A nova ópera “Holodomor
(Terra vermelha. Fome)” /
(Red Earth. Hunger)” do Virko Baley, fará a sua estreia em Nova Iorque nos EUA,
em 5 de fevereiro de 2013.
O compositor-residente
da Universidade de Nevada em Las Vegas (UNLV), Virko Baley, fez a antestreia da sua
nova ópera em inglês e gratuitamente no espaço “Doc Rando Recital Hall” do
centro musical “Beam Music Center”. A ópera fará a sua estreia oficial em Nova Iorque em
5 de fevereiro de 2013.
Além do tenor John
Duykers e soprano Laura Bohn, a ópera conta com outros seis cantores. Tal como
título sugere, “Holodomor” se foca na Grande Fome de 1932-33 na Ucrânia
Soviética, perpetuado pelas políticas de coletivização de Estaline, que
pretendia substituir as propriedades rurais privadas pelas coletividades
controladas pelo estado (kolkhozes).
Milhões de ucranianos
morreram durante Holodomor, algo “não muito conhecido pelo público”, explica Duykers.
“Conhecemos o Holocausto; sabemos algo sobre os arménios”…diz ele, “mas não
sabemos muito sobre os ucranianos”.
O próprio Virko Baley
nasceu na Ucrânia em 1938, por isso não passou pela experiência terrível
pessoalmente. Idealizou a ópera durante quase três décadas, embora usou uma
parte do material em sua 2ª sinfonia e no trabalho clássico “Dreamtime”. As
partes da ópera já foram mostradas na sede da ONU.
Na forma corrente, com
libreto da autoria do Bohdan Boychuk, ópera “Holodomor” se foca no
relacionamento entre três estranhos à sofrerem de fome, cujos destinos se
cruzam no meio do Holodomor: mulher, criança e um homem revoltado.
Apesar da situação, a
mulher, representada pela Laura Bohn, continua ver a “bondade na humanidade”,
explica a cantora. “Sinto me sortuda como artista por apenas representar estas situações
e não viver nelas”. A personagem do John
Duykers primeiro “trabalhou para o governo, sendo responsável por uma parte das
situações que se passaram”, explica o tenor, mas depois ele perde as suas
ilusões e “decide fazer parte dos oprimidos”.
O pai do Baley passou
uma parte da II G.M. no campo de concentração nazi de Auschwitz, ele próprio,
na companhia da mãe, tios e avô trabalhou numa fazenda na Eslováquia, emigrando
aos EUA em 1949.
Musicalmente,
“Holodomor” reflete vários estilos musicais, é uma mistura harmoniosa e contemporânea,
assegura o compositor. Além disso, ópera usa os elementos da multimédia, tais
como slides, pinturas, filmes e sons. Ambos, Duykers e Bohn,
manifestaram o seu interesse em representar futuramente a versão completa do “Holodomor”.
Apesar da ópera se
dedicar ao um assunto difícil, Baley explica que a sua intenção não é de “deprimir
ou apenas usar horror pelo horror”. Ópera é pensada para mostrar a “capacidade
do espírito humano”, mas por vezes “é como procurar uma moeda de ouro no
esterco, você vai ter que sujar as mãos”, finaliza o realizador.
Fonte:
Bónus
Em 2009, a companhia
teatral britânica, “British Royal Shakespeare Company”, já dedicou ao tema do
Holodomor o seu espetáculo The grain
store (Armazém de trigo), assinado pelo realizador Michael Boyd e baseado
na peça teatral da ucraniana Natalia Vorozhbit, escreve Newsru.ua
1 comentário:
цікаво було б побачити відео вистави, втім, це дуже добре, шо тема голодомору українців не забута світовою спільнотою.
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