domingo, julho 31, 2016

Made in Ucrânia: a modernização do radar “Iskra 80K6K1”

A corporação ucraniana Ukroboronprom apresentou a modernização ucraniana de estação de radar ​​80K6K1, produzido pelo Complexo de produção científica Iskra (cidade de Zaporizhia).


Deteção e acompanhamento de alvos:
Mísseis de cruzeiro e helicópteros: 27-40 km
Caças e bombardeiros em voos de baixa altitude até 1000 m (RCS=3): 110 km
(funciona perfeitamente para os Mig-29 que possuem RCS=5)
Caças nas altitudes até 10.000 metros: 200-240 km
As aeronaves e mísseis táticos à uma altitude de 15.000 metros: até 400 km
"Kolchuga" na chassi do KrAZ-6322 na Expo MAKS-2009
A notícia significa também que a fábrica “Topaz” (fabricante de estação de inteligência eletrônica automatizada Kolchuga), evacuada da ocupação russa em Donetsk continua a operar com sucesso.

Os separatistas já podem se entregar ao SBU

A secreta ucraniana SBU iniciou o seu programa especial «Te esperam em casa», criado para permitir aos cidadãos ucranianos que participaram nas atividades dos bandos armados “lnr” e “dnr” de voltar à sua vida normal na Ucrânia.

O programa se aplica aos cidadãos ucranianos que estão dispostas a cessar voluntariamente a sua participação nas atividades terroristas e cooperar com os órgãos da lei e ordem da Ucrânia; é extenso às pessoas que não participaram nos assassinatos, tortura, estupros e outros crimes graves; que têm um desejo sincero de corrigir os seus próprios erros, trabalhar honestamente à favor da Ucrânia.

Atualmente, cerca de 100 pessoas já aproveitaram este programa, voltando com sucesso à vida civil. Cerca de 20 pessoas, pela decisão judicial, foram isentos de responsabilidade criminal. Neste momento SBU está trabalhando com mais de 200 indivíduos que tenham manifestado o desejo de recuperarem as suas vidas e as suas famílias. A secreta ucraniana oferece a ajuda legal aos seus pais e familiares. O quadro da actual legislação da Ucrânia permite e prevê o levantamento da responsabilidade criminal aos membros de grupos terroristas “dnr” e “lnr”.

Pois, como dizem os criadores do programa: “é difícil ir à guerra, mais o mais difícil é voltar de lá”.

Contactos:
e-mail: doroga.mira.sbu@gmail.com

Blogueiro: pedimos que apoiantes dos grupos terroristas de Donbas que costumam ler o nosso blogue, passem essas informações aos cidadãos ucranianos que gostariam de recuperar as suas vidas antes da guerra. Pois, se os terroristas estrangeiros, em média, aguentam a experiência de “dnr” / “lnr” por cerca de um ano e depois voltem aos seus países de origem e à vida pacífica, os cidadãos ucranianos ficam no inferno para sempre, a sua única chance de conseguir a vida normal é se entregar às autoridades ucranianas, e quando mais depressa é melhor.

As coroas ucranianas espetaculares absolutamente hipnotizantes

Um do mais conceituados blogues sobre o design mundial, Design You Trust, escreveu uma resenha favorável sobre a oficina ucraniana Treti Pivni (Terceiros Galos): uma equipa de fotógrafos, estilistas, maquilhadores e promotores que estão unidos no seu amor pela Ucrânia e desejo sincero de abrir ao mundo a beleza e singularidade da cultura ucraniana.
Estamos certos de que eles terão êxito em fazê-lo através da sua fotografia, mostrando continuamente a riqueza da tradição de diferentes regiões da Ucrânia. A sessão de fotos que se segue é dedicada a arte de fazer chapéus (feitos à mão), que são chamados de diademas de cera (coroas).
Ler e ver mais fotos em: designyoutrust.com
A inspiração nas tradições ucranianas ancestrais
Bónus
Além disso, a oficina está vendendo os seus calendários de 2016, aos preços bonificados de 180 UAH (7,25 dólares). Encomendar os calendários na Ucrânia se pode AQUI e no estrangeiro – AQUI. É a limpeza de stock de verão, aproveitem a oportunidade.

