Os prisioneiros do RKKA, muitos deles ucranianos, oeste da Ucrânia, junho de 1941 |
Em
janeiro – fevereiro de 1942, a Cruz Vermelha Internacional tinha enviado ao governo
soviético pelo menos duas telegramas, propondo fornecer os alimentos aos
militares do Exército Vermelho (RKKA), prisioneiros da guerra da Alemanha nazi e da
Roménia. A decisão da liderança soviética foi clara: “Não responder!”
Tradução
do francês.
TELEGRAMA
De
Genebra
6
de janeiro de 1942
Ao
Comissariado Popular dos Negócios Estrangeiros
Moscovo.
A
Cruz Vermelha Internacional teria a possibilidade de distribuir a açúcar doado entre os prisioneiros russos na
Alemanha e na Roménia.
Solicitamos,
será que seria possível, por outro lado, enviar alguma quantidade de encomendas
aos prisioneiros alemães na Rússia.
Cruz
Vermelha Internacional.
5767.
A
resolução do Estaline (em cima da folha): “Decidido não responder”.
Tradução
do francês.
TELEGRAMA
De
Genebra
17
de fevereiro de 1942.
Ao
Molotov, o Comissario
Popular
dos Negócios Estrangeiros
Moscovo.
O
governo britânico permite a compra dos alimentos em África para o envio aos
prisioneiros russos na Alemanha e (o seu) transporte nos navios da Cruz Vermelha
Internacional.
Solicitamos
a Vossa Excelência ter a gentileza de nós informar sobre a sua visão sobre esta
questão. Os fundos, necessários para estas compras poderiam ser vós concedidos
pelo Banco
de Compensações Internacionais em Basileia.
Cruz
Vermelha Internacional. 6374.
A
resolução do Vyacheslav Molotov (em cima da folha): “Não é preciso responder”
Blogueiro
Os prisioneiros do RKKA recebem os alimentos em Vinnysya, na Ucrânia, julho de 1941 |
Pelos
dados do Ministério da Defesa da federação russa, publicados em 2005, durante a
II G.M., passaram pelo cativeiro nazi 4.559 milhões de militares soviéticos
(outros dados apontam o número de até 5.700 milhões). Estimado que cerca de 3.300
milhões (57%) dos prisioneiros morreram. Em contraste com a morte de 8.300 (3,6%)
dos 231.000 militares do contingente anglo – britânico (Wikipedia).
O campo de concentração nazi improvisado dos prisioneiros do RKKA, agosto de 1942 |
Sem
dúvida alguma, no seu objetivo de extermínio dos eslavos, Hitler tive uma ajuda
bastante preciosa de toda a liderança soviética. Que é igualmente responsável
pelas mortes e pelas condições absolutamente deploráveis em que os prisioneiros
do RKKA eram sujeitos nos campos de concentração do 3º Reich.
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