terça-feira, novembro 05, 2024

Gilead russo: a cruzada contra os drags queen

Na noite de 27 de outubro, a polícia russa realizou uma operação durante um espetáculo de drags em Yaroslavl. Como resultado, alguns visitantes ficaram feridos e vários artistas drag levados à esquadra da polícia e multados pela “propaganda de LGBT”, escreve Novaya Gazeta. 

Há quase 100 anos atrás, em 1933, em Moscovo, Leninegrado e outras grandes cidades da União Soviética, a polícia secreta soviética – OGPU – realizou rusgas a apartamentos, restaurantes e estabelecimentos onde, segundo as suas informações, os homens homossexuais se reuniam ou onde os homens vestiam-se de mulheres (ou porque gostavam ou porque este era o seu trabalho). 

Como resultado de tais rusgas, a OGPU relatou alegremente aos seus superiores sobre “covis de pederastas”. Em 17 de dezembro de 1933, o Presídio do Comité Executivo Central da URSS aprovou a resolução “Sobre a responsabilidade criminal pela sodomia”. Em 1 de abril de 1934, o respetivo artigo, sob o número№ 154-a (repressão da sodomia) foi introduzido no Código Penal da Rússia Soviética e foi retirado do CP russo apenas em 27 de maio de 1993. Segundo este artigo, os homens que tiverem as relações sexuais com outros homens eram considerados criminosos (artigo não punia as relações sexuais femininas). Depois da lei ter sido adoptada em 1934, se tornou uma ferramenta útil de perseguição quer dos homossexuais, quer de outros cidadãos ​​que poderiam ser facilmente condenados ao abrigo de um artigo tão “conveniente”.

Os gays soviéticos da OGPU e do Exército Vermelho (+18)

Na rússia moderna, por enquanto, não existe a punição criminal de homossexualidade. Mas já existe um artigo do CP muito mais conveniente e simplificado – sobre o tal movimento LGBT – no qual se pode incluir uma vida pessoal, uma orientação e até opiniões políticas “fora do padrão”. Assim, os drag queens de Yaroslavl, que tecnicamente não foram perseguidos devido a “sodomia”, acabaram por sofrer devido ao artigo sobre movimento LGBT. 

Perseguindo os drag queens (artistas masculinos que criam no palco a imagem feminina com trajes e maquilha exuberantes), as forças de segurança russas estão, essencialmente, a modificar a cultura russa de entretenimento. O próprio termo “drag queen” entrou na rússia há relativamente pouco tempo: antes disso, eram mais frequentemente chamadas de “travestis” e as suas atuações eram chamadas de “shows de travestis”. Mas é importante notar que tais artistas existiram ao longo de toda a história russa pós-soviética. 

Depois de 2013, com o início da histeria sobre a «propaganda gay», e ainda após a anexação da Crimeia e o início da crise económica, as drag queens deixaram de ser um mainstream pop. Apareciam com menos frequência nos grandes ecrãs, embora nunca desapareceram das discotecas. 

Depois das alterações à Constituição russa em 2020 – que passou a incluir uma disposição segundo a qual o casamento só é possível entre um homem e uma mulher – as drag queens já começaram a sentir para que lado soprava o vento político. O público heterossexual, que gostava de homens extravagantes com vestidos femininos, também começou a perceber o que se estava a passar. Os drag queen russos começaram à atuar em locais frequentados apenas pelo pessoal do “meio”, desaparecendo dos eventos públicos com a participação das elites russas e das autoridades. Embora há menos de dez anos atrás eles estivessem bastante na moda. 

Os ataques a espectáculos de drag na rússia é mais um contributo para o empobrecimento cultural geral russo. Ao nível mais básico e apolítico, as drag queens são pessoas que, combinando humor, música e dança, cativam o público, incluindo, o público completamente heterossexual. Isto priva os espectadores da oportunidade de desfrutar da arte, uma importante fonte de alegria e até de sensação de liberdade. Embora a liberdade seja precisamente o que claramente não se espera num futuro russo mais próximo.

domingo, novembro 03, 2024

Vencedor da armada russa: o drone naval de ataque MAGURA V5

O comandante da unidade especial da GUR MOU «Grupo 13» conhecido pelo seu nom de guerre «Décimo Terceiro» falou, em exclusivo, aos jornalistas da publicação japonesa NHK sobre o desempenho do drone naval de ataque MAGURA V-5.

Na matéria sobre a mais nova arma ucraniana para combate a navios inimigos e outros fins, são descritas as suas características técnicas: comprimento 5,5 metros, velocidade superior a 80 quilómetros por hora, carga útil - até 250 quilogramas. 

