quarta-feira, janeiro 02, 2013

Heróis não morrem: Stepan Bandera


No dia 1 de janeiro de 1909, nasceu Stepan Bandera (1909 – 1959), um dos proeminentes nacionalistas ucranianos, líder da Organização dos Nacionalistas Ucranianos (OUN), assassinado pelo agente do KGB na cidade de Munique na Alemanha Federal.

Figura que até hoje suscita amor e ódios supremos, Bandera era uma figura complexa, colocada pela história no topo da luta ucraniana pela sua independência política nos anos 1930-1960.

Stepan Bandera na carta aos amigos, escrita por volta de 1950 e trazida à Ucrânia pelos mensageiros da resistência ucraniana:

Devo Vós dizer honestamente que me muito difícil. Me oprime indizivelmente que o meu nome está associado aos mais altos valores da nossa luta, comprados com trabalho, grandes sacrifícios e sangue dos Melhores Amigos. Sinto-me indigno de servir de foco simbólico dos valores do movimento de libertação da Ucrânia. Sob este peso moral, a pessoa fraca, que vê o quão pouco ela própria fez para o patrimônio comum, qual é a diferença infinita entre a sua própria contribuição, sua própria capacidade e seu próprio valor e aquilo que deve representar e liderar. Representação – este não é a minha obra, não tenho para isso nenhuma disposição e me sinto mal nesse papel. O conteúdo da minha vida, até agora tem sido a luta, e assim deve continuar. Eu não posso representar a luta, quando não participo nela. Não tenho jeito para o papel do representante “por trás do vidro”.

O historiador ucraniano Volodymyr Viatrovych, que publicou esta carta numa rede social explica: “creio que essa separação da luta, no momento do seu desenvolvimento mais alto, foi a maior tragédia pessoal do Bandera”.

O jornalista ucraniano Yuri Lukanov foi o autor do filme documental “Três amores do Stepan Bandera”, que apresenta crónica única da sua vida, além da cerimónia do seu enterro em Munique. A película foi filmada em Munique, Londres e Ucrânia Ocidental.

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E como já é tradicional, o aniversário do Bandera foi assinalado pelas marchas em Kyiv e em mais 7 cidades ucranianas: Lviv, Zaporizhia, Poltava, Kirovohrad, Melitopol, Luhansk e Ternopil. As FOTOS e vídeo são da autoria da jornalista ucraniana Olena Bilozerska:


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3 comentários:

Jest nas Wielu disse...

Estimado, Maurício,

sobre qual nacionalismo estas tu a falar, se o seu chauvinismo não o deixa dizer 1 só palavra boa para com os ucranianos, não te permite desejar nos o Natal Feliz, não te permite vez a amizade entre as nossas nações, nem te permite ver o pepel dos ucranianos na batalha da Varsóvia ou na luta de Solidariedade. O slogan "Pela vossa e nossa liberdade" é uma letra morta nessa sua cabecinha...

Desejo um Ano Novo cheio de prosperidade para si e para a sua família, prometo em breve publicar um artigo sobre o campo de concentração de Jaworzno, onde ucranianos e polacos sofriam na pela o chauvinismo anti-ucraniano da Polônia comunista...

Jest nas Wielu disse...

Maurício,

Afirmar não basta, deves respeitar e entender a escolha histórica ucraniana pela OUN-UPA, tal como eu respeito a escolha polaca pela AK ou Roman Dmowski.

Se queres conferir o fascismo e racismo do Dmowski, fique à vontade: amigo e admirador do Mussolini, Dmowski defendia a criação de estado polaco uni-nacional e a polonização forçada das minorias étnicas, antissemita e social-darwinista, Dmowski chamava sionismo de “cloaca”, acusava os judeus de serem “os inimigos mais perigosos da Polônia” e advogava a emigração de toda a população judaica fora da Polônia, como a maneira de resolver o “problema judaico”.

Conheço as opiniões do Timothy Snyder, VO Svoboda não é mais nacionalista do que a direita polaca. E já agora, leia sobre Żydowski kureń Ukraińskiej Armii Halickiej e me diz o que foi feito com o seu comandante, Solomon Leinberg. Contribua para preservar a sua memória (financeiramente, divulgando a informação, etc): http://www.jewishheritage.org.ua/en/2096/project-fundraising.html

Jest nas Wielu disse...

Enfim, a ação civilizadora dos nobres e generosos polacos cultos que em vão tentaram educar e “civilizar” os ucranianos “incultos”, tudo em vão e sem nenhum agradecimento… E ainda não devo falar sobre AK, nem os comparar com OUN-UPA, pois AK lutou pela Polônia livre (e exterminava os ucranianos pelo facto de serem ucranianos) e UPA lutou pela Ucrânia livre, que obviamente não é a mesma coisa. Bonito é, principalmente quando usa os maiúsculos para AK e minúsculos para UPA, fica mesmo-mesmo um sinal de ponderação histórica. Lol lol