A Espanha deteve oito cidadãos seus por pertencerem aos bandos separatistas que aterrorizam
o leste da Ucrânia. O estado espanhol os acusa de participação nos delitos de
assassinato, porte ilegal de armas e explosivos e actos contra os interesses nacionais
da Espanha. É a parte visível da “Operação Danko”.
por: Jorge A. Rodríguez, Madrid, 27.02.2015
O Comissariado-geral de Informação do Corpo Nacional de Polícia prendeu oito
cidadãos espanhóis, que faziam parte dos bandos armados pró-russos na guerra de
Ucrânia. As detenções ocorreram em Astúrias, Catalunha, Estremadura, Múrcia,
Navarra e Madrid. Três dos detidos são ex-militares espanhóis com experiência em
uso de armas de guerra, sobre um outro existe a total certeza de que estava
envolvido nas operações militares, segundo as fontes de serviços anti-terroristas.
As idades dos detidos na chamada “Operación Danko” variam entre os 20 e os 30 anos.
Fontes policiais dizem que todos os detidos foram liberados na pendência do
juiz convocado para prestar depoimento.
Héctor Arroyo Payero, onde estão os donos do apartamento? Estarão vivos? |
Os oito detidos pertencem às diversas formações comunistas e haviam
recebido apoio de uma espécie da rede europeia pró-russa. A operação foi
acelerada após o retorno de três deles ao longo do mês de fevereiro; o último
voltou à Espanha nas vésperas da sua detenção. Os detidos, que de acordo com os
relatos do Ministério do Interior viajaram em 2014 para combater nas regiões
ucranianas de Luhansk e Donetsk, agora são acusados de participação em crimes
de homicídio, posse de armas e explosivos e actos contra os interesses nacionais
da Espanha.
A identificação dos detidos foi facilitada pela sua tendência (narcisista)
de serem fotografados com equipamento militar (espingardas de assalto, artefactos e
dispositivos explosivos), colocando estas fotos nas redes sociais. As fontes
policiais indicam que um outro grupo de jovens espanhóis, igualmente com
tendências pró-russas e vinculados aos movimentos comunistas, estava se
preparando para viajar à Ucrânia.
A nota divulgada pelo Ministério do Interior da Espanha informa: “Durante a
sua estadia no território ucraniano, além da alegada participação nos crimes ou
na cumplicidade nos assassinatos e homicídios perpetrados por grupos e
batalhões aos quais se juntaram, se adicione a posse e depósito de armas e
explosivos, os actos que tenham igualmente divulgados através das redes sociais
e com o impacto em atrair e recrutar futuros combatentes”.
O terrorista Andrés Ram Sal |
As fontes dizem que os agora detidos estão inseridos na ramificação
internacional com os filiais na Alemanha, Itália e França, entre outros países.
Dos terroristas que viajaram à Ucrânia, alguns fizeram isso através dos ditos “comités
de apoio à Ucrânia anti-fascista”. Astúrias é a região espanhola mais envolvida
no apoio aos terroristas pró-russos na Ucrânia.
Fonte:
Versão curta em inglês:
A ideologia dos terroristas espanhóis
Sintonizando a “salada russa” na cabeça dos jovens, é possível identificar
alguns pontos de doutrinação neo-comunista que os levaram à cometer os crimes
de sangue na Ucrânia.
Os terroristas não reconhecem a Revolução de Dignidade (Maydan); acham-se “anti-fascistas”
(embora odeiam os ucranianos como uma entidade abstrata e principalmente “anti-russa”);
crêem na luta de classes (acreditam que nos territórios temporariamente
ocupados de Donetsk e Luhansk “não há lugar para a oligarquia parasitária”) e finalmente
consideram-se “anti-imperialistas” (são contra o alegado neo-colonialismo
Ocidental (EUA e UE) e são à favor do colonialismo russo em relação aos países
da Europa Oriental).
A mesma mixórdia ideológica faz com que, por exemplo, Adria Irigoyen
Bretones (catalão natural de Sant Andreu e esquerdista, na foto à direita), pousou na foto
conjunta com um militante russo do grupo neo-nazi Unidade Nacional Russa (RNE). Andria foi alvo
das duras críticas dos camaradas esquerdistas, optando por censurar a sua face
na foto.
Os perigos do terrorismo pró-russo
Analisando os perfis dos terroristas espanhóis, assim como os seus
seguidores, é possível constatar que eles não diferem muito dos militantes europeus
do Estado Islâmico. São europeus pobres, pouco instruídos e pouco cultos,
militantes nos grupos marginais da extrema-esquerda, que se radicalizaram à
ponto de irem combater na Ucrânia. Provavelmente alguns dos seus colegas,
conhecidos ou vizinhos se radicalizaram na base de islamismo extremista e partiram
para a mesma viagem de terror e assassinatos, mas no Iraque ou na Síria.
A mistura do misticismo bacoco pró-russo, estalinismo (ou seus variantes) e
ódio aberto contra os valores da Europa, contra a civilização ocidental e
contra Ucrânia e ucranianos, torna essa gente bastante perigosa. Aprendendo e
gostando matar os ucranianos na Ucrânia, o que poderão fazer eles nos seus respetivos
países, principalmente no ambiente da crise, inseridos nos grupos e organizações
intolerantes que dificilmente chegarão ao poder por via pacífica?..
Os terroristas espanhóis à solta
À espera da detenção e da acusação
estão três outros integrantes do mesmo grupo de terroristas: Alexis Castillo Idodeai, Ángel Arribas Mateo, Brian Rodriguez Perez, este último que tem a simpática alcunha de Panzer e
gosta das cruzes celtas.
Alexis Castillo Idodeai no aeroporto de Donetsk |
Brian Rodriguez, o Panzer com o slogan hitleriano na fivela do seu AK... |
O que fazer?
Os nossos leitores que possuem o tempo e vontade de ajudar à conter a
ameaça terrorista, devem reportar todas as atividades terroristas aos
respetivos serviços de inteligência, no caso do Brasil é o ABIN.
1 comentário:
Atualização: Alexis Castillo foi liquidado em outubro de 2022. Já foi esquecido e ninguém se importa com a família dele.
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