MAGURA V-5, reconhecido como o drone naval de ataque mais eficaz: no decorrer da invasão russa de grande escala, com a ajuda desta arma, os operativos do GUR MOU atingiram, com sucesso, 18 navios russos, 9 dos quais foram completamente destruídos.

“Nunca vi um drone tão rápido como o Magura”, disse «Décimo Terceiro». Acrescentou ainda que é muito importante para a Ucrânia continuar o desenvolvimento de armas únicas e de alta tecnológia, incluindo as não tripuladas, bem como fortalecer o seu complexo militar-industrial. 

“Estamos a progredir no desenvolvimento de novas armas e a alcançar resultados. À medida que as hostilidades continuam, é muito importante ser independente e não contar apenas com o apoio de outros países», enfatizou o oficial da GUR.

Chefe da diplomacia ucraniana em visita à África do Sul

Em 28 de Outubro, durante a visita à República da África do Sul, o Ministro dos Negócios Estrangeiros da Ucrânia, Andrii Sybiha, e o Ministro dos Negócios Estrangeiros da África do Sul, Ronald Lamola, mantiveram negociações bilaterais em Pretória. 

Andrii Sybiha agradeceu ao Ministro Lamoli pela recepção hospitaleira e pelas negociações detalhadas. Deu nota que a Ucrânia valoriza a parceria com a África do Sul. 

“A voz da África do Sul tem uma grande importância em África e em todo o mundo. Precisamos da sua solidariedade e apoio em questões cruciais para todos nós. É valioso para mim que tenhamos coordenado as nossas posições nas vésperas de importantes acontecimentos internacionais», observou o ministro. 

Andrii Sybiha manifestou a esperança de que a presidência da África do Sul do G20, que terá início em Dezembro, proporcione uma liderança decisiva na superação dos desafios regionais e globais, incluindo a agressão russa contra Ucrânia. 

O ministro enfatizou que a guerra brutal em grande escala da Rússia destruiu a ordem mundial baseada no direito internacional, trouxe sofrimento e atrocidades à Ucrânia, e também causou uma série de crises globais - na alimentação, energia, segurança e outras esferas. 

“Esta guerra não diz apenas respeito à Ucrânia, afecta directamente milhões de pessoas em África e noutras partes do mundo. É por isso que temos um objetivo comum: uma paz abrangente, justa e duradoura para a Ucrânia», afirmou o responsável do MNE. 

O ministro desejou à África do Sul uma presidência bem sucedida do G20, apelou a manter a Ucrânia no seu foco e a trazer uma paz justa para mais perto dele através de esforços conjuntos. 

O diplomata ucraniano agradeceu ainda à África do Sul por apoiar a Fórmula da Paz e informou o seu colega sobre a lógica dos próximos passos na sua implementação. O ministro realçou que a participação da República da África do Sul na segunda Cimeira Global da Paz é importante para a Ucrânia. 

"A fórmula de paz é o único caminho realista a seguir. Vemos outras ideias também. Mas definitivamente não precisamos de competição. Alcançaremos a paz apenas através da força e da unidade, não através da fraqueza ou da divisão», enfatizou o diplomata. 

O Ministro dos Negócios Estrangeiros convidou a África do Sul a aderir à Coligação Internacional para o Regresso das Crianças Ucranianas e recebeu a garantia de que a África do Sul participaria na conferência relevante no Canadá dentro de alguns dias. 

Andrii Sybiha observou que mesmo face a uma invasão russa em grande escala, a Ucrânia continua a desempenhar o papel de garante global da segurança alimentar. Acrescentou que as Forças de Defesa da Ucrânia conseguiram expulsar os russos da maior parte do Mar Negro, estabelecer o seu próprio corredor marítimo e devolver as exportações ucranianas aos níveis anteriores à guerra. 

Segundo o ministro, a Rússia está agora a intensificar os seus ataques aos portos e à agricultura ucranianos, de forma a enfraquecer a economia ucraniana e a segurança alimentar global. 

«A Ucrânia precisa de mais solidariedade, de mais apoio de países com ideias semelhantes, de forma a restaurar e proteger a liberdade de navegação no Mar Negro. Contamos com a posição clara da África do Sul sobre esta questão», observou. 

Andrii Sybiha falou ainda sobre o risco de ataques russos contra elementos da indústria nuclear ucraniana. Apelou à África do Sul para ajudar a prevenir este cenário e transmitir à federação russa uma posição relativamente à inadmissibilidade de tais ataques. 

