Um
militar venezuelano, afeto à Brigada de Ações Especiais, identificado com Óscar
Pérez, anunciou o início da luta armada contra o regime do Nicolás Maduro,
atacando simbolicamente a sede do Tribunal Superior de Justiça (TSJ) e edifício
do Ministério do Interior, em Caracas.
Antes
de lançar as granadas de fragmentação contra o edifício e mesmo antes de tomar a
conta do helicóptero, Óscar Pérez deixou uma mensagem no Twitter e nas redes
sociais: “Somos nacionalistas, patriotas e institucionalistas. Este combate não
é com o resto das forças armadas do Estado, mas contra a tirania deste governo”.
Ultimato ao Maduro
Sieg socialista do Maduro |
No
seu apelo, Óscar Pérez, se dirige duretamente ao presidente Maduro:
Exigimos,
presidente Nicolas Maduro Moros, a sua renúncia imediata, juntamente com os
seus ministros e a convocação imediata das eleições gerais.
Para
já não está claro quantas pessoas formam a sua organização, no vídeo podem ser
vistas quatro pessoas armadas e mascaradas, que estão atrás do Pérez. Ele próprio
não esconde a sua face.
Segundo
ele, o grupo não tem qualquer filiação partidária. “Esta batalha não é contra o
resto das forças armadas do estado, é contra a impunidade imposta por este
governo, contra a tirania, contra a morte dos jovens, que estão lutando por
seus direitos legítimos. Contra a fome, contra a falta de saúde e contra o
fanatismo. Esta é uma luta pela vida, pela esperança de que vamos construir. Realizamos
a implantação de forças aéreas e terrestres com o único propósito – devolver o
poder à uma nação democrática e para restaurar a ordem constitucional”.
Não está claro se o grupo do Óscar Pérez conta com as forças reais, mas o
poder socialista já respondeu ao ultimato, colocando nas ruas os blindados e
dando as ordens às unidades especiais de capturar Pérez.
Algumas
horas antes do sucedido, Maduro já tinha prometido publicamente usar as armas
para defender os “interesses da revolução bolivariana.
Acusação
contra CIA e EUA
As filas intermináveis para comprar os alimentos mais básicos |
O
ministro de Comunicação, Ernesto Villegas, informou que ninguém sofreu os danos
no ataque contra edifício do Ministério do Interior e do TSJ. Mas assinalou que
as granadas atiradas contra TSJ foram “trazidas de Colômbia e fabricadas em
Israel”.
Villegas
também explicou que o helicóptero usado no ataque pertence ao Corpo de Investigação
Científica, Criminal e Criminalista da Polícia de Venezuela (CICPC) e foi
desviado da base aérea “Francisco de Miranda” em La Carlota. Como era de
prever, Villegas acusou o ator de ação de “ser investigado pelas suas ligações
à CIA e à embaixada americana em Caracas”. Por sua vez o ex-ministro do
Interior, Miguel Rodrigues Torres, já desmentiu as acusações do Ernesto
Villegas, de sua suposta ligação ao Óscar Pérez, explicando que o seu piloto
era Pedro Pérez, pertencente ao serviço secreto SEBIN.
Assembleia
Constituinte
O
ministro Villegas frisou que o ataque não irá perturbar as eleições da Assembleia
Constituinte, planeadas para o dia 30 de junho. A Assembleia é um projeto do
regime de maduro para mudar a constituição do país que é atualmente considerado
a pior economia do mundo.
Nas
redes sociais circularam as fotos do helicóptero sobrevoando Caracas com um cartaz
que dizia “350 Libertad”, referindo-se ao artigo constitucional que estabelece o
não reconhecimento de governos que contrariam as garantias democráticas,
escreve o jornal colombiano El
Heraldo.
Blogueiro:
não se sabe se ação do Óscar Pérez terá qualquer consequência prática e por
quanto mais tempo conseguirá sobreviver o regime do Maduro. Basta pensar nisso:
a maior nota bancária de Venezuela é de 100 (os nossos leitores corrigem, é de 2.000) bolívares. Neste momento a nota de 100 bolívares já não permite comprar um único ovo!
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