As
legislativas ucranianas decorreram neste domingo, partido do presidente eleito
ganha a maioria dos mandatos, mas fica abaixo da maioria simples (226
deputados), abstenção histórica foi superior aos 50%.
Boa
notícia é que todos aqueles que nos últimos 5 anos se dedicaram à propaganda
anti-Poroshenko não entram no futuro parlamento ucraniano: coronel Hrytsenko,
presidente do conselho municipal de Lviv – Andriy Sadoviy (seu partido Samopomich consegue apenas 0,6% de
votos), nacionalistas com slogans e ideias esquerdistas, encabeçados pelo Oleh
Tiahnybok (a sua lista conjunta dos nacionalistas unidos consegue cerca de 2%
de votos), o ultra-populista Oleh Liashko, populista georgiano Mikheil Saakashvili...
Todos foram dispensados e todos vão para uma espécie de lixeira política.
É
especialmente caricato, se recordarmos, que muito recentemente Andriy Sadoviy
sonhava com o posto do Primeiro-ministro (e em 2014 era uma figura
presidenciável).
As
próximas eleições municipais, muito possivelmente também antecipadas, poderão
mudar, por completo, a composição política da Ucrânia.
Bónus
Prognóstico
das eleições, dado pelo mentor e financiador do presidente Zelensky – oligarca ucraniano
Ihor Kolomoysky nas vésperas das eleições:
Pelo meu prognóstico o Empregado/Servidor do Povo irá eleger 115-125 deputados pela listas partidárias, outros 40-70 deputados elegerá pelos circuitos uninominais (são 199 mandatos). Para a maioria faltarão cerca de 50 votos.
Pelo meu prognóstico o Empregado/Servidor do Povo irá eleger 115-125 deputados pela listas partidárias, outros 40-70 deputados elegerá pelos circuitos uninominais (são 199 mandatos). Para a maioria faltarão cerca de 50 votos.
Significa
que terá que formar a coligação/coalizão. Não se pode fazer coligação com
Poroshenko ou Plataforma de Oposição, então sobram Vakarchuk (Holos) e
Tymoshenko (Batkivshyna).
A
opção mais preferida é a coligação com Vakarchuk, mas Tymoshenko também é uma
boa possibilidade, se apresentará as exigências razoáveis aos postos
governamentais. Nem podemos descartar, de tudo, mesmo a Plataforma de Oposição,
se eles optarem pelo rebranding (fonte).
Bónus
II
Na
cidade de Lisboa votaram apenas 729 eleitores (dos cerca de 50.000 ucranianos residentes em Portugal); em Roma
também votaram menos de 1.000 eleitores dos 8.009 lá registados. Na
Austrália votaram apenas 4%
dos 1.541 eleitores registados.
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