No
dia 27 de junho, na retaguarda profunda dos separatistas da dita “dnr”, as
forças ucranianas capturaram e levaram para julgamento na Ucrânia livre, o
separatista Volodymyr
Tsemakh, o chefe da “defesa antiaérea” da cidade de Snizhne, localidade onde
em 17 de julho de 2014 o míssil russo abateu o Boeing do voo MN17.
A
filha do Tsemakh e o seu advogado ucraniano Roman Hontaryev dizem que o separatista
foi capturado no seu próprio apartamento na cidade de Snizhne em 27 de junho, transferido,
“de forma desconhecida”, para Ucrânia livre no dia seguinte. Segundo o
advogado, em 29 de julho o tribunal distrital de bairro Shevchenkivskiy de Kyiv
escolheu como medida preventiva a sua prisão por dois meses, até o dia 25 de
agosto de 2019.
Detido é acusado ao abrigo da 1ª parte do artigo 258-3 do
Código Penal da Ucrânia – “a criação de um grupo terrorista ou da organização
terrorista”, punível com a pena de entre oito à quinze anos de prisão efetiva.
Detido até o dia 25 de agosto de 2019 / foto: VK / serviço russo da BBC |
Volodymyr Tsemakh como comandante separatista em 2014 / foto: VK / serviço russo da BBC |
A
cidade de Snizhne fica na
retaguarda “segura” dos separatistas à uma distância de apenas 20 km da fronteira
russa, as forças ucranianas mais próximas ficam à cerca de 45 km da cidade e o
ponto de controlo mais próximo, “Mayorsk”, fica à cerca de 80 km.
Volodymyr Tsemakh em Kyiv, após a sua captura, junho de 2019 / foto: VK / serviço russo da BBC |
Uma
fonte do serviço russo da BBC,
próxima da liderança do grupo terrorista “dnr”, afirmou que a operação da captura do Tsemakh foi conduzida pela unidade das operações especiais (SSO) das Forças
Armadas da Ucrânia. No site ucraniano Myrotvorets
(Pacificador), que recolhe os dados dos separatistas e terroristas que alguma
vez chegaram à participar nas atividades militares ou propagandistas dirigidos contra Ucrânia,
sobre Tsemakh se diz: “participou activamente nos combates no verão e
outono de 2014, comandando a unidade de fogo antiaéreo ZU-23, formada na cidade
de Snizhne”. Anteriormente, a secreta ucraniana SBU
informou que deteve um outro combatente ilegal da dita “dnr”, que até maio 2019
servia numa das suas unidades de artilharia:
O
interesse das forças ucranianas em Tsemakh se pode explicar pelo fa(c)to do que
o Boeing do voo MH17, pertencente às Malaysian Airlines, abatido em 17 de julho
de 2014 sobre a Ucrânia ocupada foi alvejado exatamente junto à cidade de
Snizhne, escreve agência ucraniana UNIAN.
Serviços
especiais ucranianos ainda não fizeram quaisquer declarações em conexão com a
detenção de Tsemakh no território ocupado da região de Donetsk. O representante
da SSO Olexei Nikiforov, disse à BBC que não pode comentar a situação. A
resposta semelhante foi dada à BBC no centro de imprensa da Operação das Forças
Conjuntas (OFC): “Não comentamos as informações que é divulgada do outro lado [da
linha da frente]”.
Por
sua vez, o analista político
de Donetsk, o cidadão russo pró-separatista
Roman Manekin, um dos primeiros a relatar a possível
detenção de Tsemakh, escreveu, citando um dos ex-colegas do
separatista capturado, que este
“foi levado
no seu próprio carro através de
um dos postos de controlo (Mariinka)
na cadeira de rodas como um pai paralisado com
ajuda dos documentos falsos”.
Blogueiro:
pelos vistos, SBU/SSO começam usar as melhores táticas de Mossad, as
semelhanças com a captura do Adolf Eichmann são mais
que visíveis.
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