sexta-feira, outubro 31, 2014

Execução pela fome: o desconhecido genocídio de ucranianos


Entre os dias 1 à 30 de novembro, nos Paços do Concelho da Câmara Municipal de S. Pedro do Sul (Distrito de Viseu, região Centro), decorrerá a exposição: “Execução pela fome: o desconhecido genocídio de ucranianos”, dedicada à problemática do Holodomor.
Elaborada pelo Fundação Internacional de Caridade Ukraine 3000, a exposição baseia-se, principalmente, na história oral, um método contemporâneo popular de investigação social e humanitária. Desta forma, a peculiaridade da exposição reside na circunstância de os factos das fontes de arquivo serem corroborados por evidências de sobreviventes do Holodomor, a fome planeada, executada e provocada pela alta liderança da União Soviética em 1932-1933. Toda a exposição é baseada neste princípio: qualquer informação é suportada pela evidência de uma testemunha ocular.

A exposição está dividida em quatro partes temáticas: “A Ucrânia antes da Fome”, “Causas e Razões da Fome”, “O Mecanismo da Fome” e “O Reconhecimento Global e Percepção do Holodomor”.

Organização: Câmara Municipal de S. Pedro do Sul (CM-São Pedro do Sul).
Colaboração: Associação dos Ucranianos em Portugal (www.spilka.pt)
Horário: dias úteis, das 8h30 às 17h30

Ajudar às Forças Armadas da Ucrânia
Neste momento a Associação dos Ucranianos em Portugal, organizou três pontos de recolha da ajuda humanitária para às FAU. Os contactos dos centros: em Lisboa: 967135885; Albufeira: 926 363 117 e Vila Nova de Gaia: 968 945 751.

Toda a ajuda individual financeira pode ser depositada na conta da Associação dos Ucranianos em Portugal: 0033 0000 4525 2841 4840 5 ().

Além disso, no dia 2 de novembro, às 14h00, em Lisboa decorrerá um concerto musical de angariação de fundos em apoio às FAU.
Local: Auditório Camões, Escola Secundária Camões;
Endereço e localização: rua Almirante Barroso, nº 25 – B, Lisboa; autocarros № 22, 720, 732, até a paragem «Estefânia»; estação do metro «Saldanha».

quinta-feira, outubro 30, 2014

O lançamento do romance gráfico “Herói à força”

A editora ucraniana Leopol prepara o lançamento oficial do romance gráfico “Herói à força”, baseado na obra do escritor ucraniano Ivan Frankó, desenhado pelo pintor romeno-ucraniano Michai Tymoshenko e adoptado pelo artista franco-ucraniano Cyril Horiszny.

No dia 1 de novembro de 1848 a cidade de Lviv foi acordada com a revolução, mais tarde conhecida como A Primavera dos Povos, que rapidamente se espalhou por diversos países da Europa. Estes acontecimentos históricos serviram de pano de fundo para o romance “Herói à força” / “Heroi ponevoli” (1904), a obra pouco conhecida do clássico da literatura ucraniana, Ivan Frankó.

O romance gráfico homónimo, lançado em dois volumes, 166 anos após os acontecimentos, permite visualizar e descobrir a cidade de Lviv da época do império austro-húngaro, quer aos olhos do Ivan Frankó, quer aos olhos dos dois autores contemporâneos.

Stepan Kalynovych era o funcionário da Contabilidade estatal da cancelaria de Lviv. Durante vinte anos calculava receitas do tesouro e as despesas. Vinte dos melhores anos de sua vida neste escritório escuro, vivendo o dia-a-dia de forma correcta e certa, tinha um relógio bem acertado, não pensando em nenhumas mudanças, sobre nenhuma outra vida. Necessitou então a tempestade de 1848 para que naquela vida calma, solitária, entrasse algum desassossego e a rebelião”. 