Os ministros confirmaram a sua vontade mútua de desenvolver um comércio mutuamente benéfico e de expandir os laços comerciais. Andrii Sybiha destacou a agricultura, a indústria alimentar, a mineração, a engenharia mecânica, a informática, a digitalização e outras áreas como áreas prioritárias de cooperação. Acrescentou que o lado ucraniano acolherá com satisfação o papel das empresas sul-africanas na restauração da Ucrânia. 

Andrii Sybiha sugeriu ainda que a África do Sul considerasse a possibilidade de liberalizar o regime de vistos para os cidadãos da Ucrânia. Observou que tal decisão seria um passo importante para o estabelecimento de contactos entre as pessoas, o desenvolvimento de laços comerciais, o intercâmbio cultural e o turismo. 

Andrii Sybiha convidou Ronald Lamola a visitar a Ucrânia num momento conveniente. 

Ministro Sybiha também manteve uma reunião com o conselheiro do Presidente da África do Sul para a segurança nacional, Professor Sidney Mufamadi.

Dr. Sybiha: «Tive a honra de me reunir com o Professor Sidney Mufamadi, Conselheiro de Segurança Nacional do Presidente da África do Sul. Tivemos uma troca frutuosa de pontos de vista sobre a Fórmula da Paz. Enfatizei a importância do trabalho dos Conselheiros de Segurança Nacional na sua promoção». 

No domingo, 27 de outubro, Andrii Sybiga, se encontrou com a comunidade ucraniana na África do Sul. 

O ministro informou os presentes sobre a implementação da nova política de Estado relativamente aos ucranianos no estrangeiro, nomeadamente, a simplificação do acesso aos procedimentos consulares e a preparação para a aprovação da lei da múltipla cidadania.

Encontro em Pretória
Durante a reunião, houve uma troca de opiniões sobre as necessidades actuais da comunidade ucraniana na África do Sul. Andrii Sybiha garantiu que o MNE está pronto para ajudar a proteger os direitos e interesses legais dos ucranianos na África do Sul de todas as formas possíveis, para continuar a implementação de importantes projectos conjuntos em cooperação entre o Ministério dos Negócios Estrangeiros, a comunidade e o Congresso Mundial Ucraniano.

sábado, novembro 02, 2024

Os mundos africanos da Yana Massuque

«Flor da Lua»
Yana Massuque (Ochkalas), nasceu em Pavlohrad na Ucrânia. Actualmente vive na República de Moçambique.

«Gala-gala»

«Ramo da chuva»

«Libertação»

«Nascimento de galáxias»

Contactos para aquisição de quadros: + 258 849262220

Chefe da diplomacia ucraniana em visita histórica à Angola

Foto: (c)MRE de Angola
O chefe da diplomacia ucraniana, Dr. Andrii Sybiha foi recebido pelo Presidente da República de Angola, João Laurenço e pelo Ministro das Relações Exteriores de Angola, Tete António. 

No dia 25 de Outubro, em Luanda, o Ministro dos Negócios Estrangeiros da Ucrânia, Andrii Sybiha, foi recebido pelo Presidente da República de Angola, João Laurenço, no desenvolvimento do diálogo entre o líder angolano e o Presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky. 

“Estamos gratos ao Presidente João Lorenço pela sua posição forte e de princípio em apoio da soberania e integridade territorial da Ucrânia. “Ambos os nossos países conhecem a dor da guerra, mas também conhecem o preço e o valor da paz”, enfatizou o ministro ucraniano. 

Durante a reunião, as partes trocaram opiniões sobre questões-chave da agenda internacional, incluindo a segurança alimentar e energética, a liberdade de navegação. 

Dr. Sybiha enfatizou a importância de apoiar a Fórmula da Paz, que é a única forma de alcançar uma paz abrangente, justa e sustentável no nosso país, e convidou a parte angolana a unir esforços internacionais para a sua implementação prática. “Convidamos Angola, que é conhecida no mundo pelos seus esforços de paz, a participar na segunda Cimeira Global da Paz”, observou o ministro. 

As partes discutiram detalhadamente a intensificação da cooperação bilateral em diversas áreas de interesse mútuo: agricultura, educação, tecnologias, energia, cooperação técnico-militar e outras. 

“Este ano celebramos 30 anos de relações diplomáticas entre a Ucrânia e Angola. A minha visita, que é a primeira visita do Ministro dos Negócios Estrangeiros da Ucrânia a Angola e a minha primeira visita oficial a África, enfatiza a importância de Angola para a Ucrânia na África Austral. Temos laços historicamente estreitos entre os nossos povos e países. Espero que juntos abramos uma nova página nas relações bilaterais», enfatizou Andrii Sybiha.

