No dia 1 de janeiro de
1909, nasceu Stepan Bandera
(1909 – 1959), um dos proeminentes nacionalistas ucranianos, líder da
Organização dos Nacionalistas Ucranianos (OUN), assassinado pelo agente do KGB na
cidade de Munique na Alemanha Federal.
Figura que até hoje
suscita amor e ódios supremos, Bandera era uma figura complexa, colocada pela
história no topo da luta ucraniana pela sua independência política nos anos
1930-1960.
Stepan Bandera na carta
aos amigos, escrita por volta de 1950 e trazida à Ucrânia pelos mensageiros da resistência
ucraniana:
“Devo Vós dizer
honestamente que me muito difícil. Me oprime indizivelmente que o meu nome está
associado aos mais altos valores da nossa luta, comprados com trabalho, grandes
sacrifícios e sangue dos Melhores Amigos. Sinto-me indigno de servir de foco
simbólico dos valores do movimento de libertação da Ucrânia. Sob este peso
moral, a pessoa fraca, que vê o quão pouco ela própria fez para o patrimônio
comum, qual é a diferença infinita entre a sua própria contribuição, sua própria
capacidade e seu próprio valor e aquilo que deve representar e liderar. Representação
– este não é a minha obra, não tenho para isso nenhuma disposição e me sinto
mal nesse papel. O conteúdo da minha vida, até agora tem sido a luta, e assim deve
continuar. Eu não posso representar a luta, quando não participo nela. Não tenho
jeito para o papel do representante “por trás do vidro”.
O historiador ucraniano
Volodymyr
Viatrovych, que publicou esta carta numa rede social explica: “creio que
essa separação da luta, no momento do seu desenvolvimento mais alto, foi a
maior tragédia pessoal do Bandera”.
O jornalista ucraniano
Yuri Lukanov foi o autor do filme documental “Três amores do Stepan Bandera”,
que apresenta crónica única da sua vida, além da cerimónia do seu enterro em Munique.
A película foi filmada em Munique, Londres e Ucrânia Ocidental.
Ver no YouTube:
E como já é
tradicional, o aniversário do Bandera foi assinalado pelas marchas em Kyiv e em
mais 7 cidades ucranianas: Lviv, Zaporizhia, Poltava, Kirovohrad, Melitopol,
Luhansk e Ternopil. As FOTOS e
vídeo são da autoria da jornalista ucraniana Olena Bilozerska:
Mais fotos:
3 comentários:
Estimado, Maurício,
sobre qual nacionalismo estas tu a falar, se o seu chauvinismo não o deixa dizer 1 só palavra boa para com os ucranianos, não te permite desejar nos o Natal Feliz, não te permite vez a amizade entre as nossas nações, nem te permite ver o pepel dos ucranianos na batalha da Varsóvia ou na luta de Solidariedade. O slogan "Pela vossa e nossa liberdade" é uma letra morta nessa sua cabecinha...
Desejo um Ano Novo cheio de prosperidade para si e para a sua família, prometo em breve publicar um artigo sobre o campo de concentração de Jaworzno, onde ucranianos e polacos sofriam na pela o chauvinismo anti-ucraniano da Polônia comunista...
Maurício,
Afirmar não basta, deves respeitar e entender a escolha histórica ucraniana pela OUN-UPA, tal como eu respeito a escolha polaca pela AK ou Roman Dmowski.
Se queres conferir o fascismo e racismo do Dmowski, fique à vontade: amigo e admirador do Mussolini, Dmowski defendia a criação de estado polaco uni-nacional e a polonização forçada das minorias étnicas, antissemita e social-darwinista, Dmowski chamava sionismo de “cloaca”, acusava os judeus de serem “os inimigos mais perigosos da Polônia” e advogava a emigração de toda a população judaica fora da Polônia, como a maneira de resolver o “problema judaico”.
Conheço as opiniões do Timothy Snyder, VO Svoboda não é mais nacionalista do que a direita polaca. E já agora, leia sobre Żydowski kureń Ukraińskiej Armii Halickiej e me diz o que foi feito com o seu comandante, Solomon Leinberg. Contribua para preservar a sua memória (financeiramente, divulgando a informação, etc): http://www.jewishheritage.org.ua/en/2096/project-fundraising.html
Enfim, a ação civilizadora dos nobres e generosos polacos cultos que em vão tentaram educar e “civilizar” os ucranianos “incultos”, tudo em vão e sem nenhum agradecimento… E ainda não devo falar sobre AK, nem os comparar com OUN-UPA, pois AK lutou pela Polônia livre (e exterminava os ucranianos pelo facto de serem ucranianos) e UPA lutou pela Ucrânia livre, que obviamente não é a mesma coisa. Bonito é, principalmente quando usa os maiúsculos para AK e minúsculos para UPA, fica mesmo-mesmo um sinal de ponderação histórica. Lol lol
Enviar um comentário