A personagem principal é um ucraniano que não estava acostumado à agir de forma independente. O seu destino muda drasticamente quando ele, à força, fica no meio dos combates de rua entre polacos e austríacos. As aventuras incríveis ocorrem com Stepan Kalynovych nas barricadas de Lviv, durante a revolução “A Primavera dos Povos” em 1848. Naquela época a cidade de Lviv floresceu como a capital da Galiza – a maior província da região oriental do império austro-húngaro.

Na sua obra Ivan Frankó centra-se na luta pelas liberdades dos cidadãos e na consciência nacional e cultural das pessoas. Ele enfatiza o heroísmo e solidariedade no decorrer da revolução. Esses traços da natureza humana são relevantes e valiosos, independentemente da época e do país em questão...

Sobre os autores

Michai Tymoshenko (1980), nasceu na Roménia, desde os 19 anos de idade vive na Ucrânia, a pátria dos seus bisavós. Em 2006 foi graduado pela Academia Nacional de Arte de Lviv (design gráfico). Se interessa pelo teatro.

Cyril Horiszny (1977), nasceu na França, é Mestre da História pela Universidade de Sorbonne, desde 2002 vive entre França e Ucrânia. Se dedica à fotografia.

Mais informação sobre o romance gráfico:

O texto original do romance:
http://shron.chtyvo.org.ua/Franko/Heroi_ponevoli.pdf

terça-feira, outubro 28, 2014

Ciborgues: cercados, resistem no aeroporto destruído

O fotógrafo russo Sergei Loiko publicou no jornal “LA Times” a sua nova reportagem sobre os combatentes ucranianos que apesar de tudo e todos continuam à defender o aeroporto de Donetsk.

Mas se calhar está na hora de fazer aquilo que sugere um dos ciborgues:

“O melhor que podemos fazer é explodir o que sobrou do aeroporto”, disse um outro (combatente). “Rebentarmos com a pista fodid@ e irmos para a casa”.

Ler o artigo em inglês:

Ver as fotos da batalha pelo aeroporto (14):

No entanto, para já, os ciborgues ucranianos colocaram mais uma bandeira da Ucrânia, desta vez no terminal antigo do aeroporto de Donetsk:

https://www.youtube.com/watch?v=4GUfFmoNb3s

Legislativas ucranianas: o voto de Portugal

Sem muita surpresa, em Portugal, onde vive e trabalha quase 60.000 ucranianos, apenas 4391 eleitores se inscreveram nas listas eleitorais, destes, votaram 1377 pessoas: 1002 em Lisboa e 375 no Porto.

por: Pavlo Sadokha (o líder da comunidade ucraniana de Portugal)

As eleições decorreram numa atmosfera calma e serena. Os eleitores aderiram à iniciativa de vestir as camisas bordadas ucranianas, para assinalar as eleições como uma festa.

O voto dos eleitores de Portugal foi o seguinte:

Frente Popular (Arseniy Yatsenyuk) – 434
Bloco Petró Poroshenko – 312
União Samopomich (Auto-ajuda) – 258
VO Svoboda (Liberdade) – 145
Setor da Direita – 98
Posição Cívica (Anatoliy Hrytsenko) – 53
Partido Radical do Oleh Liashko – 24
VO Batkivshyna (Yulia Tymoshenko) – 17
Ucrânia Forte (Serhiy Tyhipko) – 9

Os restantes partidos tiveram a votação insignificante, informa o Serviço de Imprensa da Associação dos Ucranianos em Portugal (www.spilka.pt)

O voto da Ucrânia continental

Já na Ucrânia, após o apuramento dos 79,79% dos votos, apenas 5 partidos passarão a franquia dos 5% e entrarão no futuro parlamento:

Frente Popular (Arseniy Yatsenyuk) – 21,94%
Bloco Petró Poroshenko – 21,57%
União Samopomich (Auto-ajuda) – 11,07%
Bloco de Oposição – 9,55%
Partido Radical do Oleh Liashko – 7,41%
VO Batkivshyna (Yulia Tymoshenko) – 5,68%

O partido VO Svoboda (Liberdade) colhe 4,71% dos votos e para já coloca no futuro parlamento apenas 6 deputados, todos eleitos pelos círculos uninominais. No entanto, o porta-voz do parlamento da Ucrânia, Ruslan Koshulynskyy, eleito pela VO Liberdade, disse que o partido está seguro que nas condições normais passará os 5%, como tal, o político explicou que o partido está calmo e sereno.

