Na atual situação internacional, de retorno aos assassinatos e envenenamentos políticos, faz todo o sentido de recordar uma das vítimas dos serviços secretos soviéticos, general russo Yevgeny Miller, que se dedicou a causa anticomunista, caindo na luta desigual contra um inimigo implacável, sinistro e poderoso.
“Passarão cem ou duzentos anos. Os bolcheviques cairão. Porque nenhum recurso natural é suficiente, mesmo num país como a nossa Rússia, para alimentar um rebanho louco.
“Passarão cem ou duzentos anos. Os bolcheviques cairão. Porque nenhum recurso natural é suficiente, mesmo num país como a nossa Rússia, para alimentar um rebanho louco.
E
então virão as pessoas doentes, desfiguradas e tentarão – talvez até mesmo
sinceramente – mudar alguma coisa. E nada vai funcionar, porque a carga da
impotência secular é demasiadamente forte.
Mas
isso, acreditem, não é o pior.
Aqueles
descendentes da nobreza, dos cossacos, que, de uma maneira incompreensível,
sobreviverão no sangrento moinho de carne do bolchevismo – por acaso, ao custo de traição dos antepassados –
quem sabe?
Então
assim, eles criarão as “reuniões da nobresa”, as “reuniões de oficiais”, etc...
Eles recriarão diplomas e genealogias, títulos e ordens, mas, na sua essência, continuarão
sendo lavadeiras e cabeleireiros...
As
exceções apenas irão
sombreiar a triste regra universal. Infelizmente...”
Nota histórica: o general
Yevgeny Miller, foi raptado pelo NKVD em Paris em 1937 e fuzilado em Moscovo em 1939. O companheiro que o traiu, entregando às mãos do NKVD, general Nikolai Skoblin,
possivelmente, foi apunhalado, até a morte pelos agentes do NKVD. As circunstâncias
da sua morte não foram esclarecidas até hoje. A sua esposa, cantora e também agente do NKVD, Nadezhda Plevitskaya,
foi detida pelo Deuxième
Bureau francês e morreu na cadeia francesa em 1940...
1 comentário:
interessante ...
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