terça-feira, outubro 15, 2024

O oficial que abateu o primeiro Ka-52 russo no início da guerra

Nas primeiras horas da invasão os helicópteros russos se dirigiram à Kyiv, cruzando a barragem de Kyiv e tentando ocupar o aeródromo de Hostomel. A unidade da NGU «Rubizh» que protegia Hostomel conseguiu abater seis helicópteros russos.

O 1º tenente Serhiy Falatyuk era o comandante do pelotão de mísseis antiaéreos no início da invasão russa em grande escala na Ucrânia. A 24 de fevereiro, a sua unidade da Guarda Nacional da Ucrânia (NGU) «Rubizh» recebeu as ordens para cobrir a aviação ucraniana a partir do solo. No entanto, a dada altura, a unidade de Serhiy apercebeu-se do movimento de um grupo de helicópteros de ataque russos Ka-52 na sua direção.

Sem hesitar, ordenou à sua unidade que abrisse fogo e destruísse os helicópteros russos. Serhiy Falatyuk destruiu pessoalmente o primeiro Ka-52 russo. Nesse dia eles conseguiram abater seis helicópteros russos.

Ramstein – um passo mais perto de um fim justo para a guerra na Ucrânia

Ucrânia demonstra mais uma vez a sua capacidade de utilizar eficazmente o potencial militar em território russo. Recentemente os drones ucranianos atacaram um depósito de petróleo de Feodosia na Crimeia ocupada.

O depósito de Feodosia, localizado perto da aldeia de Berehove, é o maior em termos de transbordo de produtos petrolíferos na Crimeia ocupada, com uma capacidade acumulada de volume de tanques de armazenamento de 250 mil metros cúbicos. Este não é o primeiro ataque a esta instalação: em março de 2024, os drones já danificaram o gasoduto principal desta base, bem como em novembro e dezembro do ano passado. Por causa do último ataque, incêndio maciço, ruas bloqueadas, foi declarado o estado de emergência.

Estas ações mostram que a Ucrânia não só se mantém à tona, como também desenvolve ativamente as suas capacidades militares graças à cooperação com parceiros. Por exemplo, a alemã Rheinmetall anunciou recentemente a construção de várias novas fábricas na Ucrânia. Entre eles está uma fábrica de munições para projécteis de artilharia, veículos blindados e sistemas de defesa aérea. Está ainda prevista a criação de instalações para reparação e montagem de veículos blindados e produção de cargas de pólvora. Outro passo importante é um memorando de entendimento entre a Ucrânia e a Dinamarca, segundo o qual serão atribuídos 600 milhões de euros para o desenvolvimento da indústria de defesa da Ucrânia. Estes fundos serão utilizados para aumentar a produção de drones de combate, mísseis e sistemas antitanque. Além disso, a Holanda forneceu recentemente à Ucrânia F-16 e espera-se que outros 24 caças sejam entregues nos próximos meses. De referir que os Países Baixos atribuíram 400 milhões de euros ao desenvolvimento de drones modernos em conjunto com a Ucrânia.

Os países ocidentais vêem os sucessos da Ucrânia e continuam a prestar apoio financeiro e militar, incluindo sistemas de armas avançados e formação militar. Mas, apesar disso, continua a ser insuficiente. A vitória exige mais armas, sistemas de defesa aérea, mais fundos para reforçar as capacidades de defesa, bem como armas mais modernas, incluindo tanques, veículos de combate e sistemas de mísseis de longo alcance. É também fundamental garantir soluções logísticas sustentáveis, de forma a manter um elevado nível de prontidão de combate das forças ucranianas nas linhas da frente.

Em novembro de 2024, terá lugar a histórica 25ª reunião no formato Ramstein, e pela primeira vez a nível de chefes de Estado sob a liderança do presidente dos EUA, Joe Biden. O Presidente ucraniano, Volodymyr Zelenskyy, apresentará o Plano de Vitória – um documento que propõe um fim justo para a guerra e a restauração total da integridade territorial da Ucrânia. Este plano merece o seu apoio incondicional, uma vez que não existe outro caminho para uma paz duradoura.

Em contraste, o “plano de paz” chinês visa mais melhorar a imagem internacional da China e combater as críticas ocidentais. Não aborda as questões principais, como levar o agressor à justiça e a devolução dos territórios ocupados, e, na verdade, serve como ferramenta para o ganho diplomático de Pequim. A China evita o envolvimento direto no conflito, mas continua a apoiar diplomaticamente a rússia. O seu interesse estratégico é manter a parceria com Moscovo e minimizar os riscos para a sua própria economia e de influência internacional.

É especialmente importante decidir sobre a concessão à Ucrânia de permissão para utilizar armas de longo alcance contra alvos militares no território da federação russa no próximo Ramstein. Países como os Estados Unidos, a Grã-Bretanha, a Alemanha, a França, a Itália e outros aliados devem dar um “sim” definitivo. Afinal de contas, a Ucrânia está a conter o agressor e a impedi-lo de expandir as suas ambições.