sábado, julho 30, 2016

Ucrânia cria o dia especial das Forças de Operações Especiais

No dia 29 de julho de 2016, segundo o Decreto presidencial № 311/2016, promulgado pelo Petró Poroshenko, pela primeira vez na história das Forças Armadas da Ucrânia, é comemorado o Dia das Forças de Operações Especiais das FAU.
O 3º regimento de spetsnaz, parte integrante das novas Forças de Operações Especiais (SSO) das FAU não comemorou o novo dia, em respeito pela memória dos camaradas que caíram no campo de batalha no decorrer da guerra russo-ucraniana em julho de 2014. A bandeira nacional da Ucrânia foi colocada à meia-haste e todo pessoal do regimento estive presente na praça d'armas para recordar os que tombaram pela Ucrânia.

No dia 29 de julho de 2014, nos arredores da aldeia de Latyshevo, na região de Donetsk, decorreu a maior tragédia dos comandos ucranianos. As unidades russas detetaram e aniquilaram duas unidades dos comandos do 3º regimento ucraniano. Naquele dia morreram 10 e foram capturados em combate 7 militares ucranianos. São maiores perdas dos comandos ucranianos, no mesmo combate, em toda a guerra. No total, o 3º regimento, em mais de 2 anos da guerra russo-ucraniana teve 43 companheiros mortos, 3 desaparecidos em combate e dois: Serhiy Hlodnar e Oleksandr Korinkov até hoje estão no cativeiro terrorista.
Hoje, os seus companheiros e os comandantes do regimento visitaram as famílias dos que morreram em 29 de julho, recordando os que não voltaram do campo de batalha. Isto é feito no aniversário da morte em combate de todos os comandos.
No dia 23 de julho, nos arredores da aldeia de Dmytrivka, junto à fronteira ucraniano-russa, os sistemas de fogo antiaéreo russo abateram dois Su-25 ucranianos. Uma unidade de spetsnaz, composta por dois grupos, comandados pelos capitães Kirill Andrienko e Taras Karpa, reforçados pelo oficial operativo, Serhiy Lysenko foram enviados para o resgate dos pilotos. Os grupos eram compostos por elementos experientes e valentes.
A sua tarefa era encontrar o piloto que deveria procurar pelo local seguro na aldeia de Latyshevo na região de Donetsk. Os grupos não possuíam o transporte próprio, usando dois camiões militares “Ural”, não podendo contar nem com reforços, nem com apoio aéreo. O inimigo também procurava capturar os pilotos ucranianos. Infelizmente, o piloto não foi encontrado e os agentes do inimigo avisaram as forças russas. Os documentos de planificação da operação não foram encontrados, os responsáveis que contactavam as chefias morreram. Os comandos ucranianos estavam cientes de todos os riscos, mas mesmo assim foram para efetuar a sua última tarefa militar...
Os russos lançaram contra os comandos ucranianos um grande grupo de infantaria, apoiada pelos blindados ligeiros BMP e BTR, os comandos ucranianos simplesmente não tinham meios antitanque para se defender das forças do inimigo. O grupo avançado ucraniano não teve tempo de avisar sobre a chegada do inimigo russo, e os blindados atacaram a fazenda, em que estavam os ucranianos, de dois flancos.
A posição dos ucranianos cercados na fazenda era impossível. Não havia, por perto,  nem as forças de apoio, nem as reservas. Os terroristas sabiam quantos ucranianos eram, sabiam da sua própria superioridade. À oferta de se entregar, os comandos ucranianos responderam com o fogo. Nestas circunstâncias, isso foi um ato do autêntico heroísmo e auto-sacrifício. Os BMP e BTR dos mercenários russos começaram metralhar a fazenda de todas as direções. O tiroteio foi quase à queima-roupa, o combate foi curto. Até o fim, estava disparar o operador da metralhadora, o sargento Oleksiy Hlobenko. Até o fim, disparava um dos melhores franco-atiradores das FAU, um dos soldados mais respeitados do 3º Regimento, o sargento da companhia, Andriy Shershen. Ele cessou o fogo apenas depois de vários ferimentos graves. Como contam os seus camaradas, irritados com as perdas, os terroristas russos o mataram, já ferido. Morreram no local, mas com as armas nas mãos, o coronel Lysenko e o capitão Andrienko. O capitão Taras Karpa, gravemente ferido foi capturado. Ele também foi morto à tiro pelos mercenários russos, já em cativeiro (segundo os dados oficiais Karpa foi morto em 30 de julho, mas testemunhas dizem que isso ocorreu logo após o fim da batalha, ainda no dia 29).
Os 7 militares sobreviventes, parte deles feridos, foram feitos prisioneiros. De dois grupos, apenas 4 militares escaparam. Os prisioneiros foram libertados na troca com os separatistas pró-russos ou terroristas russos, capturados pela Ucrânia.

