14.10.2014: a Marcha do UPA em Kharkiv |
O dia 14.10.2014 entrará na história da Ucrânia como o dia em que o país finalmente rompeu com o
passado soviético no domínio militar. Neste dia, o presidente Petró Poroshenko
assinou a Ordem presidencial № 806/2014 sobre a constituição do “Dia do
Defensor da Ucrânia”.
O texto do Decreto diz:
Para honrar a coragem e o heroísmo dos defensores da independência e da integridade
territorial da Ucrânia, das tradições militares e das conquistas do povo
ucraniano, promovendo ainda mais o reforço do espírito patriótico na sociedade
e para apoiar as iniciativas da sociedade, decreto:
1. Instalar um feriado na Ucrânia – o Dia do Defensor da Ucrânia, que será comemorado
anualmente em 14 de outubro.
A cidade de Kharkiv recorda e reconhece UPA |
O mesmo decreto também anulou o Decreto do Presidente da Ucrânia № 202 de
23 de fevereiro de 1999 que institucionalizava a celebração do dia 23 de
fevereiro como o “Dia do defensor da Pátria”, feriado que transitou da época
soviética para o quotidiano da Ucrânia independente.
Fonte:
Marcha de UPA em Kyiv
https://www.youtube.com/watch?v=DrbasrJ1w1Y
Confrontos em frente do Parlamento
Em frente do Parlamento da Ucrânia decorreram os confrontos entre
manifestantes e polícia, que resultaram em 15 polícias feridos (2 com
gravidade) e detenção de pelo menos 50 manifestantes.
O assessor do ministro do interior da Ucrânia, Anton
Gerashchenko, informou que a polícia deteve pelo menos 50 participantes na provocação,
que “atiravam as pedras, partiam vidros, atiravam os pacotes explosivos, atacavam os
polícias”, estes últimos sofreram “ferimentos na cabeça, tiveram os braços e articulações fraturados”.
Anton Gerashenko informou que todas as infracções foram registadas em vídeo
e não descartou a possibilidade do que: “atrás dos organizadores das provocações
estarem as agências de inteligência estrangeiras da Federação Russa”.
Os atacantes não conseguiram perturbar o trabalho do Parlamento ucraniano
que adotou favoravelmente uma série de leis anti-corrupção, de lustração
(limpeza do poder), de responsabilização de falsificação do processo eleitoral
(com a responsabilidade aos que “compram”, mas também aos que “vendem” os
votos), entre outros.
“O Ministério do Interior apela à todas as forças políticas de abster-se de
realização de ações de massa em Kyiv até o dia da eleições em 26 de outubro,
pois (tais ações) podem ser usadas para os fins de provocação pelos inimigos
da Ucrânia”, – escreveu Gerashchenko no seu perfil na Facebook.
O Parlamento no seu plenário de 14 de outubro por algumas vezes tentou
incluir na agenda dos trabalhos o decreto-lei sobre o reconhecimento do Exército
Insurgente da Ucrânia (UPA) e da Organização dos Nacionalistas da Ucrânia (OUN)
como a parte beligerante que lutou pela independência da Ucrânia na Segunda
Guerra Mundial, mas para já sem sucesso, escreve Newsru.ua
A jornalista e ativista ucraniana, Tetiana Chornovol, que foi brutalmente
espancada quase até a morte pelos gorilas do Yanukovych em dezembro de 2013 e
que em 2014 perdeu o marido na OAT, defendeu corajosamente a polícia ucraniana
contra os provocadores que atacaram o parlamento.
https://www.youtube.com/watch?v=3LLhuuse6jY
É de recordar que os provocadores que atacaram o Parlamento ucraniano no
dia 14 de outubro, usam as mesmas ferramentas e técnicas que foram empregues em dezembro de 2013
nas imediações da Administração presidencial. Em 2013 a ação foi comandada pelo
Dmytro Korchynsky e executada pelo seu grupo pseudo religioso “Bratstvo” (Irmandade).
O próprio Korchynsky é conhecido como agente-provocador e como demonstra a foto
de 2005, no passado recente era o melhor amigo do Dugin, que de momento
exorta “matar, matar, matar” os ucranianos... Aqui aplica-se perfeitamente a
regra de “diga me quem é seu amigo e eu direi quem tu és”.
Ano 2005, Dugin e Korchynsky na luta conjunta contra o atlantismo ocidental. Dugin recebe no serviços secretos do seu país, onde recebe Korchynsky só é possível imaginar... |
A manifestação em frente do parlamento foi organizada pela VO Svoboda (Liberdade),
o seu líder Oleh Tiahnybok
escreveu no seu Facebook que o partido irá apresentar o projeto-lei № 3530 “Sobre
a proibição de ideologia comunista”. Além disso, VO Svoboda apoiava favoravelmente
as leis anti-corrupção e a lei sobre a Procuradoria, além da lei sobre o
reconhecimento da OUN-UPA (o projeto-lei reuniu 222 votos favoráveis dos 226
necessários).
Marcha de UPA em Kharkiv
Na cidade de Kharkiav, a Marcha do UPA reuniu milhares de pessoas, a ação
decorreu na maior tranquilidade (FONTE).
http://youtu.be/TQPo3cURk2w
Sem comentários:
Enviar um comentário