Por exemplo, a Polónia está cada vez mais consciente da ameaça representada pela federação russa. Varsóvia está a reforçar activamente a sua fronteira leste com a rússia e a Belarus como parte do programa Escudo Leste, em resposta ao perigo crescente. A construção de fortificações, a instalação de sistemas de vigilância, reconhecimento e contra-drones visam aumentar a capacidade de defesa do país e proteger contra potenciais ameaças, o que sublinha a atitude séria da Polónia em relação à segurança das suas fronteiras. O Vice-Ministro da Defesa, Cezary Tomczyk, observou que a construção das primeiras fortificações começaria este ano, em conjunto com os Estados Bálticos, bem como com as tropas britânicas e americanas, de forma a terminá-la até 2028.

Além de reforçar a fronteira, a Polónia também planeia aumentar o tamanho do seu exército para estar preparada para quaisquer possíveis ameaças. O foco está no aumento das capacidades defensivas e na garantia da segurança não só dos cidadãos polacos, mas também de toda a fronteira leste da NATO. A Polónia já aumentou as suas despesas com a defesa para 4% do PIB, uma das taxas mais elevadas entre os países da UE.

Só os esforços conjuntos dos parceiros contra a agressão russa são a forma mais eficaz de proteger não só a Ucrânia, mas todo o mundo livre. Não é uma opção reforçar a defesa separadamente, mas uma estratégia comum baseada em ações coordenadas, na troca de experiências e de recursos pode aumentar significativamente a eficácia das medidas de defesa. A Ucrânia está na linha da frente desta luta, protegendo a sua independência e dissuadindo o agressor de futuras ameaças à Europa. A reunião de Ramstein é uma excelente oportunidade para tomar decisões que permitam aproximar-se de uma paz justa, proporcionando à Ucrânia o apoio necessário.

segunda-feira, outubro 14, 2024

Israel detêm dois agentes iranianos – o casal de emigrantes russos

A secreta israelita «Shin Bet» divulgou os nomes de dois agentes iranianos detidos  o casal de emigrantes russos: Anna Bernstein, de 18 anos, e o marido Vladislav Victorsson, de 30 anos. O casal vivia na cidade de Ramat Gan e as suas tarefas vinham desde propagação dos incêndios, pulverização de graffiti e afixação de panfletos, até ao assassinato dos militares e oficiais israelitas de alto escalão, informa YnetNews 

Engraçado que o apelido supostamente “judeu” de Vladislav foi muito provavelmente fabricado na sede do GRU russo, por pessoas sem ideias claras da história dos nomes judeus. É de salientar, que três anos atrás, Vladislav fez uma publicação (que já foi apagada, mas as almas bondosas tiveram o cuidado de a documentar) sobre a sua detenção e tentativa de se defender das acusações de estupro/violação.

Segundo o relatório oficial, desde agosto de 2024 que Vladislav Victorsson comunicava em hebraico e por vezes em inglês nas redes sociais com uma pessoa sob a alcunha de “Mari Hossi” (a julgar pelo texto da acusação, a comunicação era realizada via Telegram). Seguindo as instruções desta pessoa, o suspeito fez grafitis e afixou panfletos (o relatório do procurador esclarece que se tratava de grafitis e panfletos contra o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu - por exemplo, «Bibi destruiu o estado de Israel», «Bibi = Hitler», «Bibi organizou o Holocausto dos reféns», «Bibi é mau para Israel»), escondeu dinheiro em locais específicos e até incendiou veículos na zona de Yarkon Park, em Telavive. 

Carros incendiados perto do Parque Yarkon, em Telavive, alegadamente a mando
de agentes iranianos, numa foto sem data. (Foto: Polícia de Israel)

Mais tarde, Vladislav foi encarregado de destruir as infraestruturas de comunicação e os ATM, bem como incendiar a floresta, informou a polícia. Algumas das tarefas descritas foram documentadas (foram tiradas fotografias e vídeos) e foram pagos mais de 5.000 dólares pela sua conclusão. Vlad recusou algumas tarefas, temendo pela sua saúde. De acordo com a investigação, Vladislav chegou a aceitar cumprir a tarefa de matar uma pessoa em Israel e lançar uma granada contra uma casa, e posteriormente os agentes iranianos envolveram-no na compra de armas, incluindo espingardas de precisão, pistolas e granadas para a realização de ataques terroristas. A acusação informa que ele próprio tentou fabricar um engenho explosivo.

Para cumprir as suas tarefas, Vladislav envolveu mais dois cidadãos, incluindo a sua esposa Anna Bernstein, de 18 anos, que participou em algumas tarefas, informou a polícia. Além disso, Vladislav foi instruído para encontrar assistentes adicionais que realizariam diversas tarefas, em particular, fotografar manifestantes durante ações de protesto (para o efeito ele procurava aliciar os desempregados, toxicodependentes e outras pessoas em situação sócio-económica precária).

