O
secretário-geral da NATO, Jens Stoltenberg, anunciou em Varsóvia, o reforço da
presença militar da NATO, através de quatro batalhões, na Polónia, Letónia,
Estónia e Lituânia, a partir do próximo ano, numa base de rotatividade de
forças multinacionais.
No
final do primeiro de dois dias da cimeira bienal da organização, Jens
Stoltenberg anunciou que haverá quatro nações líderes: Canadá fará deslocar
forças para a Letónia, enquanto a Alemanha o fará para a Lituânia, o Reino
Unido para a Estónia e os Estados Unidos para a Polónia. Portugal tem desde 1
de julho, e durante quatro meses, na Lituânia uma bateria de artilharia ligeira
composta por 120 militares.
“Muito
outros aliados, outros países manifestaram-se disponíveis para contribuir.
Quase todos os países fizeram anúncios, na reunião, sobre algum tipo de
colaboração”, disse o responsável, admitindo que este plano nunca foi colocado
antes da crise na Ucrânia. “Esta
é uma resposta defensiva e proporcionada às ações da Rússia na Ucrânia, ao
anexar ilegalmente a Crimeia (em 2014)”, explicou o secretário-geral da Aliança.
Em
conferência de imprensa, Stoltenberg sublinhou que estes quatro batalhões são a
prova de um elo transatlântico e que um “ataque a um aliado, é considerado como
um ataque a toda a Aliança”. Stoltenberg não revelou a data final da operação,
dizendo que “os batalhões estarão no terreno até quando serão necessários”. Stoltenberg
disse também que este será o aumento mais maciço na NATO “em toda uma geração”,
ele explicou que a força de reacção rápida será aumentada para 40 mil efetivos.
A
Aliança também reforçou as defesas em redor da Turquia com a ajuda de aviões de
reconhecimento e começou a desenvolver a estratégia de combate às ameaças
híbridas. “Hoje
decidimos revelar os dados sobre as forças operacionais pessoais e meios de
sistema de proteção balística, ou seja, os navios estacionados na Espanha,
radares na Turquia e interceptadores na Roménia serão capazes de funcionar em
conjunto no âmbito dos sistemas de comando e controlo da NATO”, – disse
Stoltenberg. Ele
acrescentou que o fortalecimento das forças da NATO está associado com a
intenção de “proteger os países da NATO de ameaça nuclear possível que pode vir
da Rússia”.
Já
hoje, o Presidente norte-americano, Barack Obama, anunciou a deslocação de mil
soldados dos Estados Unidos para a Polónia, no âmbito do projeto da NATO, que
inclui a instalação de três outros batalhões para os países bálticos (Estónia,
Letónia e Lituânia) perante o que é definido como uma Rússia mais agressiva.
A
criação dos quatro batalhões é um dos principais anúncios da cimeira da NATO
que decorre até sábado, face às interrogações suscitadas pelas ambições russas
após a crise ucraniana.
Fontes
@PL // EL / Lusa / 24.sapo.pt
/ TVrain.ru
Sem comentários:
Enviar um comentário