segunda-feira, março 05, 2018

Terrorista Rafael Lusvarghi próximo ao novo julgamento na Ucrânia

O terrorista brasileiro Rafael Lusvarghi, será novamente julgado na Ucrânia. O seu amigo e comparsa nazi russo Alexey “Fritz” Milchakov, provavelmente foi abatido em Síria. Desde outubro de 2016 Ucrânia garante segurança e bem-estar do “nazi estalinista” brasileiro.

Como o nosso blogue escreveu em outubro de 2017, e apesar da forte crença dos fás do terrorista brasileiro de que o seu ídolo voltará ao Brasil “já-já muito em breve”, o caso do “nazi estalinista cossaco” será julgado de novo, desta vez fora de Kyiv, no tribunal distrital provincial de Pavlohrad (província de Dnipropetrovsk), com grandes probabilidades de réu ser novamente condenado à uma pena que poderá variar entre 12 à 15 anos da cadeia efetiva.
O novo julgamento ainda sem data marcada, mas já com a designação do coletivo de juízes
O Tribunal de Apelação de Kyiv, que anulou a condenação do Lusvarghi na 1ª instância, fez isso, considerando que não foram respeitados alguns direitos do réu e não porque a sua culpa não fosse comprovada.

Nomeadamente, como, na altura explicou o procurador Ihor Vovk: na [condenação do Lisvarghi] são mencionadas seis localidades, onde [este cometia os seus crimes], um dos locais é o aeroporto de Donetsk (DAP), situado no distrito de Kyiv(skiy) da província de Donetsk. Existe uma lei ucraniana especial que determina os tribunais na Ucrânia livre que são responsáveis de julgar os crimes cometidos nas áreas ocupadas. De acordo com apreciação do Tribunal de Apelação, os crimes cometidos na área do aeroporto de Donetsk e arredores, devem ser julgados no tribunal da cidade de Pavlohrad na província (oblast) de Dnipropetrovsk.
O "cavaleiro da novaróssia" e os seus comparsas brasileiros à pousar junto ao canhão "Rapira"
de 100 mm, colocado num pátio junto aos prédios residenciais, numa tática tipicamente terrorista
O tribunal da 1ª instância provou que Lusvarghi cometeu diversos crimes contra Ucrânia nas localidades de Verhulivka; Pervomayske; Horlivka; Starobesheve; Debaltseve e nos arredores do DAP. A lei determina que o julgamento deveria decorrer na jurisdição do último crime conhecido ou do crime mais grave. Caso não seja possível determinar este local com exatidão, o julgamento decorre na jurisdição da investigação – no Tribunal do Bairro Pechersk em Kyiv. O Tribunal de Apelação estabeleceu que o local de pelo menos um crime do Lusvarghi foi positivamente determinado: rua Elitna № 7, arredores do DAP.

Posição da acusação

Na opinião do Dr. Vovk, todas as manobras dilatórias são de autoria do advogado do Lusvarghi, Valentim Rybin. Desta maneira o “advogado dos terroristas” tenta garantir ao seu cliente a cela solitária na cadeia de Lukyanivska, onde, tudo indica, o terrorista brasileiro se sente bem, demonstrando uma boa aparência, cara barbeada, etc.

Na apreciação do procurador ucraniano, caso Lusvarghi não reconhecer a sua culpa, não haverá motivos para suavizar a sua pena. Como tal, ele deverá ser condenado à uma pena efetiva entre 12 à 15 anos, dependendo da decisão do tribunal. É importante frisar que caso o advogado do réu não aparecer ao julgamento, de uma forma deliberada, a sessão será adiada e o réu receberá um novo advogado oficioso.
A "caderneta militar" do Lusvarghi, emitida pelos terroristas e apreendida pelo SBU
Além dos diversos vídeos na rede YouTube, no decorrer da detenção do Lusvarghi, as autoridades ucranianas apreenderam a caderneta militar da dita “república popular de Donetsk”; as condecorações assinadas pelo terrorista russo Igor “Strelkov” Gurkin pela participação em combates do lado da dita “dnr”; um certificado do hospital “republicano”, segundo o qual Lusvarghi teve ferimentos de armas de fogo. Tudo isso confirma a sua participação nas hostilidades militares. São provas bastante suficientes para provar a sua culpa.

É de recordar que no dia 25 de janeiro de 2017 Rafael M. Lusvarghi foi condenado aos 13 da cadeia, com confisco dos seus bens, sob acusação de cometimento os crimes especialmente graves, previstos na 1ª parte do Art. 258-3 e na 2ª parte do Art. 260 do Código Penal da Ucrânia: “…participação num grupo ou organização terrorista” (crime sancionado com as penas entre 8 à 15 anos de cadeia) e “participação nas unidades militares não previstas na lei” (as penas entre 3 à 8 anos).

