quinta-feira, março 05, 2015

Militares americanos esperados hoje na Ucrânia

Polígono de Yavoriv (região de Lviv, 2014), foto@ Esp. Joshua Leonard
O Exército dos EUA está se preparando para enviar para já cerca de 300 militares para treinar as forças ucranianas no oeste da Ucrânia, de acordo com documentos publicados em um site de contratos governamentais.

por: Paul Mc Leary, twitter: paulmcleary

A solicitação postada no final de fevereiro de 2015 diz que o governo dos EUA está à procura de um fornecedor de serviços para providenciar sete autocarros de 50 passageiros a partir de 5 de março à 31 de outubro com a finalidade de transportar até 300 militares norte-americanos do aeroporto internacional de Lviv para o Centro Internacional da Manutenção da Paz e da Segurança no campo de treino de Yavoriv, no extremo oeste da Ucrânia.

Não é nenhum segredo do que um contingente limitado das forças dos EUA e do Reino Unido têm planeado viajar nesta primavera ao Yavoriv para começar a treinar as forças ucranianas para a sua luta contra os separatistas pró-russos na parte oriental do país. Mas autoridades eram vagos quanto às datas e os números.

A solicitação também afirma que “o Exército dos EUA e da Ucrânia deve realizar uma missão de treino conjunto no Centro Internacional da Manutenção da Paz e da Segurança (IPSC), perto de Lviv, na Ucrânia, entre aproximadamente 5 de março à 31 de outubro de 2015”.

O Exército (americano) irá girar o contingente de 300 militares permanentemente, parecendo que os meses de março, maio, julho, agosto e outubro sejam as datas de saída de cada grupo.

O plano de treinar quatro companhias da Guarda Nacional da Ucrânia faz parte de uma iniciativa do Departamento de Estado dos EUA “para ajudar a Ucrânia à reforçar a capacidade de aplicação da lei e da ordem, realizar defesa interna e manter a regra da lei”, disse este ano a porta-voz do Pentágono, a tenente-coronel Vanessa Hillman, na entrevista ao Defense News.

O financiamento da iniciativa é proveniente do Fundo autorizado pelo Congresso, “Global Security Contingency Fund” (GSCF), que foi solicitado pela administração Obama no orçamento fiscal de 2015, para ajudar a treinar e equipar as forças armadas de aliados ao redor do globo. Os Estados Unidos já destinaram o valor de 19 milhões de dólares para ajudar à construir a Guarda Nacional da Ucrânia.

Nesta terça-feira o chefe do Estado-maior, general Martin Dempsey, disse ao Comité das Forças Armadas do Senado que acredita que os EUA “devem considerar absolutamente à fornecer a ajuda letal” à Ucrânia, se os separatistas apoiados por Moscovo continuarem à fazer ganhos e ocuparem o território (da Ucrânia).

Ler o artigo original: “US Soldiers Readying for Ukraine Deployment”:

Blogueiro

Como já escrevemos antes, muita boa gente acredita que Ucrânia foi atacada por receio russo de ter as bases da NATO nas suas fronteiras. Por este andar, após a criação das bases americanas permanentes na Estónia e Lituânia, (como anteriormente na Geórgia), e agora a sua presença na Ucrânia, só falta perguntar: quem ganhou com a invasão russa? E será que Rússia está hoje mais segura ou mais insegura em resultado das decisões belicistas da sua classe política reinante?

Polónia exige a libertação do Oleg Sentsov

A Academia do Cinema da Polónia organizou uma ação pública com exigência da libertação do cineasta ucraniano Oleg Sentsov, preso ilegalmente pelo FSB na Crimeia, suspeito injustamente de “planear os actos terroristas”. A verdadeira e única culpa do cineasta ucraniano reside no facto de, numa Crimeia ocupada pela federação russa, continuar à ser um patriota ucraniano e se recusar à mudar da nacionalidade, ficando fiel à Ucrânia.

"Somos Oleg Sentsov"

Tal como Nadia Savchenko, Oleg Sentsov é considerado na Ucrânia como o prisioneiro da guerra.

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