segunda-feira, julho 04, 2016

Os russos, como mercadoria. A guerra, como um negócio.

No passado dia 17 de junho, a “polícia” da dita “lnr”, deteve o “militar do exército da lnr”, Solodovnikov Vladimir Anatolievich (1963). O nosso “empresário” foi detido durante a tentativa de vender as armas e as munições. A sua captura, com pompa e circunstância era acompanhada com os disparos, assustando os moradores civis e as corridas de automóveis na calçada no centro da área residencial. Era uma coisa bem vistosa!

Na sua viatura foi achado um verdadeiro arsenal: uma espingarda automática AK-74; cinco morteiros RPG-22; um morteiro RShG-2; um morteiro RPG-26; um lança-chamas MRO-A; dois lança-chamas RPO-A Shmel; 62 granadas F-1; 118 granadas RGD-5; 180 fusíveis para as granadas; 1500 munições de calibre 5,45 mm; 6048 munições de calibre 7,62 mm (a foto é apenas chamativa).

Solodovnikov fazia as transacções via Internet. Vendia em qualquer quantidade. Após a sua detenção vieram à tona os detalhes muito interessantes. O detido “herói do exército da lnr” buscava as armas não apenas na sua própria unidade militar, com auxílio do comandante desta, mas também, transformando em “carga-200” os “voluntários russos”, que, fiando na propaganda russa “não se encontravam na Ucrânia”.

A dita “carga-200”, no entanto, não era enviada à parte alguma e apenas enterrada na região. Naturalmente, o detido “guerrilheiro” não trabalhava sozinho. O número dos “voluntários” aniquilados, nas suas próprias palavras chega às 300 peças. O comércio de armas e roubo dos pertences dos ditos “voluntários” permitiu ao nosso detido reunir uma pequena fortuna, depositada num dos bancos na cidade ucraniana de Kharkiv. Portanto, o insurgente, muito provavelmente, merece a medalha da luta da guerrilha capitalista.

Afinal, o negócio de transformar os “voluntários russos” em “carga-200” é bastante lucrativo nas bandas de “repúblicas populares”. Em primeiro lugar, ninguém os procura. Nem dos “voluntários”, que na realidade são mercenários, nem dos membros das unidades regulares. Após a sua morte a Rússia não precisa deles. Em segundo lugar, o salário dos “voluntários” é cerca três vezes maior do dos separatistas locais e o armamento é muito melhor, e, portanto, pode ser vendido mais caro. E em terceiro lugar, a Rússia sem problemas poderá mandar mais e trazer mais armas. São “irmãos”, afinal das contas!

Neste momento é investigado o envolvimento no caso de uma série de altos comandantes da dita “lnr”, na região foram descobertos 11 esconderijos que armazenavam as armas preparadas para a venda, conjuntamente com a documentação militar dos russos. Os documentos, o mais provavelmente, não eram o objecto da negociação (embora ninguém sabe), mas serviam de moeda de troca pela liberdade ou pela possível amnistia, informa a página ucraniana Sprotyv.info

Os russos, como mercadoria. Um exemplo prático
Nestes dias, na “república popular” vizinha, na “dnr”, foi reportada a morte do Bushuev Aleksandr Nikolaevich, nome de guerra “Zaria”, comandante da “7ª brigada do 1º corpo do exército da dnr, unidade 08807”, coronel das forças armadas da federação russa.

Antes da guerra russo-ucraniana, Aleksandr Bushuev ocupava os cargos de comando nas tropas aerotransportadas das forças armadas russas, servia como o comandante do batalhão e chefe do estado-maior – o primeiro vice-comandante da 83ª Brigada aerotransportada especial de assalto (a unidade militar № 71289, cidade de Ussuriysk, região de Primorsky Krai, Rússia). No leste da Ucrânia foi visto desde 2015 na região de Debaltseve, usando os documentos falsos em nome de Kolosov Aleksandr Nikolaevich.
O coronel Bushuev se notabilizou no exército russo pelos piores motivos, organizando o coro militar que cantava o hino russo com as máscaras antigás postas. Todas as máscaras eram vandalizadas, mostrando uma abertura para os ouvidos, uma ação algo psicopata, mesmo para os padrões do exército russo:
https://www.youtube.com/watch?v=3vHcefPcgZk

Em abril de 2016, Bushuev passou pela “crise de nervos”, que se manifestou em tiroteios, pancadaria e ferimentos dos subordinados e um sério ajuste de contas no meio dos terroristas e dos seus curadores russos (fonte). Muito recentemente, a sua “brigada” teve baixas consideráveis em efetivos e equipamentos militares na zona de Debaltseve. E no dia 3 de julho a sua viatura pisou um obus e explodiu (outra versão diz que coronel foi vítima do ataque cardíaco). O que é certo, o coronel Bushuev se transformou em “carga-200”, escreve o voluntário ucraniano Roman Sinitsyn.

A informação disponível, confirmada por um dos agentes ucranianos na dita “dnr”, indica que coronel Bushuev realmente foi liquidado com ajuda de um obus, o mais provavelmente sem nenhuma interferência ucraniana. A sua culpa maior foi a autoria da ordem de ataque que levou à morte dos diversos terroristas, sob o seu comando, liquidados pelas forças ucranianas, numa situação muito recente e evitável.

De qualquer maneira, este é o fim de todos os ocupantes que pisam o território da Ucrânia. Um obus, o coração, às mãos dos seus ou liquidados pelos ucranianos, sejam bem-vindos à Ucrânia! 

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