O representante especial da missão de monitoramento da OSCE na Ucrânia, Michael
Botsiurkiv, rejeitou o uso pelos militares ucranianos de munições de
fragmentação, o que consta o último relatório da Human Rights Watch (HRW),
relata DW.
“Temos cerca de 90 observadores no leste da Ucrânia. Se nós víssemos algo,
teríamos anotado, mas por enquanto não temos visto nada. Tudo o que dizemos em
relação à munições e bombardeamentos, aparece em nossos relatórios diários. Até
agora, em nossos relatórios não havia nada sobre isso”, disse Botsiurkiv.
Nos relatórios diários da OSCE relatam-se todos os casos de bombardeamentos registados
no Donbas. Os observadores visitam cada local do incidente, imediatamente após ter
a informação sobre qualquer incidente.
A HRW tinha dito que o funcionário do Comité Internacional da Cruz Vermelha,
Laurent Du Pasker “foi morto durante o ataque, no qual foram utilizados mísseis
com munições de fragmentação”. Esta informação não foi confirmada pela Cruz
Vermelha. O Ministério dos Negócios Estrangeiros da Ucrânia disse que as
evidências, mencionadas no relatório da HRW, sobre a suposta utilização pelas
Forças Armadas da Ucrânia de munições de fragmentação foram falsificados pelos
terroristas à fim de desacreditar o exército ucraniano.
O Conselho Nacional da Defesa e Segurança da Ucrânia (RNBO) mais uma vez
recordou que os militares ucranianos não usam as munições de fragmentação. E
lembrou que na aldeia Yevhenievka foram encontradas os obuses de fragmentação
disparados pelos terroristas russos, escreve Newsru.ua
De quem são as responsabilidades?
A HRW recomenda aos jornalistas à solicitar todos os comentários sobre o relatório
do uso de munições de fragmentação na região de Donbas ao seu próprio escritório
em ... Moscovo (!)
O relatório da HRW foi baseado nas conclusões dos dois peritos que visitaram
o leste da Ucrânia em outubro: Mark Hiznay e Ole Solvang, informou o chefe do
departamento europeu do HRW em Berlim, Hugh Williamson. De momento, de acordo
com Williamson, ambos os peritos se encontram em Nova York, onde fica a sede da
organização.
Em conclusão, o departamento europeu do HRW aconselha os jornalistas à
procurarem os comentários sobre o relatório ou com estes especialistas, ou no
escritório de Moscovo, falando com Yulia Gorbunova, a especialista em Ucrânia,
Belarus e Rússia.
Fonte:
Blogueiro
O nosso blogue já escreveu que a própria OSCE por vezes se torna uma
amiga dos terroristas, o que até é compreensível, dado que os observadores
da organização se deslocam no terreno, onde diariamente são ameaçados e coagidos, podendo até ser raptados ou assassinados pelos terroristas. No entanto, no caso da
HRW, na situação da agressão militar directa russa contra Ucrânia, uma agressão
mista, isso é, não declarada e semi-clandestina, é preciso ser ou muito ingénuo
ou bastante e$timulado para entregar a tarefa de monitoramento da situação ao seu
escritório em Moscovo. Pois é muito óbvio que este escritório não possui nenhuma
independência necessária para estudar a situação sem favorecer uma das partes,
precisamente a parte da sua jurisdição direta. A mesma que nos últimos anos
introduziu as leis draconianas em relação às ONG’s e aos “agentes estrangeiros”...
As eleições legislativas de domingo: um pouco de sociologia
Os nossos leitores pedem a informação sobre a face do futuro parlamento,
tarefa muitíssimo difícil, pois os resultados dependerão de muitos factores: o
nível de abstenção / afluência às urnas, mas principalmente da decisão de
última da hora dos cerca de 30% eleitores ainda indecisos. No entanto, o
serviço ucraniano da BBC
reuniu os dados preliminares das diversas agências sociológicas.
Dados das agências “Iniciativas democráticas” e KMIS (22.10.2014), foram
inquiridos 2025 respondentes, apenas entre os eleitores decididos, nos dias 9 –
18 de outubro, a margem de erro é de 2,2%
“Bloco do Petró Poroshenko”: 30,4%;
“Partido radical do Oleh Liashko”: 12,9%;
“Frente Popular” do primeiro-ministro Arseniy Yatsenyuk: 10,8%;
Partido “Samopomich” (Auto-ajuda) do chefe do município de Lviv Andriy
Sadoviy: 8,5%;
Partido “Batkivshyna” da Yulia Tymoshenko: 7,5%;
“Ucrânia Forte” do Serhiy Tyhipko, ex-aliado do Yanukovych: 5,6%;
“Bloco de Oposição” (diversa mais ou menos escumalha): 5,9%.
As restantes forças políticas estão abaixo dos 5%, entre eles comunistas
com 4,1%; VO Svoboda (Liberdade) com 3,1% e Setor da Direita com 2%.
Os dados do grupo “Rating”, contando com abstinência de 45%; foram
inquiridos 2.000 respondentes decididos, entre 1 e 8 de outubro, a margem do
erro é de 2,2%.
“Bloco do Petró Poroshenko”: 33,5%;
“Partido radical do Oleh Liashko”: 12,8%;
“Frente Popular” do primeiro-ministro Arseniy Yatsenyuk: 8,9%;
“Ucrânia Forte” do Serhiy Tyhipko, ex-aliado do Yanukovych: 7,8%;
Partido “Batkivshyna” da Yulia Tymoshenko: 7%;
Partido “Samopomich” (Auto-ajuda) do chefe do município de Lviv Andriy
Sadoviy: 5,4%;
“Bloco de Oposição” (diversa mais ou menos escumalha): 5,1%.
As restantes forças políticas estão abaixo dos 5%, entre eles comunistas
com 4,5%; VO Svoboda (Liberdade) com 4 % e Setor da Direita com 2%.
A GFK Ukraine (agência mais cotada e mais confiável), os dados contam com
abstinência de 70%, foram inquiridos 2.000 respondentes, a margem do erro é de 2,1%.
“Bloco do Petró Poroshenko”: 30%;
Partido “Batkivshyna” da Yulia Tymoshenko: 8%;
“Partido radical do Oleh Liashko”: 7,6%;
“Posição Cívica” do Anatoliy Hrytsenko, ex-ministro da defesa: 7,3%;
“Frente Popular” do primeiro-ministro Arseniy Yatsenyuk: 7%;
Os dados da GFK Ukraine apontam que os restantes partidos não passarão a
barreira eleitoral de 5%.
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