domingo, julho 14, 2019

Crimes soviéticos: a deportação dos boykos ao Donbas

Em 1951 mais de 10.000 boykos foram deportados da região de Drohobych para Donbas, atual região de Donetsk. Aconteceu na sequência da troca de populações e dos territórios entre URSS e Polónia comunista.
O processo de deslocalização forçada e começo da vida em um novo lugar foi muito difícil. Foi difícil deixar suas casas, nas quais os boykos viveram por séculos. Na região de Donetsk os boykos foram reassentados de forma compacta nos distritos de Olexandrivskiy e Bahmutskiy, na aldeia durante Novohryhorivka nos arredores de Druzhkivka. Agora muitos deles, especialmente os seus filhos que nasceram já depois da deslocalização, vivem nas cidades de Kramatorsk e Slovyansk.

Os deportados levados para o leste da Ucrânia se distinguiam dos locais pela sua fala regional e por outras características culturais. Por causa disso, às vezes havia atrito entre eles. Por exemplo, muitos dos heróis do filme lembram-se de serem chamados de “banderas” (nome genérico russo dado aos ucranianos vistos como patriotas da Ucrânia, e não necessariamente aos seguidores do líder da OUN-R, Stepan Bandera).
No filme aparecem os boykos que sobreviveram à deportação em 1951 e agora vivem na região de Donetsk. No momento do reassentamento eles tinham de 5 à 25 anos de idade. Foi perguntado à eles o que se lembravam da sua vida na Ucrânia Ocidental, sobre o processo de reassentamento e como eles viviam em um novo lugar, e se eles gostariam de um dia voltar para casa.

Ver o filme “Uzhe ne vernemos” (Já não voltaremos) no YouTube:

1ª parte (23'34''):

2ª parte (20'48''):

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