O Ministério Público israelita esclarece: “Por cada graffiti que os arguidos pintaram em Petah Tikva e Ramat Gan, receberam 20 dólares – um total de cerca de 2.000 dólares. Total de 145 dólares em criptomoeda e um valor adicional de 2.850 dólares como adiantamento para atear fogo a veículos no futuro.»

De salientar que os arguidos sabiam que desempenhavam as tarefas de um agente estrangeiro inimigo e estavam envolvidos em atividades subversivas e terroristas contra Israel.

Outro assistente envolvido de Victorsson foi um tal de Moshe Lukov (também um emigrante russo), a quem disse que estava a realizar tarefas por dinheiro através do Telegram. Os agressores usaram Moshe como motorista. Mais tarde, Moshe recusou-se a participar nesta atividade, percebendo que os serviços especiais inimigos estavam por detrás das tarefas.

As “taxas” aumentaram gradualmente. A acusação refere que, no dia 22 de setembro de 2024, o agente ofereceu ao arguido que disparasse sobre outra pessoa que se encontrava “no quinto andar de um prédio em Telavive, por um total de 40 mil dólares”. Nesta fase, o agente iraniano afirmou que após o homicídio iria saldar as dívidas do arguido, organizando a sua saída de Israel, apesar da existência de uma ordem de restrição contra o arguido. Prometeu que Vladislav e Anna se encontrariam «com um agente na rússia que cuidaria deles para uma vida confortável num terceiro país». Nenhum homicídio foi cometido. Victorsson recusou-se a matar com uma pistola com silenciador e propôs matar à longa distância, utilizando uma espingarda com mira óptica. Mas isso não foi mais discutido.

No dia 23/09/2024 Victorsson e os seus cúmplices foram detidos. No dia 14 de outubro de 2024, os detidos foram formalmente acusados.

A julgar pelo relatório da polícia e do Shin Bet, Vladislav Victorsson foi recrutado pelos serviços secretos iranianos, provavelmente com a ajuda da federação russa. Os russos continuam a ser seguidores e traidores do Kremlin, mesmo quando se mudam para outro país e mudam de cidadania. Alguém ficou surpreendido?, pergunta o político ucraniano Borislav Bereza

Ucrânia e Israel necessitam de uma acção internacional decisiva

A 7 de outubro de 2023, os militantes do HAMAS realizaram o maior ataque a Israel desde a Guerra do Yom Kippur em 1973. Isto levou a um agravamento acentuado da situação no Médio Oriente e destacou a necessidade de uma ação internacional decisiva para proteger os países contra a agressão estrangeira. Ucrânia, que enfrenta a agressão russa desde 2014 e sofreu uma invasão em grande escala desde Fevereiro de 2022, também necessita da assistência dos seus parceiros e aliados para proteger os seus territórios e civis.

O ataque do HAMAS a Israel assemelha-se surpreendentemente às acções da rússia na Ucrânia. A posição oficial do Kremlin, que não condenou as acções do HAMAS, enfatiza o apoio do Irão (aliado da rússia) e a coordenação estratégica dos ataques do HAMAS. As duas agressões têm semelhanças nas suas tácticas terroristas e exigem uma resposta internacional semelhante.

Os aliados de Israel forneceram-lhe rapidamente sistemas de defesa aérea modernos e alguns meios de garantir a segurança, o que lhe permitiu combater eficazmente as ameaças e proteger os civis. Esta experiência mostra como a comunidade internacional deve agir no apoio à Ucrânia – fornecendo-lhe defesa aérea, equipamento técnico e os meios necessários para se proteger dos ataques russos e evitar a escalada da guerra.

A rússia e o Irão cooperam na desestabilização não só do Médio Oriente, mas também da Europa. Moscovo procura expandir a sua influência no Médio Oriente, posicionando-se como uma alternativa ao Ocidente e apoiando forças anti-americanas como o HAMAS e o Hezbollah. Isto permite à rússia utilizar estas organizações para alavancar os interesses dos Estados Unidos e dos seus aliados, aumentando as tensões na região e fortalecendo a sua posição internacional.

Moscovo coopera estreitamente com o Hezbollah, que apoia o regime de Bashar al-Assad na Síria. A rússia fornece armas, treina combatentes e presta apoio informativo, o que prejudica a posição do Hezbollah e aumenta a influência de Moscovo na Síria, onde tem bases militares em Tartus e Khmeimim. A presença de armas russas nos túneis do Hezbollah no Líbano confirma mais uma vez os laços estreitos da rússia com grupos terroristas e o seu papel na desestabilização da região.

