A cineasta ucraniana Nadia Parfan estava no estrangeiro quando começou o ataque russo a Kyiv. No seu filme de ensaio pessoal «I Did Not Want to Make a War Film» (Eu não queria fazer um filme sobre a guerra) ela documenta o seu doloroso retorno para casa numa Ucrânia em guerra.
A duração do curta-metragem da Nadia Parfan é de 17 minutos e meio. Nele, a diretora conta que a notícia sobre o início de uma guerra em grande escala, que a rússia lançou contra a Ucrânia em fevereiro de 2022, a encontrou em Dahab, para onde ela e o marido vão todo inverno.
«Meu nome é Nadia. Sou da Ucrânia. Em minha casa, o inverno é escuro e frio. Prefiro fugir para algum lugar quente e voltar na primavera, quando a vida acordar novamente. Este ano foi diferente. O inverno de 2022 nunca acabou», diz a realizadora nos bastidores.
Em seu filme, ela usou trechos de vídeos filmados por testemunhas oculares de ataques de mísseis contra Kyiv, a invasão de equipamentos militares russos na região de Kyiv e comícios populares nas cidades onde os ocupantes entraram. E também vídeos feitos por ela mesma no caminho de volta para casa, em Bucha, libertada dos ocupantes russos e em Kyiv sob o fogo de mísseis.
Uma outra curta-metragem dirigida por Nadia Parfan «It's a Date» (É um encontro) foi incluída no programa de competição do Festival de Cinema de Berlim. A fita conta a história da capital de um país em que está ocorrendo uma guerra em grande escala, mas a vida em todas as suas manifestações não para. Ela competirá pela vitória no programa de competição Berlinale Shorts.
Ver o filme na página de The New Yorker: https://www.newyorker.com/video/watch/the-new-yorker-documentary-i-did-not-want-to-make-a-war-film
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