A Procuradoria-geral militar abriu um processo criminal da morte de grupos de forças especiais, foi considerada a responsabilidade das chefias militares e dos próprios comandos. Foram detatados os erros no planeamento e na organização da operação, as violações da “Instrução de inteligência especial”. Uma investigação daquilo que aconteceu será feita pelo comando do 3º Regimento de Forças Especiais. A publicação online Censor.net também investiga o caso, recebendo os acessos oficiais aos arquivos.
O 3º Regimento nunca irá celebrar o dia 29 de julho, para nós este dia será para sempre, o dia da morte de nossos camaradas; iremos comemorar o nosso feriado profissional em 7 de setembro – o Dia da inteligência militar da Ucrânia, disse um dos oficiais do 3º regimento, inquirido pela publicação Censor.net.
No dia 29 de julho de 2014, tiveram a morte heróica, fieis até o fim ao juramento militar para com o povo da Ucrânia:
Tenente-coronel Serhiy Lysenko
Capitão Kirill Andrienko
Capitão Taras Karpa
Sargento Andriy Shershen
Sargento Oleksiy Hlobenko
1º soldado Yaroslav Shymchik
1º soldado Lev Pankov
1º soldado Serhiy Hryshyn
Sargento Anatoly Buzulyak

Um soldado ucraniano continua ser considerado desaparecido. O seu corpo ainda não foi identificado positivamente, apesar do exame da ADN.

Acho que agora, todos os anos, temos que começar o Dia das Forças de Operações Especiais em todas as unidades militares das Forças Armadas com a menção de heroísmo e da morte heróica de 10 comandos nos arredores de Latyshevo. 29 de julho é um dia para comemorar os camaradas caídos, para pensar sobre o significado do profissionalismo, para prestar homenagem à coragem e ao heroísmo daqueles que receberam o primeiro golpe da agressão russa (por Yuriy Butusov).

Glória eterna aos Heróis que caíram na batalha pela Independência da nossa Pátria!

Blogueiro
O piloto de um dos Su-25 foi resgatado com sucesso com ajuda da rede de inteligência ucraniana. Hoje, nem todos os detalhes dessa operação podem ser revelados ao público. Quando aos heróis ucranianos tombados, todos eles de diversas origens étnicas e das regiões ucranianas, só é póssivel dizer uma coisa: “Todos iremos morrer um dia, importa a maneira como isso acontecerá”.

sexta-feira, julho 29, 2016

A morte anunciada da Donbas industrial graças ao “mundo russo”

Na cidade de Donetsk fechou a fábrica de geleiras «Nord» — de facto, um dos símbolos da cidade e do seu parque industrial. Fabricando as geleiras na URSS sob a marca de “Donbass”, passando pela privatização na década de 1990, a fábrica apenas não aguentou a chegada do “mundo russo” que nos últimos dois anos manda e desmanda na cidade e na região.

