Combinado com ações correspondentes inescapavelmente atribuíveis à federação russa, já havia um “grave risco de genocídio” – o limite estabelecido pela Corte Internacional de Justiça para o dever de prevenção estipulado no Artigo I da Convenção do Genocídio. Consequentemente, os Estados Partes da Convenção do Genocídio deveriam ter agido preventivamente – se o genocídio já não estivesse sendo cometido. De fato, sob o direito internacional consuetudinário, a comunidade internacional como um todo deveria ter agido.
Este relatório – uma investigação independente atualizada sobre o envolvimento da federação russa na Ucrânia – vai além do incitamento à questão da prática real de genocídio, separado crimes previstos no art. III (c) da Convenção do Genocídio. As evidências apresentadas nos obrigam a concluir que a Federação Russa não apenas continuou, mas intensificou seus esforços para cometer genocídio. Além de um sério risco de genocídio, concluímos que há violações da Convenção do Genocídio além de qualquer dúvida razoável.
As consequências desta constatação são amplas e claras. A Convenção das Nações Unidas sobre a Prevenção e Punição do Crime de Genocídio é um acordo vinculativo; exige que os estados prevenir o genocídio assim que tomarem conhecimento do risco ou deveriam ter tomado conhecimento do risco. Ainda mais, logicamente, os estados devem parar a prática do genocídio.
A seguir, demonstramos e destacamos a obrigação legal dos Estados de agir com urgência e suficiência. Esperamos que nossas descobertas forneçam o ímpeto necessário para galvanizar ações para defender esta norma fundamental do direito internacional contemporâneo.
Descarregar o relatório em inglês.
Extremismo ortodoxo russo defende o extermínio dos ucranianos
Ievgeni Nikiforov, director da rádio ortodoxa «Radonezh» exorta, publicamente, num programa da TV ortodoxa russa «Spas» de matar os ucranianos, em massa, queimando os com auxílio do sistemas pesado de lança-fogo «Sontsepyok», aplicando aos ucranianos «a lógica do Velho Testamento», isso é «extermínio sem nenhuma piedade».
É de notar que nenhum dos presentes no programa, nem entre os apresentadores, nem entre os convidados, alguns dos quais são clérigos da IOR protestaram contra essas propostas verdadeiramente genocidárias. O assassinato dos ucranianos, o extermínio da nação ucraniana, deixou de ser defendida unicamente pelos habituais «loucos urbanos», para passar à ser livremente difundida nas TV´s russos, sem nenhum pudor e sem nenhum receio.
1 comentário:
mais um argumento para proibir de vez no território ucraniano a Igreja Ortodoxa Ucraniana ligada ao patriarcado de Moscou.
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