Os laços da rússia com o HAMAS, o Hezbollah e outros grupos terroristas são benéficos para Moscovo, ao mesmo tempo que ajudam a reforçar a sua influência e a explorar a instabilidade para alcançar os seus próprios objectivos geopolíticos. Estas ações representam ameaças à segurança de outros países, incluindo Israel e a Europa, e servem como uma ferramenta para manipular a situação internacional. Existe um risco crescente de terrorismo e de extremistas na Europa e nos países vizinhos devido à crise e aos fluxos migratórios provenientes do Médio Oriente. Cria ameaças adicionais à segurança. É exactamente isto que a rússia procura, tentando desviar a atenção do Ocidente da guerra na Ucrânia e desestabilizar outras regiões.

Na crescente reunião de Ramstein, em Outubro de 2024, a comunidade internacional deve tomar decisões importantes para alcançar a paz e a segurança na Europa. O reforço do apoio à Ucrânia é essencial neste contexto. Uma acção coordenada por parte dos Aliados (semelhante à que foi feita para ajudar Israel) pode assegurar uma contracção bem-sucedida à agressão russa e à consolidação da paz. Os esforços internacionais provaram a sua eficácia. Ucrânia necessita de assistência semelhante para se proteger de uma nova escalada. Só os esforços conjuntos podem criar um futuro estável, livre de terrorismo e violência.

sexta-feira, outubro 11, 2024

A indústria de defesa da Ucrânia e as suas conquistas numa guerra convencional

Drone ucraniano à jato «Palyanytsya»

Pelo terceiro ano numa guerra de grande escala, Ucrânia não só se defendeu eficazmente contra a agressão russa, como também desenvolveu com sucesso a sua indústria de defesa. Nos últimos anos, o país aumentou significativamente a produção de equipamento militar e de armamento, o que reforçou as suas capacidades de defesa. A utilização de tecnologias avançadas e a modernização das instalações de produção ajudam a reforçar a independência da Ucrânia na garantia da segurança e na sua capacidade de resistir a ameaças externas.
Uma das principais conquistas é o desenvolvimento da indústria ucraniana de veículos aéreos não tripulados (VANT). Ucrânia planeia produzir 4 milhões de drones em 2024. O seu papel no campo de batalha continua a crescer. Os drones ucranianos ajudam a atacar infraestruturas militares importantes da rússia, incluindo depósitos de munições e instalações de armazenamento de petróleo. Recentemente, a Ucrânia continua a atacar instalações críticas russas, demonstrando as suas crescentes capacidades e superioridade técnica. Em maio de 2024, um drone ucraniano atacou a estação de radar Voronezh-M em Orsk, estabelecendo um novo recorde de distância – mais de 1.800 km no interior da rússia. A estação, concebida para detetar ameaças estratégicas como mísseis balísticos, desempenhou um papel vital no sistema de alerta precoce da rússia. A sua destruição é um rude golpe nas capacidades de defesa da rússia.

Em Setembro, os drones ucranianos realizaram um ataque em grande escala a instalações energéticas na região de Moscovo, incluindo duas centrais eléctricas e a Refinaria de Kapotnya. O objeto estava em chamas, várias instalações foram danificadas, demonstrando a capacidade da Ucrânia para atacar infraestruturas críticas inimigas.

Os drones ucranianos também têm sido utilizados para atacar uma variedade de alvos militares no interior da rússia, incluindo caças, tanques de combustível e sistemas de defesa aérea. Estas operações bem-sucedidas demonstram a crescente capacidade da Ucrânia para conduzir operações estratégicas e perturbar a infraestrutura militar crítica da rússia.

Ucrânia aumentou significativamente a produção de munições de artilharia e morteiros, alcançando resultados impressionantes. No primeiro semestre de 2024, os volumes de produção aumentaram 25 vezes em relação a 2022. Isto foi possível graças aos recursos nacionais e ao desenvolvimento dinâmico da indústria de defesa. A fim de alcançar uma dependência mínima dos fornecimentos externos, a Ucrânia está a produzir activamente as suas próprias armas. Como resultado destes esforços, cada segunda munição utilizada nas linhas da frente é agora fabricada na Ucrânia, o que sublinha o sucesso do país na criação de uma indústria de defesa fiável e auto-suficiente.

Uma das principais conquistas da indústria de defesa ucraniana é o drone-míssil «Palyanytsya», que atinge eficazmente alvos estratégicos na rússia, incluindo refinarias de petróleo e instalações logísticas. Palyanytsya demonstra alta velocidade e poder, permitindo à Ucrânia atacar com sucesso alvos militares importantes. As Forças Armadas da Ucrânia também possuem os drones de ataque Bober, Lyutiy e Valkiriya, que são utilizados para atacar a linha da frente inimiga e alvos traseiros. O drone Lyutiy kamikaze é eficaz a uma distância de mais de 1.000 km, atingindo objetos estrategicamente importantes.

Os drones Cobra e KH-S7 foram também desenvolvidos como meios baratos, mas eficazes, de atacar alvos militares. O Cobra pode transportar até 15 kg de carga útil, enquanto o KH-S7 é um drone FPV para ataques de precisão em alvos móveis. Estes drones ajudam a Ucrânia a manter um elevado nível de potencial de defesa face a uma força maior.