Em 2013, o dono da fábrica, o oligarca ucraniano Valentyn Landyk, dizia claramente que a sua fábrica está focada no mercado russo e pediu que, então presidente Yanukovych, não assine o acordo de associação com a União Europeia, para poder fazer comércio com a Rússia.

Em dezembro de 2013, durante a Revolução da Dignidade (o movimento Euromaydan), Landyk forçava os trabalhadores do “Nord” à participarem nos comícios de apoio ao Yanukovych.
Donetsk em dezembro de 2013: "Donetsk apoia a direção do presidente"
Instamos o presidente à restaurar o volume de negócios comerciais com a Rússia para que os produtos ucranianos pudessem, de forma contínua, entrar nos mercados de exportação tradicionais. Passamos ao Viktor Yanukovich o mandato de confiança popular para assinatura, em Moscovo, de todos os documentos para facilitar esse objetivo”, — afirmava-se no comunicado emitido em nome dos trabalhadores do “Nord”.

Depois, Donetsk, de facto, passou para i controlo da Rússia. A língua ucraniana foi cancelada. Em vez de hryvnia ucraniana circulam os rublos. Parece que os sonhos dos trabalhadores do “Nord” se tornaram a realidade. Nada mais impede a entrada de sua produção nos “mercados tradicionais”. Fabrique e fornece as geleiras à Rússia, tantas, quantas são necessárias! Mas ai alguma coisa deu errado, o Conselho de Supervisão do “Nord” decidiu parar indefinidamente a produção, conservando as capacidades produtivas em Donetsk.
Quase todos os moradores da região de Donetsk tinham uma geleira / geladeira "Nord"
Afinal, o que está acontecendo? A Rússia não ajudou? Mas como isso é possível?!! Afinal, lembramos vivamente que na primavera de 2014, as pessoas em Donetsk, gritavam nos comícios que queriam se juntar à Rússia, porque este país iria preservar no Donbas as fábricas e os empregos.

Apenas podemos fazer as nossas, as palavras de uma outra pessoa: Bom dia para vocês e a boa disposição!

quinta-feira, julho 28, 2016

A batalha de Prokhorovka: mitos soviéticos e realidade histórica

73 anos atrás, em julho de 1943, no decorrer da II G.M. começou a batalha de Kursk. O historiador alemão, coronel na reserva Karl-Heinz Frieser (1949) que durante muitos anos trabalhou no departamento da história militar do Bundeswehr é tido como um dos melhores especialistas em história da Frente leste. Ele estuda profundamente os documentos dos arquivos alemães e russos. 

A parte mais conhecida de operação «Zitadelle» foi a batalha de blindados nos arredores de Prokhorovka em 12 de julho de 1943. Será verdade que naquela batalha se enfrentaram duas “avalanche de aço”?
Há quem diga que na batalha participaram 850 blindados soviéticos e 800 tanques alemães. Aldeia de Prokhorovka, onde foram alegadamente destruídos 400 tanques da Wehrmacht, é considerada como cemitério das forças blindadas alemãs”. Mas na verdade, nesta batalha participaram 186 tanques alemães e 672 soviéticos. O Exército Vermelho perdeu 235 tanques e as tropas alemãs – apenas três!
O blindado PzKpfw IV (T-IV) alemão destruído
Como isso pode ser possível?
Os generais soviéticos fizeram tudo de errado que poderia ser feito, porque Estaline cometeu um erro nos seus cálculos, estava apressa-los no tempo-limite da operação. Assim, o ataque Kamikaze, efetuado pelo 29º Corpo de blindados do RKKA terminou em armadilha despercebida [uma vala de 4,5 metros de profundidade] feita nas vésperas pelos próprios soviéticos, atras da qual estavam os tanques alemães. Os soviéticos perderam 172 dos 219 tanques. 118 destes blindados foram completamente destruídos. Na tarde do mesmo dia, os soldados alemães rebocaram os seus tanques danificados para a reparação e explodiram todos os tanques danificados soviéticos.