Andrii Sybiha enfatizou a abertura e consistência da política da Ucrânia em relação ao desenvolvimento das relações com os Estados africanos, que se baseia nos princípios da amizade e confiança, cooperação mutuamente benéfica e respeito pela Carta das Nações Unidas, uma prova direta disso foi o lançamento das Instituições diplomáticas ucranianas em 7 países do continente africano em 2024. 

Na quinta-feira, 24 de Outubro, durante a visita a Angola, o MNE da Ucrânia e o Ministro das Relações Exteriores de Angola, Tete António, mantiveram negociações bilaterais em Luanda. 

Foto: (c)MRE de Angola

Andrii Sybiha destacou a historicidade da primeira visita do responsável do MNE da Ucrânia a Angola, lembrando que este ano os dois países celebram o 30.º aniversário do estabelecimento de relações diplomáticas e o 20.º aniversário da abertura da Embaixada da Ucrânia em Luanda. 

Durante as negociações, os ministros centraram-se nas perspectivas de envolvimento das empresas ucranianas em projectos de modernização das infra-estruturas energéticas e de transportes de Angola, bem como do seu sector agrícola. Discutiram o papel da Ucrânia e potenciais projectos mutuamente benéficos no contexto da implementação do corredor do Lobito. 

Os diplomatas prestaram especial atenção à agricultura de alta tecnologia, em particular à utilização de drones na agricultura. “A Ucrânia tem experiências e tecnologias únicas, que estamos prontos a partilhar e a ajudar Angola a aumentar a sua auto-suficiência alimentar”, salientou Dr. Sybiha. 

O responsável ucraniano referiu que Ucrânia está interessada em alargar o quadro contratual e jurídico ucraniano-angolano. Segundo o mesmo, a prioridade para a cooperação é a celebração do Memorando de Entendimento entre os governos na área da defesa e do Memorando de Entendimento entre os ministérios da agricultura dos dois países. 

Os ministros concordaram ainda em estabelecer o trabalho de uma comissão intergovernamental conjunta e preparar a sua primeira reunião. As partes discutiram também as perspectivas de celebração de acordos para evitar a dupla tributação, promoção e protecção mútua de investimentos, cooperação entre academias diplomáticas. 

O chefe do Ministério dos Negócios Estrangeiros observou separadamente que Ucrânia enfrenta actualmente problemas graves devido à poluição das minas. Angola, mesmo muitos anos após o fim da guerra, enfrenta o mesmo problema e tem uma experiência considerável na sua superação. Andrii Sybiha sugeriu o reforço da cooperação entre a Ucrânia e Angola no domínio da desminagem humanitária. 

O ministro confirmou a disponibilidade da Ucrânia para reforçar a cooperação no sector da educação e aceitar mais estudantes de Angola assim que as condições de segurança o permitam. Lembrou que o próprio Ministro Tete António estudou em Kyiv há muitos anos e está bem ciente da elevada qualidade do ensino superior ucraniano.

quinta-feira, outubro 31, 2024

Crimes russos de guerra: os ataques com objetivo de matar o maior número de pessoas

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A rússia lançou pelo menos 36 ataques duplos contra Ucrânia desde o início da invasão em grande escala. Tem como alvo específico as equipas de resgate, jornalistas e civis que chegam ao local, e o seu objetivo é matar o maior número de pessoas possível. 

Estes bombardeamentos de instalações civis na Ucrânia é um crime de guerra. Os ataques contra os feridos e aqueles que os ajudam são proibidos pelo direito internacional humanitário. 

Um ataque duplo é o bombardeamento de um local com um curto intervalo entre 5 minutos à algumas horas. Tem como alvo específico as equipas de resgate, jornalistas e civis que chegam ao local, e o seu objetivo é matar o maior número de pessoas possível. As equipas de emergência estão entre as mais atingidas por ataques duplos, com pelo menos 20 dos 36 ataques a resultarem em ferimentos ou morte de socorristas. No total, o número de ataques com sinais de serem duplos ultrapassa 60. 

Os dados do inquérito da organização Truth Hounds permitem identificar os comandantes russos responsáveis pelos ataques duplos à Ucrânia, que armas são utilizadas e saber quem é o pessoalmente responsável por estes crimes de guerra.

Bónus

O jardim de infância «Umka» da vila de Tovarkovo, na região russa de Kaluga, criou a sua própria parede de obituário. Em breve a nova tradição chegará às creches?

