quinta-feira, junho 29, 2017

Óscar Pérez dá ultimato ao Nicolás Maduro

Um militar venezuelano, afeto à Brigada de Ações Especiais, identificado com Óscar Pérez, anunciou o início da luta armada contra o regime do Nicolás Maduro, atacando simbolicamente a sede do Tribunal Superior de Justiça (TSJ) e edifício do Ministério do Interior, em Caracas.

Antes de lançar as granadas de fragmentação contra o edifício e mesmo antes de tomar a conta do helicóptero, Óscar Pérez deixou uma mensagem no Twitter e nas redes sociais: “Somos nacionalistas, patriotas e institucionalistas. Este combate não é com o resto das forças armadas do Estado, mas contra a tirania deste governo”.

Ultimato ao Maduro
Sieg socialista do Maduro
No seu apelo, Óscar Pérez, se dirige duretamente ao presidente Maduro:

Exigimos, presidente Nicolas Maduro Moros, a sua renúncia imediata, juntamente com os seus ministros e a convocação imediata das eleições gerais.

Para já não está claro quantas pessoas formam a sua organização, no vídeo podem ser vistas quatro pessoas armadas e mascaradas, que estão atrás do Pérez. Ele próprio não esconde a sua face.

Segundo ele, o grupo não tem qualquer filiação partidária. “Esta batalha não é contra o resto das forças armadas do estado, é contra a impunidade imposta por este governo, contra a tirania, contra a morte dos jovens, que estão lutando por seus direitos legítimos. Contra a fome, contra a falta de saúde e contra o fanatismo. Esta é uma luta pela vida, pela esperança de que vamos construir. Realizamos a implantação de forças aéreas e terrestres com o único propósito – devolver o poder à uma nação democrática e para restaurar a ordem constitucional”.

Não está claro se o grupo do Óscar Pérez conta com as forças reais, mas o poder socialista já respondeu ao ultimato, colocando nas ruas os blindados e dando as ordens às unidades especiais de capturar Pérez.

Algumas horas antes do sucedido, Maduro já tinha prometido publicamente usar as armas para defender os “interesses da revolução bolivariana.

Acusação contra CIA e EUA
As filas intermináveis para comprar os alimentos mais básicos
O ministro de Comunicação, Ernesto Villegas, informou que ninguém sofreu os danos no ataque contra edifício do Ministério do Interior e do TSJ. Mas assinalou que as granadas atiradas contra TSJ foram “trazidas de Colômbia e fabricadas em Israel”.

Villegas também explicou que o helicóptero usado no ataque pertence ao Corpo de Investigação Científica, Criminal e Criminalista da Polícia de Venezuela (CICPC) e foi desviado da base aérea “Francisco de Miranda” em La Carlota. Como era de prever, Villegas acusou o ator de ação de “ser investigado pelas suas ligações à CIA e à embaixada americana em Caracas”. Por sua vez o ex-ministro do Interior, Miguel Rodrigues Torres, já desmentiu as acusações do Ernesto Villegas, de sua suposta ligação ao Óscar Pérez, explicando que o seu piloto era Pedro Pérez, pertencente ao serviço secreto SEBIN.

Assembleia Constituinte

O ministro Villegas frisou que o ataque não irá perturbar as eleições da Assembleia Constituinte, planeadas para o dia 30 de junho. A Assembleia é um projeto do regime de maduro para mudar a constituição do país que é atualmente considerado a pior economia do mundo.
Nas redes sociais circularam as fotos do helicóptero sobrevoando Caracas com um cartaz que dizia “350 Libertad”, referindo-se ao artigo constitucional que estabelece o não reconhecimento de governos que contrariam as garantias democráticas, escreve o jornal colombiano El Heraldo.

Blogueiro: não se sabe se ação do Óscar Pérez terá qualquer consequência prática e por quanto mais tempo conseguirá sobreviver o regime do Maduro. Basta pensar nisso: a maior nota bancária de Venezuela é de 100 (os nossos leitores corrigem, é de 2.000) bolívares. Neste momento a nota de 100 bolívares já não permite comprar um único ovo!

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