A batalha de Prokhorovka terminou com a vitória das forças soviéticas ou alemães?
Tudo depende do ponto de vista. Do ponto de vista tático venceram as tropas alemãs, e para os soviéticos a batalha se transformou no inferno. De ponto de vista operacional, foi o sucesso soviético, porque o avanço alemão foi parado por um tempo. Mas, em geral, o Exército Vermelho inicialmente previa a destruição de dois Corpos blindados do inimigo. Portanto, estrategicamente este foi também o fracasso soviético, uma vez que foi planeado implantar em Prokhorovka o 5º Exército blindado da Guarda, que posteriormente teria que desempenhar um papel importante na ofensiva do verão.

O historiador britânico Richard J. Evans, na sua trilogia The Third Reich descreve a mesma batalha de seguinte maneira:

Deixando uma parte dos blindados na reserva, [o general Pavel] Rotmistrov levou 400 tanques da direção nordeste. Outros 200 tanques vieram do leste, para enfrentar cara-a-cara as tropas alemães, endurecidas nas batalhas, mas que não estavam preparados para este adversário. Aos alemães, à disposição dos quais estavam 186 veículos blindados, dos quais apenas 117 eram tanques, se destinava uma derrota inevitável e absoluta.
O blindado alemão Tiger V, junho de 1943
No entanto, se fez sentir a fadiga da marcha de três dias e, possivelmente, a vodca distribuída generosamente nestes casos (pecado habitual do Exército Vermelho). Os condutores mecânicos soviéticos não repararam na vala antitanque com a profundidade de até 4,5 m; pouco antes disso, escavada pelos seus próprios sapadores, que preparavam as fortificações por ordem de Zhukov. Os primeiros tanques T-34 caíram directamente na vala. Vendo o perigo, os blindados que os seguiam quebraram as fileiras, colidindo, em pânico, uns com os outros. Uma parte deles pegou o fogo em resultado de serem atingidos pelos obuses alemães. Até o meio-dia, os alemães relatavam os resultados: no campo de batalha ficaram 190 tanques soviéticos destruídos e abandonados. Alguns tanques continuavam a arder. Os dados pareciam tão incríveis que para a verificação no local, chegou pessoalmente o comandante alemão.

A perda de um número tão grande de tanques irritou Estaline que ameaçou julgar Rotmistrov na corte marcial. Salvando-se, o general combinou com o seu comandante, bem como com o membro do Conselho Militar da Frente, Nikita Khrushchev, que declararam que os tanques foram perdidos no decorrer da maior batalha, na qual as forças heróicas soviéticas destruíram mais de 400 tanques alemães. Estaline, ele próprio que sugeriu o uso do exército em Rotmistrov no contra-ataque foi forçado a aceitar o relatório. Em resultado, nasceu a lenda de longa duração de que a batalha em Prokhorovka foi a “maior batalha de tanques da história”. Na verdade, esta batalha representa um dos maiores desastres na história de derrotas militares. As tropas soviéticas perderam um total de 235 tanques; as tropas alemãs – 3 tanques. Apesar de tudo isso, Rotmistrov se tornou um herói, e agora no local dos acontecimentos está erguido um enorme monumento.
As mesmas conclusões são suportadas pelo historiador russo Valeri Zamulin (1968), natural da região de Prokhorovka e maior especialista russo em batalha de Kursk. No seu livro, conhecido ao leitor ocidental pelo título Demolishing the Myth: The Tank Battle at Prokhorovka, Kursk, July 1943: an Operational Narrative (2011), autor conta, baseando-se nos documentos de arquivos, de duas partes de conflito, sem omissões, nem embelezamentos, a verdade sobre aquele acontecimento histórico.
No dia 12 de julho de 1943, na parte sul do arco de Kursk, não ocorreu nenhuma “batalha frontal de tanques”, tal como era reivindicado pelos historiadores soviéticos e livros de memórias dos marechais, desde 1953, mas um ataque frontal suicida contra as defesas preparadas. Os tanques soviéticos fluíram pelo riacho estreito, o local muito mal escolhido para o ataque, contra as defesas poderosas antitanque, preparadas em profundidade (os blindados “Tigre” enterrados e canhões antiaéreos de 88 mm). Os blindados soviéticos eram aniquilados como na carreira do tiro. Os blindados que conseguiam alcançar a vala, entrando lá inteiros, eram alvejados pela artilharia de calibres menores, já na sua saída. Os blindados soviéticos tiveram na batalha de Kursk as perdas monstruosas (perdendo 5 blindados por cada blindado alemão).

