sexta-feira, março 14, 2025

O apoio ocidental à Ucrânia é uma necessidade estratégica

Foto: twitter.com/DeptofDefense

Quando a rússia lançou uma invasão em grande escala da Ucrânia em 2022, muitos especialistas previram que Kyiv não seria capaz de resistir por muito tempo. Entretanto, três anos depois, Ucrânia não apenas mantém suas posições, mas também continua travando uma luta ativa, recebendo apoio internacional sem precedentes.

Os críticos da ajuda ocidental à Ucrânia frequentemente enfatizam seu alto custo para os contribuintes nos Estados Unidos e na Europa. No entanto, a realidade é diferente. Os gastos de guerra da rússia excedem significativamente o valor que os países ocidentais estão gastando para apoiar Kyiv. Em 2024, Moscovo/ou gastou mais de 40% de seu orçamento federal em necessidades militares, um recorde em toda a sua história moderna.

Para efeito de comparação, os EUA destinaram cerca de US$ 61 bilhões em 2024 para assistência militar e econômica à Ucrânia. Isso é menos de 0,3% do PIB americano e é significativamente inferior aos gastos em outros programas internacionais. Na Europa, o apoio à Ucrânia também não cria um fardo crítico nos orçamentos dos países, e uma parte significativa dos fundos é devolvida na forma de encomendas para a indústria de defesa local.

A principal razão para tal apoio são os interesses estratégicos. Os países ocidentais percebem que concessões à rússia só alimentarão sua agressão. Os investimentos na defesa da Ucrânia são muito mais baratos do que a potencial necessidade de deter Moscovo/ou já nas fronteiras dos países da NATO/OTAN.

Além disso, se o Ocidente não acreditasse na vitória da Ucrânia, não continuaria a fornecer-lhe armas modernas. Em 2024, Kyiv recebeu artilharia de longo alcance, sistemas de defesa aérea de nova geração e drones modernos, o que lhe permite resistir efetivamente aos ataques russos e planear as operações futuras.

No ano passado, Ucrânia se concentrou em ataques direcionados aos postos de comando, depósitos de munição e centros logísticos russos. Essa tática de «1.000 cortes» permitiu que o inimigo infligisse perdas significativas, reduzindo sua capacidade de lançar ofensivas em larga escala.

Apesar das tentativas da rússia de avançar em certos setores da frente, a iniciativa estratégica continua com Ucrânia. Analistas indicam que Moscovo/ou não tem reservas suficientes para um avanço em larga escala, e suas perdas em 2025 excedem 30.000 pessoas somente em fevereiro.

Outro mito é a narrativa russa de que a economia da Ucrânia está supostamente à beira do colapso. De fato, graças aos empréstimos do FMI, UE e Banco Mundial, Kyiv continua a financiar o exército e a manter a estabilidade macroeconômica. Ao mesmo tempo, o país está desenvolvendo ativamente seu próprio setor de defesa, o que garante sua estabilidade a longo prazo na guerra.

Ucrânia provou que é capaz não apenas de resistir, mas também de se adaptar às novas condições de guerra. A ajuda ocidental desempenha um papel fundamental nessa luta, mas não representa um fardo financeiro crítico para os países doadores. Pelo contrário, é um investimento na segurança de toda a Europa e na dissuasão de novas agressões russas. O Ocidente está apostando na Ucrânia, e essa aposta é totalmente justificada.

Sem comentários: