segunda-feira, maio 09, 2016

O papel da URSS na morte dos prisioneiros do RKKA

Os prisioneiros do RKKA, muitos deles ucranianos, oeste da Ucrânia, junho de 1941
Em janeiro – fevereiro de 1942, a Cruz Vermelha Internacional tinha enviado ao governo soviético pelo menos duas telegramas, propondo fornecer os alimentos aos militares do Exército Vermelho (RKKA), prisioneiros da guerra da Alemanha nazi e da Roménia. A decisão da liderança soviética foi clara: “Não responder!”
Tradução do francês.
TELEGRAMA
De Genebra
6 de janeiro de 1942
Ao Comissariado Popular dos Negócios Estrangeiros
Moscovo.

A Cruz Vermelha Internacional teria a possibilidade de distribuir a açúcar doado entre os prisioneiros russos na Alemanha e na Roménia.
Solicitamos, será que seria possível, por outro lado, enviar alguma quantidade de encomendas aos prisioneiros alemães na Rússia.

Cruz Vermelha Internacional
5767. 

A resolução do Estaline (em cima da folha): “Decidido não responder”.
Tradução do francês.
TELEGRAMA
De Genebra
17 de fevereiro de 1942.
Ao Molotov, o Comissario
Popular dos Negócios Estrangeiros
Moscovo.

O governo britânico permite a compra dos alimentos em África para o envio aos prisioneiros russos na Alemanha e (o seu) transporte nos navios da Cruz Vermelha Internacional.
Solicitamos a Vossa Excelência ter a gentileza de nós informar sobre a sua visão sobre esta questão. Os fundos, necessários para estas compras poderiam ser vós concedidos pelo Banco de Compensações Internacionais em Basileia.

Cruz Vermelha Internacional. 6374. 

A resolução do Vyacheslav Molotov (em cima da folha): “Não é preciso responder”

Blogueiro
Os prisioneiros do RKKA recebem os alimentos em Vinnysya, na Ucrânia, julho de 1941
Pelos dados do Ministério da Defesa da federação russa, publicados em 2005, durante a II G.M., passaram pelo cativeiro nazi 4.559 milhões de militares soviéticos (outros dados apontam o número de até 5.700 milhões). Estimado que cerca de 3.300 milhões (57%) dos prisioneiros morreram. Em contraste com a morte de 8.300 (3,6%) dos 231.000 militares do contingente anglo – britânico (Wikipedia).
O campo de concentração nazi improvisado dos prisioneiros do RKKA, agosto de 1942
Sem dúvida alguma, no seu objetivo de extermínio dos eslavos, Hitler tive uma ajuda bastante preciosa de toda a liderança soviética. Que é igualmente responsável pelas mortes e pelas condições absolutamente deploráveis em que os prisioneiros do RKKA eram sujeitos nos campos de concentração do 3º Reich. 

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