Será que é possível num país em guerra continuar à ser pacifista? E se você
é uma mulher, protetora do lar, a mãe? A correspondente da revista ucraniana Focus visitou uma base do exército
ucraniano, onde estava à decorrer a preparação militar das mulheres.
As bravas do coração
No polígono Velikopolovetsky, nos arredores de Kyiv, as mulheres se dedicam
aos treinos militares. As soldadas são ensinadas à manejar e usar pistola “Makarov”
e espingarda de assalto “Kalashnikov”. O estado civil, a idade, a profissão não
importam. A única coisa que realmente importa é o desejo de defender a sua
Pátria.
Texto@ Tetiana Selezneva; foto@ Oleksandr Chekmenev
«A guerra decorre na Ucrânia, mas a preparação militar da população civil
não ocorre ao nível estatal. Por isso, as pessoas se reúnem e começaram aprender
sozinhas. A falta da preparação é o primeiro passo dado para a derrota», –
explica Olena Biletska, na primeira foto, a
líder da organização Varta Feminina
Ucraniana (varta em ucraniano significa patrulha, guarda).
Os depoimentos das voluntárias
Larysa Musienko, 40 anos, empresária:
Sou mãe de três crianças. Quero adquirir os conhecimentos do manuseio prático
de armas, para estar psicologicamente preparada ao cenário mais pessimista dos acontecimentos.
Lesya Bekh, 34 anos, cabeleireira:
Tenho duas filhas, quero aprender à defende-las. Lá, no leste, estão os
nossos rapazes. E se, de repente, teremos que os ajudar e pegar em armas?! Por
vezes já não me sinto a satisfação moral apenas por lhes mandar as encomendas e
os alimentos. Deseja-se mais. É impossível apenas esperar, receber os nossos
que voltam do cativeiro terrorista, é impossível ficar chateada por causa de
toda essa situação, as mortes e a dor. Agora, estou com as armas por causa do
meu amor pela Ucrânia, o país é como uma égua indomável— linda, forte e livre. Ninguém
tem a permissão de matar ou pisar a minha terra.
Aliona Mileshenko, 32 anos, filólogo:
Sempre tive queda para às armas e ferro, já muito tempo queria praticar o
tiro. Penso que agora todos na Ucrânia devem saber fazer isso, homens ou
mulheres, não importa. Pois o dever de cada um é defender a sua mãe, pai, os
filhos, a sua terra.
Olena Hontaruk, 31 anos, financeira, especialista em contabilidade
internacional:
Nunca me interessei pelas armas, mas os acontecimentos correntes obrigaram
à pensar: o que farei eu, se a guerra chegará até a minha casa? É óbvio, que ou
terei que ir embora ou poderei defender aquilo que amo. Eu decidi que não me vou
embora...
Olena Biletska, 32 anos, advogada, a líder da organização social Varta Feminina Ucraniana:
Quando começou a guerra, nasceu o desejo de defender o país, derrotar o
inimigo. Entendo que há menos homens na Ucrânia do que as mulheres e mais tarde
ou mais cedo as mulheres terão que pegar em armas. Ainda mais que a mulher é mãe,
defensora do lar, ela deve saber como defender a sua criança, família, saber
apoiar o seu homem. Peguei as armas já faz tempo, isso ma ajuda à não ter medo,
manter a responsabilidade, controlar as emoções. É precisa aprender à se defender! O próprio saber é uma arma.
Fonte e fotos:
As ucranianas na guerra do leste
Por vezes, parece que as mulheres são as que mais sofrem com as guerras.
Pois elas têm que esperar, sepultar os mortos, cuidar e tratar dos feridos, e
.. também combater. Diversas ucranianas surpreenderam-nos com a sua coragem e a
vontade inquebrável. A reportagem da Kateryna Zinov’eva do canal ICTV.ua é dedicada à todas elas (Faktyweek).
https://www.youtube.com/watch?v=kYezQMYj0oU
1 comentário:
https://br.noticias.yahoo.com/brasil-r%C3%BAssia-rejeitam-pacote-ajuda-fmi-%C3%A0-ucr%C3%A2nia-205649235--business.html
O Brasil e a Russia rejeitaram o pacote de ajuda a Ucrania no conselho do FMI. Bem, quando se ve "brasil", entenda ai, por favor, o atual partido que nos governa. Essa decisao nao representa o povo brasileiro, mas o governo filocomunita que temos e que, em breve, eu espero, caira como caiu aquela tirania submissa a Russia em Kiev - pelo apoio popular.
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