sexta-feira, novembro 09, 2018

Contrato polaco de GNL/LNG: rumo à independência energética

As empresas energéticas, polaca/polonesa PGNiG e americana Cheniere Marketing International, assinaram o contrato com a duração de 24 anos de fornecimento do gás americano GNL/LNG. Imprensa polaca escreve que o preço será em cerca de 30% mais baixo do que o atual gás russo.

As entregas começarão já em 2019 e até 2022 terão o nível insignificante – de 2019 à 2022, será fornecido apenas 0,52 milhão de toneladas de GNL/LNG, equivalentes ao 0,7 bilhão de metros cúbicos de gás natural, após a sua regaseificação.

Mas em 2022, o PGNiG terminará o seu contrato de fornecimento de longo prazo com a russa Gazprom Export, cuja continuação está pendente. De 2023 à 2042 a PGNiG pretende receber da Cheniere 1,45 milhão de toneladas de GNL/LNG por ano (1,95 bilhão de metros cúbicos de gás natural após a regaseificação). As entregas serão feitas nos termos DES/FOB no Terminal polaca/polonesa de Swinoujscie.

Anteriormente, a PGNiG assinou um contrato de fornecimento de 2 milhões de toneladas de GNL/LNG por ano (2,7 bilhões de metros cúbicos) com a Venture Global LNG, válido por 20 anos, com o início das entregas em 2022 em termos DES/FOB.

Em 2017, a Polónia importou 15,7 bilhões de metros cúbicos de gás: 10,32 bilhões de m³ da Rússia; 3,57 bilhões de m³ da Alemanha e 1,54 bilhão de m³ do Qatar.

Assim, desde ano 2022 (o fim do contrato com a Gazprom), o monopolista polaco/polonês já possui os contratos assegurados de 4,65 bilhões de m³ de GNL/LNG americano por ano – cerca de metade do volume de fornecimento de gás da Rússia em 2017.

Blogueiro: como é natural neste tipo de acordos, assinando os contratos com as empresas americanas, Polónia assegura fortemente não apenas a sua independência energética, mas também a segurança nacional. Polónia convida os EUA para abrir uma base militar no seu território, concordando em suportar os custos da construção e de apetrechamento da base. A segurança nacional nunca é cara demais. Os polacos/poloneses possuem a forte memória nacional em que derrotando os bolcheviques em 1921, eles sucumbiram ao avanço do pacto nazi-soviétio em 1939. E naturalmente não querem repetir os mesmos erros.

Ucrânia, também naturalmente poderá comprar o mesmo gás americano, possivelmente assinando os contratos de fornecimento com a PGNiG, “matando dois coelhos de uma cajadada”. Garantindo a sua independência energética e a segurança nacional, fazendo bons negócios com os EUA e com a vizinha Polónia, podendo, dessa forma, controlar as fantasias imperiais polacas da «Polska od morza do morza».

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