Apesar dos seus impressionantes ganhos, os recursos da Ucrânia são limitados. As operações militares modernas exigem fornecimentos constantes de projécteis e equipamento militar, especialmente nas condições em que cada segundo projéctil disparado contra posições russas é produzido na Ucrânia. Mesmo com uma produção em grande escala, é necessária assistência ocidental para manter uma defesa sustentável. Ucrânia utiliza eficazmente as armas doadas, mas para obter uma vantagem decisiva necessita de mais apoio. Isto inclui o fornecimento de sistemas de defesa aérea e a permissão para utilizar armas ocidentais de longo alcance para atacar alvos militares russos. A rússia continua a ameaçar não só Ucrânia, mas também outros países europeus, incluindo a Moldova, os Países Bálticos, a Polónia e a Finlândia.

Hoje, Ucrânia defende não só o seu território, mas também todo o continente europeu de um agressor que ameaça a estabilidade da região. Ucrânia fez tudo o que era necessário para justificar a necessidade de ataques contra alvos militares no interior da Rússia. Agora os parceiros ocidentais devem parar de hesitar e de apoiar a Ucrânia. Permitir que a Ucrânia utilize armas de longo alcance contra o território russo significa reforçar a defesa do país, enfraquecer as capacidades do agressor e aproximar uma paz justa. O apoio sistemático à Ucrânia não é apenas um contributo para a vitória da democracia, mas também para garantir a segurança de toda a Europa.

quinta-feira, outubro 10, 2024

A jornalista ucraniana Victoria Roschyna morre no cativeiro russo

Confirmada a morte da jornalista ucraniana Victoria Roschyna, raptada pelos ocupantes russos em agosto de 2023 nos territórios temporariamentes ocupados do leste da Ucrânia. A morte ocorreu no dia 19 de setembro de 2024. 

Petro Yatsenko, representante do Quartel-General de Coordenação para o Tratamento de Prisioneiros de Guerra, informou no dia 10 de outubro, citado por TV «Hromadske». 

As circunstâncias da sua morte ainda estão a ser apuradas, no entanto, Ucrânia promete: “se houver quem tenha causado esta morte ou falecimento, serão punidos”. Victoria Roshchyna estava a ser preparada para a próxima troca dos POW, mas, infelizmente, não se foi ao tempo. Sabe-se que a jornalista ucraniana morreu durante a sua transferência de Taganrog para Moscovo na sua preparação para a libertação. 

Na primavera de 2024, a Rússia admitiu ter detido Victoria Roshchyna, que desapareceu em agosto de 2023 no território temporariamente ocupado. Anteriormente, os familiares de Victoria apresentaram um pedido ao Ministério Público das forças de ocupação de Mariupol. A partir daí foi relatado que nenhum processo foi aberto contra ela. As cartas enviadas ao Gabinete do Procurador-Geral russo, à comissão de inquérito e ao Provedor de Justiça ficaram sem resposta. 

A jornalista de TV Hromadske, Viktoriya Roschyna, gravou vídeos e escreveu artigos sobre pontos críticos no leste e sul da Ucrânia. A 11 de março de 2022, Hromadske publicou o texto de Roshchyna, no qual falava sobre como vive o Energodar temporariamente ocupado. De seguida, o jornalista preparou materiais sobre as operações militares nas regiões de Zaporizhzhia e Donetsk, planeadas para ir até Mariupol, que foi então bloqueada pelas tropas russas. 

A primeira vez que Victoria Roschyna foi capturada pelos russos foi em março de 2022. No dia 16 de março, soube-se que Victoria foi detida, provavelmente pelo FSB. Segundo testemunhas, nessa altura o jornalista estava em Berdyansk temporariamente ocupado. Os russos detiveram a jornalista durante 10 dias, mas depois libertaram-na do cativeiro na segunda quinzena de março de 2022. Desde então, continuou a trabalhar como jornalista na Ucrânia. 

Em agosto de 2023, Victoria Roschyna desapareceu pela segunda vez durante uma viagem aos territórios ocupados pela Rússia. Antes disso, a 27 de julho de 2023, Roschyna saiu da Ucrânia via Polónia e deveria chegar aos territórios ocupados no leste da Ucrânia (via rússia) dentro de três dias. Depois de 3 de agosto, Victoria nunca mais foi contactável. 

Viktoriya Roshchyna trabalhou para TV «Hromadske», publicou os textos «Pravda Ucraniana» e «Radio Liberdade». Em 2022, recebeu o prémio «Pela Coragem no Jornalismo» da International Women's Media Foundation.

As armas russas do Hezbollah e outras ameaças à segurança internacional

Armas russas apreendidas pela IDF. Fonte: Canal 13
As armas russas nos túneis do Hezbollah no Líbano confirmam mais uma vez o papel da rússia no apoio ao terrorismo internacional e à desestabilização em várias regiões do mundo. Durante uma operação no sul do Líbano, as Forças de Defesa de Israel (IDF) encontraram grandes stocks de armas russas na rede de túneis do Hezbollah. 

