Nos
dias 1-6 de junho os pelotões de assalto do 1º e 2º batalhões da 93ª Brigada
mecanizada das FAU tomaram várias posições de controlo da auto-estrada R-66 (arco de Slovyanoserbsk), nomeadamente
a colina 150,3 e aldeia de Zholobok (distrito
de Popasna) na região de Luhansk.
O
avanço ucraniano foi efetuado com dois grupos até um pelotão cada. Os grupos fixaram-se
em diversos pontos importantes e também na pequena aldeia de Zholobok, com duas
dezenas de casas e 165 moradores (em 2001). Na aldeia estava situado um ponto
de defesa russo-separatista, que passou ao controlo das forças ucranianas. Os
ucranianos não usaram artilharia e tanques, se alguém os usou, não se sabe quem
foi, hoje em dia arta e blindados podem ser comprados em qualquer supermercado.
A
infantaria ucraniana mostrou a sua superioridade sobre os mercenários russos,
as forças do “14ª batalhão da defesa territorial”
e da “4ª brigada motorizada” foram parcialmente aniquilados, parcialmente fugiram
do campo de batalha. Nesta fase as forças ucranianas não tiveram baixas.
Na fuga os russo-terroristas deixaram a sua bandeira |
Algumas
horas depois as forças russo-terroristas usaram as suas reservas e artilharia,
as forças ucranianas deixaram uma parte da aldeia, pois a localidade não
apresentava a possibilidade de abrigo seguro contra o fogo de artilharia. A artilharia
ucraniana não conseguiu suprimir, de forma absoluta, a artilharia russa, embora
sempre respondia aos disparos, conseguindo atingir a infantaria inimiga que se
preparava ao contra-ataque. Os morteiros ucranianos também mostraram a boa
qualidade de fogo.
Os
resultados
As
forças ucranianas continuaram o avanço na zona “cinzenta”, não controlada, no
terreno, por nenhuma das partes e segundo acordo de “Minsk-2” sob controlo da
Ucrânia. As FAU perderam até 4 militarem mortos e até 19 feridos (até 10 de junho).
Foram criadas as oportunidades para o futuro avanço na área, aniquilando as
forças inimigas.
Neste
momento são conhecidos os nomes de dois militares ucranianos mortos, Volodymyr Laykov
(32), natural de aldeia de Holubivka da região de Dnipropetrovsk, morto em
combates do dia 7 de junho e Illya Kyrychenko (29), natural de Zhovti Vody, na região de Dnipropetrovsk, ajudante do operador do morteiro da 93ª Brigada, vítima de uma mina russo-terrorista, em combates nos arredores da localidade de Krymske.
Os
combates em torno de Zholobok e Krymske mostraram que é possível vencer as
forças russas, para conseguir, é necessária a vontade política, um planeamento
profissional e uso de forças superiores de infantaria e equipamentos. O inimigo
possui nesta área os recursos humanos limitados (mas consegue os manobrar e
usar nos locais mais perigosos), embora não aguenta os combates corpo-à-corpo,
escreve o jornalista ucraniano, Yuriy Butusov.
O mapa dos acontecimentos criado pelos russo-terroristas |
A
chave do controlo da situação na zona é colina 175,9, ao oeste da localidade de
Slovyanoserbsk. A propaganda russa falou sobre ataque ucraniano contra a
colina, o que não corresponde à verdade, pois as forças ucranianas nunca a
deixaram. Em janeiro de 2015 as forças russo-separatistas efetuaram diversos
ataques contra a colina, aqui, em 20 de janeiro de 2015 foi morto o comandante do
“2º batalhão de blindados” dos separatistas, Valeriy Lipitskiy. Mas a 24ª
Brigada mecanizada das FAU, se defendeu de todos os ataques.
Desde
setembro de 2016, as unidades da 93ª Brigada mecanizada das FAU avança na “zona
cinzenta”, deixada pelas forças ucranianas em 2014. Praticamente toda a “zona cinzenta”
agora está sob controlo das FAU, em algumas áreas o avanço foi até 3 km na
profundidade. Nos dias 1-6 de junho, os pelotões de assalto do 1º e 2º batalhões
da 93ª Brigada mecanizada das FAU tomaram os arredores da colina 150,3 e a parte
norte da aldeia de Zholobok.
As
forças russo-terroristas nesta área de cerca de 20 km², são avaliados, pelos próprios,
em até 100 homens, praticamente uma linha imaginária de pontos de fogo
espalhados aqui e ali, apoiados pela artilharia e sistemas de fogo. Além disso,
os russo-terroristas possuem reservas móveis de blindados e infantaria que estão
aquartelados nas imediações e são chamados quando os separatistas sentem algum
perigo. Graças ao preparo cuidadoso dos ucranianos, os reforços russo-terroristas
entraram em combate tardiamente e não conseguiram desalojar as forças
ucranianas dos locais tomados.
Os
separatistas perceberam as movimentações ucranianas apenas no dia 6 de junho,
quando a imprensa russa escreveu que as forças do 8º regimento do SSO da
Ucrânia liquidaram, à facada, os ocupantes do ponto avançado da “milícia popular”
da dita “lnr” (Censor.net.ua).
É
de notar que os combates pelo controlo e em arredores de Zholobok são combates
locais, nunca existiram quaisquer combates da rua, devido o seu tamanho
bastante reduzido. Os combates maiores decorreram em 7 de junho, quando as
forças russo-terroristas usaram os blindados e artilharia, sem, no entanto
conseguir recuperar as posições perdidas. No dia 8 de junho a situação ficou
mais calma.
Os
russo-terroristas reconheceram a morte de pelo menos sete comparsas da dita “lnr”.
A informação da inteligência militar ucraniana aponta as perdas dos
russo-terroristas em 25 pessoas (cerca de 11 mortos e os restantes feridos).
Os
oficiais ucranianos explicaram a importância dos acontecimentos: “Mais
da metade da auto estrada de Bakhmut está sob control das Forças Armadas da
Ucrânia. Zholobok é uma junção no caminho para Luhansk. O nosso objetivo era frustrar
os planos de grupos armados ilegais de expandir o seu campo de controlo para
possíveis ataques posteriores. Esta é uma direção vulnerável aos blindados, o 29º
posto de controlo”.
É
importante salientar que segundo acordo “Minsk-2”, essa área é controlada pelo
governo ucraniano, os separatistas nem deveriam estar aqui. Como tal, a
violação de “Minsk-2” é efetuado apenas pelas forças russo-terroristas que
tentm ocupar as áreas, sob controlo da Ucrânia, escreve a página ucraniana Novynarnia.com
Os militares da 93ª
Brigada Mecanizada não entregará sequer uma polegada da terra ucraniana, e
apesar dos enormes riscos e as perdas, usa qualquer oportunidade de avançar, libertando
Ucrânia. Respeito pelo mais um sucesso. Os quilômetros recuperados pela 93ª é de valor inestimável para todos os ucranianos e amigos da Ucrânia.
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