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Poeta Pavlo Chubynskiy |
Em 1863, o texto foi publicado pela primeira vez na revista ucraniana «Meta» de Lviv com indicação, errada, do que o autor é o próprio Taras Shevchenko, falecido há dois anos. O poema não deixou indiferente o padre e compositor ucraniano Mykhailo Verbytsky, que escreveu uma música solene para ele.
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A publicação original na revista «Meta», 1863 |
A primeira apresentação pública ocorreu em 10 de março de 1865 na cidade de Przemyśl (Polônia atual). Em um concerto que marcou o aniversário da morte de Taras Shevchenko, a música foi tocada pela primeira vez pelo coral da Catedral de Przemyśl, regido por Anatol Vakhnianyn. A princípio, os presentes pensaram que estavam ouvindo a então popular Marcha de Dąbrowski - «Jeszcze Polska nie zgineła...», mas rapidamente se apreceberam que estavam ouvindo uma obra inédita. O apresentador anunciou a obra como «música de Mykhailo Verbytsky, letra de Taras Shevchenko», porque a autoria do texto foi então erroneamente atribuída ao Kobzar. Contemporâneos relembram que os acordes finais da música foram recebidos com aplausos estrondosos e exclamações de «Que grandeza!», «Verdadeira força de espírito!» O compositor Mykhailo Verbytskyi esteve pessoalmente presente no salão e recebeu os parabénsdo público entusiasmado.
«Ucrânia ainda não morreu», de Chubynsky e Verbytsky, junto com «O eterno revolucionário», de Franko e Lysenko, interpretadas pelo Coro Stetsenko, foram tocadas durante a proclamação do Ato de União entre a Rapública Ropular da Ucrânia (UNR) e a República Popular da Ucrânia Ocidental (ZUNR) no centro de Kyiv em 1919. Em 1939, «Ucrânia ainda não morreu» foi aprovado como o hino da Ucrânia dos Cárpatos.
Durante a era soviética, a música e a letra foram estritamente perseguidos e proibidos.
Nos tempos modernos, «Ucrânia ainda não morreu» foi apresentada pela primeira vez e publicamente, no palco principal do festival «Chervona Ruta» em 24 de setembro de 1989. A aprovação oficial da música como hino da Ucrânia ocorreu em 6 de março de 2003.
Ao mesmo tempo, a letra da primeira estrofe do hino foi alterada para «A glória e a liberdade da Ucrânia ainda não morreram».
O hino foi presente na Revolução Laranja de 2004 e na Revolução da Dignidade em 2013-14, no Leste da Ucrânia durante a guerra com a rússia e durante as vitórias dos atletas nas competições internacionais e no festival Eurovisão.
Glória à Ucrânia, pois nem a glória nem a vontade morreram para Ucrânia.
Hoje, durante a guerra em larga escala da rússia contra Ucrânia, o hino nacional inspira ucranianos ao redor do mundo. Este é o pulso da Ucrânia, forte, invicta e livre. Cada nota do nosso hino é a voz da liberdade que nunca será silenciada, escreve a Embaixada da Ucrânia em Portugal.
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