Nadia Savchenko, a deputada

Os advogados da piloto-aviadora Nadia Savchenko começaram o processo do registo da Nadia como a deputada do parlamento ucraniano, eleita pelo partido VO Batkivshyna (Pátria), mas ainda submetida aos exames psiquiátricos no instituto Serbsky de Moscovo.

Como explicou o seu advogado Mark Feigin: “juridicamente, o estatuto do deputado ucraniano não confere à Nadia Savchenko a imunidade na Rússia, o suficiente para ser libertada”. No entanto, o seu estatuto “pode ​​ser uma base razoável para o MNE da Ucrânia formalizar o pedido à Rússia, tendo em conta a mudança do seu estatuto na Ucrânia, para que o caso ser visto (na Ucrânia)”. Feigin também disse que embora a Rússia e a Ucrânia possuem um acordo de cooperação jurídica, de 1993, é pouco provável que federação russa concorde em transferir Savchenko para Kyiv.

Fonte:

No entanto, sabe-se que o tribunal moscovita deliberou em manter Nadia Savchenko sob o regime da prisão efectiva até 13 de fevereiro de 2015, informa o 5º canal da TV ucraniana.

segunda-feira, outubro 27, 2014

O comêrcio soviético em fotografias

1959: departamento de alimentos, o balcão está vazio, a coisa pendurada na parede se chama carne...
A União Soviética deixou de existir 23 anos atrás, mas até hoje a sua qualidade de vida surpreende. Uma das surpresas especiais era o comércio. As pessoas fora da URSS continuam à não compreendem como era possível alimentar-se e vestir-se num país onde as lojas estatais apresentavam está multiplicidade de escolhas...
1987: venda do sorvete, a escolha é pouca
1965: quase todas as lojas se chamam "Pão", "Peixe", "Carne", "Leite" 
1965: "A loja universal", os caixeiros ainda usavam o ábaco, os cheques pagos são
picados e colocados sob o furador. Nas prateleiras: bolachas, chá, outra coisas qualquer
e conservas de peixe, o marco civilizacional das lojas soviéticas. 
1968: já apareceram as caixas registadoras e cestos metálicos para transportar as compras.
Nas prateleiras: os conservas e óleo de girassol.
1972: nas prateleiras conservas de peixe, óleo e leite condensado.
As escolhas são poucas, as latas são muitas...
1967: departamento de uma livraria, em vez de livros os retratos
dos queridos líderes e cartazes de propaganda comunista.
1967: os bonecos de cosmonautas, 0,70 rublos; cerca de 1,29 USD ao câmbio oficial 
1979: a fila na espera da abertura da loja de legumes.
Na montra: doce (jam), provavelmente de um único sabor.  
1980: loja universal em Novossibirsk, produtos lácteos, conservas de peixe, mantimentos em geral.
1980: Novossibirsk: mobílias, alguns alimentos, atrás fica o departamento
do desporto com jogos de damas, pesos e outras coisas do género.
1980: loja ou departamento de legumes, pepinos à venda, coisa que acontecia só na primavera.
1981: Moscovo, loja chamada "Leite", uma "Lada" e os citadinos que
empurram os carinhos de bebê de fabrico estrangeiro, uma défice tremenda. 
1982: bazar, a variedade e a qualidade são maiores, é possível negociar o preço.
1983: fila para comprar os sapatos. Qualquer sapato acabava em minutos,
principalmente se for estrangeiro, geralmente fabricado na Jugoslávia. 
1987: a escolha de produtos elétricos e eletrónicos
A escolha de sapatos...
Talho: todos queriam ter um amigo do talho. Da outra maneira era muito difícil comprar a carne. 
A corte da mortadela, cuja venda será esgotada em poucos minutos.
TV à cores, custava o salário médio de meio-ano de trabalho
 Fonte:

