Um
monumento da era soviética em memória dos agentes da polícia repressiva do
regime, o famigerado VChK-GPU-NKVD-KGB,
foi desmontado em Kyiv (estação do metro Lybidska). À quarta tentativa os restos dos “chekitas” foram de
vez para a “lixeira da história”.
Pela
primeira vez os manifestantes da Euromaidan tentaram desmontar o monumento em
fevereiro de 2014. Outra tentativa foi feita no final de abril de 2016, mas o
procedimento revelou-se muito complicado, uma vez que o monumento pesava cerca
de 300 toneladas. Na altura, os ativistas apenas o pintaram, deixando nele as descrições
como: “aos carrascos do povo ucraniano”.
Os
trabalhos de desmantelamento tinham reiniciado há uma semana. No dia 29 de maio
o monumento foi desmantelado com a ajuda de uma retroescavadora. O método
causou alguma polémica uma vez que este foi planeado para ser transportado para
o museu de arte soviética.
Dezenas
de estátuas de líder bolchevique Lenine foram derrubados na Ucrânia desde 2013.
As primeiras demolições coincidiram com os protestos pró-Europa, conhecidas
como Maydan, que mais tarde se transformaram em movimento de indignação contra
o governo do ex-presidente Viktor Yanukovych, apoiado pelo Moscovo.
A
queda dos monumentos em todo o país está sendo saudada como um símbolo do
impulso da Ucrânia independente para se modernizar após a dissolução da União
Soviética. O processo está em linha com um pacote de leis, adoptado pelo
Parlamento ucraniano no ano passado que proíbe os símbolos e a propaganda do
regime comunista e nazi. O processo de rebaptizar as cidades, vilas e bairros; assim
como ruas, avenidas e praças é o mais recente passo nos esforços da Ucrânia
para se desligar de vez do passado totalitário soviético, escreve o canal
televisivo UA
today.
O
ultimo Lenine goodbye em Odessa
No
dia 28 de maio, no âmbito do processo de descomunização, foi completamente desmantelado
o último monumento ao Lenine na cidade de Odessa.
O
maior monumento do líder bolchevique da cidade foi calmamente desmontado pelos
funcionários da câmara municipal da cidade. Durante os últimos nove anos este monumento
estava colocado num dos parques na periferia da cidade, após ser removido do
centro da urbe. A
escultura de líder bolchevique de 10 metros de altura, composta por sete blocos
maciços, foi retirada do pedestal por dois guindastes e será levada para fora da
cidade. “Não houve quem quisesse perturbar o processo de desmantelamento”, –
garantiu o chefe da brigada dos serviços municipais.
Além
deste monumento, estão sujeitos à desmontagem, de acordo com a ordem №305-A do
chefe da Administração estatal da Odessa, Mikheil Saakashvili, a escultura do Lenine
na zona portuária e mais dois monumentos dos bolcheviques locais pouco conhecidos. Num
futuro próximo, também será demolido o “muro dos chekistas” na rua Mechnikov,
placas memoriais aos líderes comunistas Kotovsky, Blucher, Shhors e Halan, além
do busto, a pedra memorial e duas placas do marechal Zhukov e outros símbolos
do totalitarismo soviético, escreve Tyzhden.ua.
Descomunização
em Kherson
Na
cidade de Kherson, foi desmontado o monumento do líder bolchevique Alexander Tsiurupa,
um dos criadores da “ditadura alimentar” (adoptada em lei pelo Conselho dos
Comissários do Povo em 13 de maio de 1918), organizador da expropriação dos
alimentos e da aniquilação dos camponeses ucranianos no leste e sul da Ucrânia.
O
procedimento de desocupação do pátio da Universidade Estatal Agrária de Kherson
não demorou mais que duas horas, informa Tyzhden.ua.
https://www.youtube.com/watch?v=wEK8JJ1xEKA
https://www.youtube.com/watch?v=wEK8JJ1xEKA
Blogueiro:
apesar de todo este esforço, na Ucrânia há ainda cerca de mil monumentos ao
Lenine (!) Dado que o comunismo soviético era uma espécie de religião com culto
dos mortos, o regime comunista, tal como quase todos os reinos do passado,
tentava eternizar os seus “amados líderes” para todo o sempre. Se a humanidade
se perdia numa guerra nuclear contra o capitalismo, os ídolos soviéticos
deveriam servir de memória intemporal do seu reino do terror, isso é, “em prol
da humanidade progressista”.
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