegada tentativa do
golpe do estado na “república”: “Houve uma outra tentativa de golpe [...] criar
um precedente da suposta indignação do povo ucraniano, e debaixo disso tudo deveria
entrar o exército ucraniano. Por isso, fomos pró-ativos, sabemos tudo muito bem,
conhecemos os inimigos internos e aqueles que têm patrões, talvez, até na
Federação Russa”.
O
bando “Prizrak” divulga ativamente na rede social VK a informação sobre a possibilidade
do retorno ao Luhansk de dois terroristas influentes: Igor “Bes” Bezler e o
primeiro líder do bando “lnr”, cidadão russo Valeriy Bolotov. Nas páginas do
Bolotov nas redes sociais nos meados de agosto foi divulgada a informação do
que este pretende organizar o 2º congresso do seu movimento no decorrer do qual
serão aprovados “os novos passos no interesse dos habitantes das repúblicas [“lnr”/”dnr”],
registo e participação nas eleições”.
O
terrorista Igor “Bes” Bezler comandou as forças russo-terroristas em Horlivka e
Donetsk, no outono de 2014, após o conflito aberto com líder da “dnr”,
Aleksandr Zakharchenko, ele foi removido da Donbas, passando à morar na Crimeia.
Separatistas caçam o separatista
Além
disso, já após o discurso na TV, a dita “procuradoria” da dita “lnr” anunciou em
21 de setembro a emissão do “mandato” de busca e captura do ex-chefe do “parlamento”
da “lnr”, Aleksey Karyakin. O ex-comparsa do Plotnitsky é acusado de “tentativa
de atentar contra a vida do membro das forças de lei e ordem e um militar; danos
intencionais à propriedade alheia (causando os danos significativos); aquisição,
armazenamento, transporte ou porte ilegal de armas de fogo e munições”.
Essas
acusações permitem supor que Karyakin, que no passado gozava da influência entre
os separatistas da “lnr” poderia fazer a parte dos conspiradores contra o
regime do Plotnitsky. No dia 25 de março de 2016, este removeu Koryakin do seu
cargo de “presidente do conselho popular” da “lnr” (ler mais É golpi).
A
morte dos pais do Plotnitsky
No
dia 22 de setembro Plotnitsky confirmou a morte de ambos os seus pais: a faxineira
Nina e mecânico Veniamin. “Sim, eu realmente confirmo que na semana passada
toda a nossa família acompanhou na última viagem os meus pais – o pai e a mãe” –
disse Plotnitsky e acrescentou que não dará mais detalhes sobre o sucedido pois
“separa a sua vida pessoal e pública”.
Dos
seus país, que até recentemente viviam na Ucrânia Ocidental, na aldeia de Kelmentsi se sabe que ultimamente
eles se mudaram para a cidade russa de Voronezh da onde no início de setembro
de 2016 foram evacuados para o Moscovo, onde ambos morreram, segundo a versão
oficial, “devido ao envenenamento com cogumelos” (lenta.ru).
Na
sua localidade a família Plotnitsky tinha a má fama, embora as pessoas contam
que o pai, natural da terra, era um bom mecânico: “5-6 anos atrás ele deixou a sua
própria mãe em um asilo. E antes disso, abusava muito dela, nem mesmo a
alimentava. De modo que as pessoas da aldeia lhe levavam a comida”, – conta um
dos moradores locais (BBC).
É
de recordar que no dia 6 de agosto de 2016 Plotnitsky sobreviveu uma tentativa
de liquidação.
A viatura em que seguia o líder da “lnr” foi atingida numa explosão (pensa-se
que foi usada a mina MON-50 ou TM-62), alegadamente morreu um dos seus
guarda-costas e dois ficaram feridos. Na
altura, a maior parte dos analistas considerou o caso como RP do próprio Plotnitsky,
devido ao facto de após a explosão ele recebeu a alta do hospital um ou dois
dias depois. No entanto, após uma nova coincidência (Sic!) da morte dos pais,
dá para pensar que a luta sem quartel “debaixo dos tapetes” na dita “lnr”
entrou na sua fase muito quente. Onde uns bandidos querem conservar, à todo o
custo, o seu poder e outros desejam ardentemente usufruir dos seus frutos. Com o
papel do Moscovo, nisso tudo, ainda por esclarecer...
As
“repúblicas populares” no Top-10 dos organismos mais perigosos
Os
grupos terroristas “lnr” e “dnr” entraram na lista dos Top-10 de actores
não-estatais, com o maior nível da vilência ao nível mundial em 2015, segundo o
estudo da IHS
Jane’s Terrorism and Insurgency Centre.
A
«dnr» ocupa o 3º ligar e «lnr» o 7º. O gráfico mostra as atividades dos grupos
não estatais que usam a violência e a morte para conseguir os objetivos
políticos em 2015 (descarregar o relatório
completo, PDF, 2 MB). Além disso, pelos dados do Fórum Económico Mundial (World
Economic Forum), a cidade de Donetsk ocupa o 17º ligar entre as cidades com a
maior ameaça terrorista em 2015.
O
perigo terrorista é medido em mais de 2.100 cidades mundiais, se baseando nos
dados das mortes violentas por 100.000 pessoas. A lista é encabeçada pela
cidade iraquiana de Ramadi (dn.ua).
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