Será que Lusvarghi é um terrorista ou apenas “um soldado”?

A posição ucraniana, em considerar este cidadão de terrorista é absolutamente juridicamente blindada pela legislação brasileira, nomeadamente, pelo Decreto da Presidência da República do Brasil № 5.938, de 19 de outubro de 2006 que promulgou o Tratado de Extradição entre a República Federativa do Brasil e Ucrânia, celebrado em Brasília, em 21 de outubro de 2003, e que estabelece a seguinte definição do terrorismo: “o atentado contra pessoas ou bens cometidos mediante o emprego de bombas, granadas, foguetes, minas, armas de fogo, explosivos ou dispositivos similares” (artigo № 3, alínea 5, ponto c) III).

... e será que Lusvarghi poderá ser trocado?

Teoricamente esta possibilidade existe. Caso as forças russo-terroristas concordarem em libertar determinados militares ucranianos, em seu cativeiro desde 2015. No entanto, como atestou a última grande troca dos POW em dezembro de 2017, Ucrânia não pretende libertar cidadãos estrangeiros que participaram nas actividades terroristas no leste do país. Libertando apenas os seus próprios cidadãos (entre os separatistas), muitos dos quais, até se recusam à voltar às “repúblicas populares” (69 pessoas dos 306 na troca de 27/12/2017), pretendendo viver na Ucrânia livre.

Em relação aos terroristas estrangeiros, tudo indica, funcionará o princípio de reciprocidade (e de utilidade, claro). Ou seja, os POW ucranianos em poder dos terroristas em Donetsk, Luhansk ou das autoridades russas, serão habitualmente trocados pelos terroristas russos, capturados na Ucrânia. Dado que Brasil e Ucrânia são países amigos, e que Brasil não manifestou nenhum interesse especial em receber Lusvarghi de volta, este poderá ser libertado apenas após servir a sua pena na totalidade, ou em 2/3, dependendo do seu bom comportamento na cadeia ucraniana. O que não impossibilita, em teoria, a sua troca pelos POW ucranianos, caso Ucrânia considerar essa troca de oportuna e justa.

Caso do nazi e psicopata russo “Fritz” Milchakov
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O que, diga-se de passagem, não é uma opção particularmente má. Por exemplo, de dia ao dia, aumenta a probabilidade de que o amigo e comparsa do Lusvarghi na Donbas, o nazi e psicopata russo Alexey “Fritz” Milchakov (um daqueles que chamavam brasileiros do grupo Lusvarghi de macacos), possivelmente foi liquidado na Síria, juntamente com outros nazis russos, no decorrer de uma operação americana nos arredores da cidade Deir ez-Zor.
Na Donbas Rafael (primeiro à esquerda) e outros brasileiros do seu grupo eram
constantemente chamadom de "macacos"
Após dia 7 de fevereiro a sua página numa das redes sociais russas foi suspensa, no entanto no dia 1 de março nela surgiram supostamente novas fotos, alegadamente tiradas na cidade russa de Nizhni Novgorod, onde este alegadamente se encontra.

Nas fotos, Milhakov aparece numa jaqueta que ativamente usava em agosto-outubro de 2017, uma peça de roupa pouco própria para a cidade, que no mês de fevereiro de 2018 registava as temperaturas entre –15ºC à +1ºC.
Nazi russo Alexey "Fritz" Milchakov, alegadamente vivo muito bastante...
Seguramente, não é uma prova definitiva da morte do Milchakov, mas é uma indicação fortíssima de que o nazi russo não esta bem de saúde (morto ou gravemente ferido). Caso contrário, ele calmamente postava uma foto sua, com um jornal local e com a data posterior ao extermínio do seu grupo na Síria.


Então se pergunta, não saiu Lusvarghi à ganhar em ficar preso na Ucrânia? Alimentação 3 vezes ao dia, alojamento gracioso e segurança contra as suas próprias decisões menos refletidas. Caso contrário poderia se transformar numa “carga-200” algures no deserto síria, tal como Milchakov e os seus do “grupo Vagner”...

p.s.

Recordamos a foto e vídeo do Lusvarghi em que este contava que foi libertado aos cuidados da embaixada do Brasil em Kyiv e sob apreensão do seu passaporte. Tudo indica que após a última troca dos POW e não libertação dos militares do spetsnaz ucraniano, em poder dos terroristas, todos os terroristas visados voltaram às cadeias ucranianas, em primeiro lugar, pelo seu próprio bem e segurança...

3 comentários:

francisco júnior disse...

Não tinha conhecimento de terroristas brasileiros ..

Anónimo disse...

Vcs poderiam repostar um excelente artigo que havia no blog sobre o tal Raphael Machado?

Anónimo disse...

Que esse imbecil sirva para adubar os solos ucranianos, ou satisfazer os detentos das cadeias... Babaca imundo