Estes túneis foram concebidos para armazenar armas e esconder terroristas, o que demonstra os laços estreitos da rússia com esta organização extremista. Assim, a rússia contribui activamente para a desestabilização do Médio Oriente e para a criação de ameaças à segurança de outros países, incluindo Israel.

Este caso não é exceção. A rússia tem apoiado grupos terroristas e extremistas durante muitos anos para alcançar os seus próprios objectivos geopolíticos. O exército russo apoiou activamente o regime de Bashar al-Assad na Síria, fornecendo armas, equipamento militar e especialistas, o que levou a enormes baixas civis e à destruição de infra-estruturas. Este apoio apenas prolongou o conflito e levou a um enorme sofrimento para milhões de sírios. Além da Síria, a Rússia apoia grupos armados na Líbia, fornecendo mercenários do Grupo Wagner, o que destabiliza a região. Na República Centro-Africana, os mercenários russos estão também activamente envolvidos no combate e no apoio aos rebeldes locais para controlar os recursos naturais.

Contudo, a agressão da rússia não termina aqui. Pelo terceiro ano consecutivo, a rússia tem levado a cabo uma invasão em grande escala da Ucrânia. Depois de ter ocupado ilegalmente a Crimeia em 2014 e de ter iniciado uma guerra no leste da Ucrânia com o apoio dos separatistas, a rússia iniciou, em Fevereiro de 2022, uma agressão em grande escala contra outros territórios ucranianos. Os bombardeamentos diários de cidades pacíficas, a destruição de infra-estruturas civis e de instalações energéticas tornam a vida insuportável para as pessoas comuns e forçam milhões de ucranianos a abandonar as suas casas.

O que é mais assustador são mais de 19 mil crianças ucranianas que foram deportadas à força dos territórios ocupados da Ucrânia para a rússia. Estas ações, que constituem um crime contra a humanidade, violam o direito internacional. Foi por isso que o Tribunal Penal Internacional emitiu um mandado de detenção contra Vladimir Putin e a Comissária para os Direitos da Criança, Maria Lvova-Belova, pela deportação ilegal de crianças. Tais métodos de terror e repressão são utilizados para quebrar o povo ucraniano, ilustrando a essência do actual regime russo.

Todos estes factos indicam que o regime russo actua como uma organização terrorista. Faria qualquer coisa para atingir os seus objetivos. Apoio a organizações terroristas, agressão contra estados vizinhos, violação dos direitos humanos - tudo isto faz parte da estratégia russa. O desejo da rússia de expandir a sua influência, que representa uma ameaça não só para os países individuais, mas também para a segurança internacional, é comprovado pela sua agressão contra a Ucrânia, pela ocupação de territórios georgianos, pelo apoio aos movimentos separatistas na Moldova, em particular na Transnístria.

O mundo não pode ficar indiferente aos factos que indiciam o apoio da rússia aos regimes terroristas, à sua política agressiva e às violações sistemáticas dos direitos humanos. A próxima reunião do Grupo Ramstein, em Outubro de 2024, deverá reforçar o apoio à Ucrânia e conter a agressão russa. Isto é necessário para evitar uma maior propagação da influência russa e garantir um futuro pacífico.

Só ações decisivas e conjuntas da comunidade internacional poderão pôr termo à agressão e garantir uma paz e segurança duradouras, sem terrorismo e violência. A Ucrânia, como escudo para toda a Europa, necessita de um maior apoio para conter o agressor, o que ameaça não só a sua independência, mas também a estabilidade de todo o continente.

quarta-feira, outubro 09, 2024

Raptos e deportações das crianças ucranianas dos territórios temporariamente ocupados

A federação russa continua a violar grosseiramente os direitos humanos. Rapta e deporta sistematicamente as crianças ucranianas dos territórios temporariamente ocupados. Desde o início da agressão em grande escala, em Fevereiro de 2022, mais de 20.000 crianças ucranianas foram transferidas à força para a rússia. Outras 1,5 milhões de crianças nos territórios ocupados da Ucrânia correm o risco de ser deportadas. Estas ações criminosas fazem parte de uma campanha planeada para destruir a identidade ucraniana. A comunidade internacional deveria condená-lo veementemente.

Um dos terríveis exemplos é a situação do Orfanato Oleshky para Crianças com Necessidades Especiais, na região de Kherson, de onde crianças deficientes foram deportadas à força para a Rússia. Estas crianças vivem sem condições normais de vida, sem os cuidados médicos necessários e num ambiente desfavorável. Graças aos esforços internacionais e ao trabalho activo das autoridades ucranianas, apenas uma parte deles foi recentemente devolvida. Tais ações destinadas a destruir os seus laços com o seu país de origem e a privá-los de direitos básicos são uma violação flagrante de todas as normas e convenções internacionais, o que mostra a escala de impunidade e crueldade desta política.