A vitória da “junta” liberal, o fim do comunismo

As legislativas ucranianas decorreram sem maiores sobressaltos, oferecendo algumas boas e menos boas surpresas. Os dados não são finais, dado que cerca de metade dos 450 deputados são escolhidos pelas listas partidárias e outra metade nos circuitos uninominais (a Crimeia e territórios ocupados não elegem os deputados pelos circuitos uninominais).

A participação eleitoral foi de 52,42%; em 2007 a mesma era de 43,11%; em 2006 – 41,46%; em 2012 – 57, 98%. A não participação da Crimeia e dos territórios ocupados contribuiu positivamente para a futura organização do parlamento, impedindo a chegada massificada dos ex-quadros do Partido das Regiões, aniquilando os comunistas.
O primeiro-ministro em funções, Arseniy Yatsenyuk (Frente Popular)
Mais de 50% dos eleitores votaram na “junta sangrenta”, nos partidos da base governamental, que declaram a sua escolha liberal, ocidental, pró-NATO, etc. É quase certo que o futuro governo será criado muito rapidamente na base do Bloco do Petró Poroshenko (65 deputados), “Frente Popular” (58) e VO Svoboda (Liberdade) que terá pelo menos 16 deputados.

Pela primeira vez na história da Ucrânia independente, no parlamento não haverá os comunistas, o KPU não passará dos 5%, assim como não deverá eleger nenhum deputado nos circuitos uninominais. Portanto, a queda dos Lenines não se deu apenas fisicamente, nas mentes das pessoas o fantasma comunista também foi derrotado.
Cidade de Nikopol, província de Dnipropetrovsk
O populismo ainda funciona, o populismo pró-Ucrânia, “Partido do Oleh Liashko” e o populismo anti-Ucrânia, “O bloco da Oposição”. Espera-se que Liashko terá muito espaço para ir às fuças da “oposição”, que, em princípio, deveria estar na cadeia e não no parlamento.

VO Batkivshyna da Yulia Tymoshenko não se conseguiu posicionar na Ucrânia pós-Maydan e passará ao novo parlamento à tangente. Boa notícia, a piloto-aviadora Nadia Savchenko, o 1º número do partido já foi eleita como deputada. Os ocupantes russos terão maior grau de dificuldades de condena-la à prisão efetiva, apesar do seu cativeiro numa cadeia russa.

VO Liberdade estive no governo e como tal, sentiu algum desgaste político. Parcialmente, os seus eleitores na Ucrânia ocidental votaram em “União Samopomich” (Auto-ajuda), no entanto o partido consolidou a sua base eleitoral, avançando imensamente para o centro e leste do país, transformando-se em um verdadeiro partido de toda a Ucrânia.

No parlamento haverá a 5ª coluna separatista e anti-ucraniana, “O bloco da Oposição”, no total, com ajuda dos circuitos uninominais eles terão cerca de 30 deputados. Boa notícia, mais um clone das “regiões”, Serhiy Tyhipko e a sua “Ucrânia Forte” não entram no parlamento.

