No
dia 16 junho de 2016, o jornalista russo Igor Korneliuk, fez a sua última
reportagem da Ucrânia ocupada (à onde entrou ilegalmente), em que um terrorista encapuçado afirmava,
nomeadamente: “na aldeia de Schastia agora está à decorrer a “limpeza” maciça. São
aniquilados os civis, mulheres e crianças são assassinadas à facada, todos, os
adolescentes de 16 até 50 anos (Sic!) – são assassinados à facada, todos completamente”.
O
jornalista não apresenta nenhuma prova à sua calúnia (nem às diversas outras),
o terrorista encapuçado fala em nome de uma “mulher vizinha de um dos seus companheiros”.
Mas já não fazia a diferença, os russos acreditaram, ferveram e foram ao Donbas
defender os “meninos de cuequinhas” dos “ucranianos fascistas”. Quantos russos morreram
graças ao Korneliuk e Cº, e quantos ucranianos eles mataram?..
https://www.youtube.com/watch?v=F5czizar4VI
No
dia seguinte, em 17 de junho, uma punição justa visou o propagandista putleriano
– ele bateu as botas em resultado de fogo de morteiro durante as suas filmagens.
Que a terra fica em fibra de vidro quer à ele, quer à todos os outros
propagandistas russos que criaram essa guerra. Não devem sonhar em escapar uma punição
justa, escreve o blogueiro ucraniano ibigdan.
Gazavat
checheno vs bandidos do Yeltsin
O
propagandista russo, Maksim Shevchenko,
surpreendeu, há dias, todo o mundo, falando sobre o recente batismo de uma
ponte em São Petersburgo em nome de Akhmad Kadyrov. A
jornalista pergunta como fica neste caso o facto de Kadyrov [autor da célebre frase: “os
russos são muito mais numerosos do que os chechenos, portanto, todos o checheno
teria que matar 150 russos”], ser responsável pela morte dos militares russos. Sem
vacilar, o propagandista responde: nos anos 1990 não havia militares russos na
Chechénia, apenas “os bandidos do Yeltsin”. E acrescente que “quando Akhmad Kadyrov
declarou gazavat [gazi] ao poder do Yeltsin ele agia em interesse da federação russa”.
https://www.youtube.com/watch?v=jJirVZOYvkU
Ou
seja, se as coisas atuais correrem mal à Rússia, já depois de amanha haverá
algum maksimshevchenko que calmamente
dirá a sua justiça: “na Ucrânia nunca houve os militares russos, apenas os
bandidos do Putin. O presidente Petró Poroshenko, quando declarou a Operação
Antiterrorista agiu em interesse da federação russa”. A sentença será publicada
no sputnik.info e os adoradores da Rússia vão a repetir nas redes sociais com toda
a convicção: “Putin é um traidor que queria mal à mãe – Rússia e o presidente
Poroshenko fez muito bem em combater estes bandidos putinescos”...
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