As crianças ucranianas deportadas vivem frequentemente em “campos de reeducação”, onde são sujeitas a uma lavagem cerebral ideológica para negar as suas origens ucranianas. Os seus nomes e informações pessoais são alterados para dificultar a sua localização e o regresso a casa. O principal objectivo é destruir a sua identidade ucraniana e integrá-los na sociedade russa.

Estas ações da rússia foram condenadas pela comunidade internacional. O Tribunal Penal Internacional emitiu um mandado de detenção contra Vladimir Putin e a Comissária para os Direitos da Criança, Maria Lvova-Belova, em Março de 2023, pela deportação ilegal e transferência de crianças do TOT da Ucrânia. Este é um passo importante para responsabilizar os responsáveis. Contudo, para pôr fim a estes crimes, é necessário um maior apoio internacional.

As ações da rússia são uma campanha deliberada para destruir a nação ucraniana, o que faz parte de um ato de genocídio. A deportação forçada de crianças, a sua assimilação forçada e a adopção ilegal são crimes que devem ser imediatamente condenados e impedidos. O Kremlin está deliberadamente a privar a Ucrânia do seu futuro, cortando as raízes culturais e a nacionalidade das crianças. Estas ações foram fortemente condenadas pela comunidade internacional, incluindo a ONU, o Conselho da Europa, a OSCE e o G7. Em Janeiro de 2024, a Assembleia Parlamentar do Conselho da Europa adoptou por unanimidade uma resolução apelando aos Estados-Membros para que reconheçam a deportação de crianças ucranianas como um acto de genocídio e que envidem todos os esforços para as devolver. Este documento foi apoiado por todos os 85 deputados, o que sublinha a importância da questão.

Para impedir o rapto de crianças ucranianas, o Presidente da Ucrânia lançou a plataforma internacional Bring Kids Back UA. Esta iniciativa tornou-se um importante esforço da comunidade internacional para proteger as vítimas mais vulneráveis ​​da agressão russa – as crianças. Assim, a Ucrânia e a ONU assinaram um acordo para continuar a cooperação no âmbito do Plano de Acção para Crianças e Conflitos Armados, que enfatiza a necessidade e a importância de proteger as crianças afectadas pela guerra. Mais de 40 países que aderiram a esta coligação já fazem parte da Coligação Internacional para o Regresso das Crianças Ucranianas.

Uma das vertentes do Bring Kids Back UA são as exposições internacionais que visam sensibilizar para os problemas das crianças ucranianas deportadas e das vítimas da agressão russa. Em Setembro de 2024, realizou-se na China a exposição Viver a Guerra, que se tornou uma parte importante da missão global de devolver as crianças à sua terra natal. Eventos semelhantes já foram realizados em Bruxelas, na Cidade do México e em Singapura, atraindo a atenção internacional e contando a verdade sobre os crimes cometidos contra crianças ucranianas.

Para alcançar o sucesso, é fundamental que os países e as organizações internacionais adiram a estas iniciativas. Quanto mais amplo for o apoio ao Bring Kids Back UA, maior será a probabilidade de devolver todas as crianças a casa e impedir os crimes legalizados. Cada país e cada organização que apoia esta iniciativa ajuda a divulgar informações verdadeiras sobre as crianças raptadas, bem como a devolvê-las a casa. Só os esforços conjuntos da comunidade internacional poderão proteger os direitos destas crianças e garantir um futuro pacífico, sem ameaças e violência.

A pressão sobre a rússia deve ser aumentada para acabar para sempre com os raptos legalizados. Só os esforços conjuntos e as sanções reforçadas contra a rússia podem ajudar a restaurar a justiça e a devolver as crianças ucranianas à sua terra natal, proporcionando-lhes um futuro seguro e digno. 

domingo, outubro 06, 2024

Crime de guerra russo: a execução de 16 prisioneiros de guerra ucranianos

A 1 de outubro de 2024, as tropas russas executaram 16 prisioneiros de guerra ucranianos perto de Pokrovsk. Um vídeo partilhado nas redes sociais é um ato brutal que causou comoção na sociedade. Este é mais um indício da grave violação do direito internacional humanitário por parte da rússia. 

Os prisioneiros de guerra ucranianos no vídeo foram obrigados a abandonar a floresta e a ficar em fila sob o controlo das tropas russas. Então, os militares russos dispararam sobre eles intencionalmente. Os feridos, que ainda apresentavam sinais de vida, foram baleados à queima-roupa.

Este crime foi o caso mais massivo conhecido de execução em massa de prisioneiros de guerra ucranianos na linha da frente. Tais assassinatos e torturas não são um acidente, mas uma política propositada da rússia. Foi aberta uma investigação sobre este crime de guerra. Foram enviados apelos à ONU e ao Comité Internacional da Cruz Vermelha (CICV) com a exigência de punir os perpetradores e prestar atenção às graves violações do direito internacional humanitário.

A comunidade internacional deve compreender que não se trata de um caso isolado, mas sim de atos permanentes. A rússia tem demonstrado repetidamente desrespeito pelas normas internacionais de tratamento humano dos prisioneiros de guerra. Para além da execução perto de Pokrovsk, existem outros casos semelhantes. Por exemplo, anteriormente os russos executaram brutalmente um prisioneiro de guerra ucraniano desarmado com uma espada e também dispararam sobre prisioneiros em Robotyne, perto de Zaporizhzhia.

Embora a rússia viole sistematicamente todas as normas da Convenção de Genebra ao negar aos representantes do CICV o acesso aos prisioneiros ucranianos, Ucrânia age de forma diferente. O lado ucraniano oferece aos prisioneiros de guerra russos condições de detenção adequadas, incluindo alimentação, cuidados médicos e a oportunidade de comunicar com familiares. Estas condições são regularmente verificadas pelo Comité Internacional da Cruz Vermelha, que confirma que o tratamento dos prisioneiros cumpre as normas internacionais. Estas medidas demonstram o compromisso da Ucrânia com os princípios humanitários e o respeito pelos direitos humanos.

Em contrapartida, as condições de detenção dos prisioneiros de guerra ucranianos na Rússia são desumanas. Os prisioneiros vivem em condições insalubres e em celas extremamente sobrelotadas, e são sujeitos a tortura e a tratamentos com iluminação. Registaram-se numerosos casos de morte em cativeiro devido a tortura e doença, o que apenas confirma a violação sistemática do direito internacional por parte da rússia. O tratamento dado aos prisioneiros ucranianos não só contradiz a Convenção de Genebra, como é um exemplo de um tratamento bárbaro de uma pessoa privada de protecção.

Tais ações não podem ficar impunes. Precisamos de uma resposta dura da comunidade internacional às violações do direito internacional humanitário cometidas pela Rússia. É necessário aumentar a pressão sobre a rússia para que cumpra a Convenção de Genebra e outras normas que protegem os direitos dos prisioneiros de guerra. A ONU e o CICV devem desempenhar um papel activo na investigação destes crimes e na entrega dos responsáveis ​​à justiça.

Ao mesmo tempo, a comunidade internacional deve apoiar a iniciativa da Ucrânia de adoptar uma resolução na Assembleia Parlamentar do Conselho da Europa (PACE) destinada a garantir o cumprimento do direito humanitário internacional em relação aos prisioneiros de guerra ucranianos capturados pela rússia. Esta é uma medida importante para fazer com que o agressor cumpra as leis da guerra e punir os responsáveis ​​pelos crimes cometidos.

O silêncio em resposta a tais atos brutais equivale a cumplicidade. A comunidade internacional não deve permitir que tais crimes fiquem impunes. As execuções e torturas sistemáticas de prisioneiros de guerra ucranianos não são apenas um crime contra indivíduos específicos, mas também uma violação flagrante de todas as normas e princípios civilizados que deveriam orientar cada país no século XXI. 

quarta-feira, outubro 02, 2024

O exército ucraniano deixou Vuhledar após 2,5 anos de batalhas sangrentas

As unidades ucranianas sairam de Vuhledar, conforme relatado oficialmente pela brigada «Khortytsia». A decisão foi tomada para preservar o pessoal e o equipamento militar das FAU, para se reposicionar para novas linhas da defesa. 
Vuhledar em setembro de 2024

Após 2,5 anos de batalhas sangrentas, a rússia capturou as ruínas da cidade, onde perderu várias brigadas (o número de militares russos mortos em Vuhledar é várias vezes superior à população da cidade, 14.000 habitantes, antes da guerra). Como costuma acontecer nestes casos, Putin acabou por capturar os esqueletos carbonizados dos prédios e as ruínas das minas de carvão. 

Os patriotas russos celebram hoje. Mais uma cidade da Donbas foi transformada numa grande sepultura. 

A cidade de Vovchansk, região de Kharkiv. Em abril de 2024, a cidade estava viva. Havia aqui lojas, farmácias e até alguns cafés e cafetarias. Em maio de 2024, os russos atravessaram a fronteira da Ucrânia na região de Kharkiv. Declararam que iriam capturar a cidade de Kharkiv.

A cidade de Vovchansk

Foram suficiente fortes para avançar de 4 à 6 quilómetros da fronteira. Os russos não conseguiram capturar Vovchansk. Mas para Vovchansk, isso significou o fim. Os russos simplesmente destruíram a cidade. 

Se os russos não tivessem sido detidos pelas Forças Armadas da Ucrânia, teriam destruído a própria Kharkiv da mesma forma. 

Toretsk. Mais uma cidade ucraniana que está a desaparecer da face da terra neste momento. Os patriotas russos chamam isso de «ajuda aos povos de Donbass»...