O “Setor da Direita” não entrará no parlamento, ausência de estrutura política e do trabalho político não foi compensado pelo desempenho brilhante na frente da batalha. No entanto, o seu líder, Dmytro Yarosh vence folgadamente no 39º circuito uninominal de Dnipropetrovsk e será eleito deputado com cerca de 35,3% dos votos, escreveu no seu FB o vice-chefe da administração estatal de Dnipropetrovsk, Svyatoslav Oliynyk. Tal como em Kyiv, no circuito uninominal foi eleito o porta-voz (de facto, o ideólogo), do partido, Boryslav Bereza.
Boryslav Bereza (de azul) e Dmytro Yarosh (de casaco preto)
Diversa boa gente estará no parlamento, casos dos comandantes dos batalhões voluntários “Donbas” – Kostiantyn Hryshyn (“Semen Semenchenko”), Yuriy Bereza (“Dnipro-1”) ou Andriy Biletskiy do regimento “Azov”. O eleitorado desesperadamente quer ver as caras novas, talvez isso explica os resultados da “União Samopomich”, que usou como os trunfos os bons resultados do seu líder, Andriy Sadoviy, como prefeito de Lviv. Mas na lista partidária Sadoviy ocupa a 50ª posição e não será eleito.

O futuro parlamento terá a maioria parlamentar pró-ocidental que poderá adoptar as reformas mais corajosas e necessárias. Mas só o futuro dirá se a chance será usado de maneira sábia e se Ucrânia finalmente romperá com o passado colonial, se juntando à Europa, nem que seja até 2020, como prometeu presidente Poroshenko.

No dia das eleições o presidente Petró Poroshenko visitou a cidade de Kramatorsk, onde conviveu com os civis e militares. A cidade foi liberada pela Ucrânia após uma curta ocupação pelos terroristas russos, que, no entanto, mantêm a ameaça constante de avançar contra a urbe.

O voto da Diáspora

Os ucranianos de todo o mundo mandam as fotos e vídeos que mostram o seu voto nos circuitos eleitorais fora da Ucrânia: http://goo.gl/3oqPbq

Nas fotos em cima e em baixo o voto em Pretoria, na África do Sul:



domingo, outubro 26, 2014

Paris em apoio à Ucrânia

Em Paris, no Boulevard de Charonne, os artistas franceses, russos e ucranianos organizaram uma ação artística em apoio à Ucrânia, contra a venda do armamento francês à Rússia e em memória dos militares ucranianos que morreram no leste do país na Operação anti-terrorista (OAT).


Os artistas se deitaram no chão, ao longo do boulevard, se cobrindo com a bandeira da Ucrânia. A ação decorreu inserida no festival Péril Jeune do centro de arte Confluences. A ideia foi de autoria da pintora ucraniana Maria Kulykovska.

Fonte:

A última reportagem do Viktor Gurniak

O nosso blogue já deu a notícia triste da morte do fotógrafo e voluntário ucraniano Viktor Gurniak, ocorrida na província de Luhansk. A agência fotográfica LUFA, co-fundada pelo activista falecido, publicou a sua última reportagem fotográfica. As fotos foram tiradas nas arredores de aldeia de Smile, na região de Luhansk, em 15.10.2014.

Infelizmente, nas vésperas Viktor perdeu o laptop que continha diversas fotos, estas ainda estavam na sua máquina...

Foto:

Blogueiro

Um leitor nosso escreveu uma pergunta alongada, que começa por dizer que ele “pensava que os Ucranianos e Russos eram povos eslavos, ou seja povos irmãos” e termina com a pergunta propriamente dita: “será que alguns ucranianos pretendem cortar com as suas raízes eslavas”?
O Homem de Lata do Setor da Direita
Em jeito de uma resposta rápida, os portugueses e espanhóis são povos ibéricos, ou seja, povos-irmãos e até já viviam no mesmo país, mas hoje em dia vivem em estados separados. Os alemães e austríacos eram e são muito mais próximos, a base étnica, a cultura e até a língua são as mesmas. Apesar disso, os austríacos preferiram “cortar com as suas origens germânicas” e viver num país soberano, apesar de um grande esforço, de um certo austríaco em contrariar essa “aberração histórica”...

Por essa e por outras, Ucrânia continua ser firmemente ucraniana!