Bónus
O blindado soviético T-34, capturado e usado pelo Wehrmacht
Algo parecido aconteceu na Batalha de Raseiniai (23-27 de junho de 1941) na Lituânia, à 75 km à nordeste da cidade de Kaunas. Os elementos do 4º Grupo blindado alemão, comandado pelo General Erich Hoepner entraram em combate contra o 3º Corpo mecanizado do Major General Kurkin e 12º Corpo mecanizado comandado pelo Major General Shestapolov. Os alemães tinham 245 blindados, os soviéticos 749. Em resultado da batalha os alemães destruíram 704 blindados soviéticos, aniquilando o 3º Corpo de blindados. As perdas dos alemães eram da infantaria e dos veículos da logística. Todos os blindados alemães ficaram operacionais.

“Apoiar as FAU com um vídeo pirata”: os vencedores

A página ucraniana Petr i Mazepa anunciou os vencedores do concurso por si organizado, “Apoiar as Forças Armadas da Ucrânia com um vídeo pirata”, que pretendia aproveitar as sinergias populares para mostrar o apoio dos ucranianos ao seu exército, em guerra contra o inimigo poderoso, mas mesmo assim – perfeitamente batível.

No 1º lugar ficou o vídeo do Taras de Lviv, chamado “Povstaliy step” (A Estepe Insurgente; 3.11). O texto tocante do Maksym Stepoviy, a voz profunda do Andriy Sereda (o líder do banda gótica Komu Vnyz”), visual dinâmico, música bem escolhida. Desde o seu aparecimento o vídeo rapidamente se tornou o favorito do concurso.
https://www.youtube.com/watch?v=Zgz6JSArDSU

O 2º lugar foi alcançado pelo vídeo intitulado “Army (Exército; 1.24) da autoria do Winnie. Favorito antes do aparecimento do vídeo vencedor. A oração do nacionalista ucraniano é tão atual, como quase um século atrás. O concurso ficou bem poético.
https://www.youtube.com/watch?v=t_iZVUyu11o

O 3º lugar é do vídeo «Viyna» (A Guerra; 3.45). Apesar do seu título, é um vídeo sobre as pessoas. Foi preferido pela gente que viu a atual guerra russo-ucraniana, assim como as outras guerras, de perto, na linha da frente.
https://www.youtube.com/watch?v=x3dvdFpeEuA

Olugar é do vídeo FAU  Geração dos heróis” (3.00), projeto conjunto dos estúdios AZMT Production e Military Division — 19.000 visualizações no YouTube sem nenhum apoio na divulgação dos blogueiros ucranianos do topo. Um vídeo verdadeiramente profissional.
https://www.youtube.com/watch?v=kl1YIEYEQwk

Os agradecimentos
Ao pessoal da “Military Division”; aos restantes participantes; aos doadores; ao “Televisão Militar da Ucrânia”; à equipa da InformNapalm; aos responsáveis estatais e aos voluntários.
Obrigado à todos, vocês são melhores!
Glória à Ucrânia!

Bónus

O vídeo mostra o momento exato em que o Complexo tático de mísseis OTR-21 Tochka-U da 19ª Brigada especial de mísseis das FAU, efetua o disparo contra a base das forças armadas russas (grupo tático de batalhão) em agosto de 2014:
https://www.youtube.com/watch?v=u4QSfajdQag