«O jardim de infância dos jovens orcos»


«The Battle for Kyiv»: como Ucrânia venceu a batalha pela capital

Oz Katerji, jornalista britânico-libanês, realizou o documentário «The Battle for Kyiv», vencendo o prémio principal do Portland Film Festival, nos EUA, para o melhor documentário.

Filmado em Kyiv e arredores durante o início da invasão russa em grande escala, «The Battle for Kyiv» segue a história do mais jovem parlamentar da Ucrânia, Sviatoslav Yurash, e de um grupo de voluntários ucranianos que pegam em armas para repelir os invasores russos.

«The Battle for Kyiv» documenta toda a luta pela capital ucraniana, desde os dias que antecederam a invasão, à medida que os russos começam a rodear a cidade em 25 de fevereiro até o fim do cerco russo em 2 de abril de 2022. 

Quando as tropas russas são finalmente expulsas, os voluntários descobrem a devastação deixada no seu rasto e o horror total dos seus crimes contra a humanidade. 

O que aconteceu em Kyiv é realmente um cenário único, e é por isso que espero que o filme conte de alguma forma esta história às pessoas e lembreàs pessoas o quão extraordinária é a resistência que os ucranianos emprenderam aqui. É algo que deve ser recordado, falado e ensinado nas aulas de história às gerações vindouras”. 

Oz Katerji

quarta-feira, outubro 30, 2024

«Macaco»: a curta-metragem dedicada à resistência ucraniana

Curta-metragem dedicada aos membros do movimento de resistência ucraniana nos territórios temporariamente ocupados (TOT) da Ucrânia.

São homens e mulheres ucranianos que ficaram nos TOT, onde dedicam as suas vidas à resistência e às suas diversas operações para aproximar a vitória final da Ucrânia.

terça-feira, outubro 29, 2024

Os ocupantes russos atingem o símbolo da cidade de Kharkiv

Os ocupantes russos atacaram o edifício histórico «Derzhprom», o monumento arquitetónico protegido pela UNESCO, o primeiro arranha-céus ucraniano, construído em estilo construtivista, o símbolo da cidade de Kharkiv.



Também foi danificado um centro médico e edifícios administrativos. Segundo informações preliminares, 4 casas ficaram completamente destruídas, 19 ficaram danificadas e 4 pessoas morreram, informa o prefeito de Kharkhiv - Terekhov.
«Kharkiv - concreto!»

O edifício «Derzhprom», erguido entre 1925 e 1928 tornou-se o primeiro arranha-céus soviético construído em estilo construtivista e está incluído na lista de monumentos arquitetónicos da Ucrânia. Os russos em 2024 fizeram aquilo que os nazis não fizeram durante a ocupação de Kharkiv, de 1941 à 1943.







Edifício «Derzhprom» atingido pelos mísseis russos em 2024

Simbolicamente, putin prova mais uma vez que ele e o seu bando são piores que os nazis do Hitler. 

Para atacar Kharkiv os ocupantes russos usaram «Grom-E1», um híbrido de bomba planadora e míssil. Baseado no míssil Kh-38, possui asas que se abrem no ar, o que proporciona alcance e precisão. Os russos chamam «Grom-E1» de um míssil guiado de aviação.

Na mesma noite os ocupantes russos novamente atacaram os bairros residenciais em Kyiv:

Kyiv, atingida pelos drones russos, 29-10-2024

e Kryviy Rih:



segunda-feira, outubro 28, 2024

Erika Kornélia Szeles, a resistente anti-comunista húngara

Foto colorida
Erika Kornélia Szeles era uma moça húngara de 15 anos, que participou no levantamento anticomunista de outubro de 1956. Era judia, o pai morreu no Holocausto e a mãe era uma comunista convicta. 

Erika juntou-se à revolução anti-comunista húngara, que começou a 23 de outubro de 1956. No início, a menina participou diretamente nos combates, mas mais tarde, começou a prestar os primeiros socorros aos feridos durante os confrontos entre os rebeldes e as tropas soviéticas. 

A 1 de novembro de 1956, o fotojornalista dinamarquês Vagn Hansen tirou esta fotografia, com a Erika armada com um PPSh-41 soviético. Por vezes, os propagandistas russos tentam usar a imagem da Erika, dizendo que é uma partisane soviética. 

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A 8 de novembro de 1956, durante a batalha em Budapeste, Erica morreu quando tentava transportar um camarada ferido. O assassinato de Erika causou ampla repercussão entre os rebeldes, levou ao fortalecimento dos protestos e à radicalização da luta contra a ocupação soviética.