Um
dos quadros mais antigos da secreta interna portuguesa SIS, o ex-chefe de divisão, atualmente o analista Frederico
Manuel Carvalhão Gil (também apontado como sendo membro da maçonaria), foi
detido, no sábado último em Roma na Itália, a passar os documentos secretos à um agente
da secreta externa russa SVR (ex-KGB). É a fase visível da operação europeia “Top Secret”.
Um
espião português foi detido no sábado passado, em Itália, por suspeitas de
estar a vender informações a um funcionário dos serviços secretos de um outro
país. Fonte ligada ao processo confirmou ao Observador que se trata de um
funcionário do Serviço de Informações e Segurança (SIS), que é suspeito de
vender informações a um espião russo do SVR, também ele detido. Segundo esta
mesma fonte, o espião português e o espião russo não foram detidos em flagrante
delito, mas no comunicado da Policia Judiciária (PJ) é referido que existem
provas “com relevante valor”.
De
acordo com o Expresso,
o espião português detido chama-se Frederico [Manuel] Carvalhão Gil, é um dos
membros mais antigos do SIS [desde a década de 1980] e chegou [a ocupar um
cargo do chefe de divisão, que na casa se designa por “diretor de área”] e [depois]
ter as responsabilidades hierárquicas no serviço que analisa as ameaças à
segurança nacional verificadas em território nacional. Segundo aquele
semanário, Carvalhão Gil terá levantado suspeitas a um serviço de informações
‘amigo’ do SIS quando levou a sua namorada (uma cidadã de um país do leste
europeu) para um curso internacional [de formação].
O
espião português terá viajado até Itália com o propósito de vender informações
reservadas e chegou a receber o dinheiro da transação efetuada com o
funcionário dos serviços de informações russos. A detenção dos dois suspeitos
terá ocorrido em separado e após ter ocorrido esta alegada transação.
Em
comunicado, a Polícia
Judiciária apenas refere “a existência de suspeitas da prática de um crime
de espionagem, por parte de um funcionário, a favor de um serviço de
informações estrangeiro”.
A
Procuradoria-Geral da República, numa comunicado
emitido após o texto da PJ, confirma que estão a ser investigadas “suspeitas de
transmissão de informações, a troco de dinheiro, por parte de um funcionário
português a um cidadão estrangeiro supostamente ligado a um serviço de
informações estrangeiro”.
Foi
o próprio SIRP — Serviço de Informações da República
Portuguesa [na pessoa do Secretário-Geral, Júlio Pereira] que detetou “a
toupeira” — termo usado para definir um agente secreto que passa informações a
outro serviço de informações — e fez a respetiva participação criminal no
Ministério Público (MP) por suspeitas do crime de espionagem e violação do
segredo de Estado. A partir daqui, o MP e a Judiciária tomaram conta do caso.
Segundo
o comunicado da PJ, foi desencadeada “uma complexa e sensível operação, que
decorreu desde o final da passada semana e findou ontem, na sequência da qual foi
possível esclarecer factos referentes à prática dos crimes de espionagem,
corrupção e violação de segredo de Estado”.
Fruto
da excelente articulação entre o Ministério Público, a Polícia Judiciária e o
Serviço de Informações de Segurança, bem como ao nível da cooperação
internacional com as autoridades italianas, foram detidas duas pessoas, em
Roma, pela presumível prática dos crimes de espionagem, corrupção e violação de
segredo de Estado”, lê-se no texto da PJ
O
comunicado revela ainda que já foi iniciado o processo de extradição:
“Os
dois detidos, a quem foram apreendidos elementos com relevante valor
probatório, foram presentes à Autoridades Judiciárias italianas competentes,
tendo sido determinado que aguardem a extradição em prisão preventiva”.
Apesar
de o segundo detido ser de outra nacionalidade, pode dar-se o caso de vir a ser
extraditado para Portugal, uma vez que a operação foi feita recorrendo a
mandados de detenção europeus.
Buscas
domiciliárias em Portugal
No
comunicado da Procuradoria-Geral da República sobre a operação “Top Secret”,
assim se chama, acrescenta-se que, ao mesmo tempo que em Roma eram detidos os
dois homens, “foram realizadas, igualmente, buscas domiciliárias em Portugal”.
Os
suspeitos estão detidos em Itália
As
autoridades portuguesas fizeram deslocar funcionários a Itália, sendo que a
operação contou com o apoio das autoridades italianas [Polícia de Stato e Divisione
Investigazioni Generali e Operazioni Speciali (DIGOS)], da Interpol e da
Eurojust. O Ministério
Público [Amadeu Guerra, o diretor do Departamento Central de Investigação e
Ação Penal (DCIAP), delegou para este caso os dois procuradores com mais
experiência em matérias de terrorismo e contra-espionagem, João Melo e Vítor
Magalhães] é apoiado nesta investigação pela Unidade Nacional de Combate ao
Terrorismo [dirigida por Luís Neves] da PJ.
Fontes:
Sabe-se que não seria a primeira vez que o agente português passava informações aos
serviços russos e que o faria a troco de dinheiro. A investigação que conduziu
a esta detenção em Roma já decorria há mais de um ano, escreve Expresso.
Na sua peça televisiva sobre o caso a TV portuguesa SIC
avançou que no momento da sua detenção Frederico Manuel Carvalhão Gil possuía o
passaporte diplomático russo.
Blogueiro:
o “vazamento” em menos de uma semana das informações tão sensíveis na imprensa portuguesa
pode significar uma das duas ou mesmo as duas coisas ao mesmo tempo. A União Europeia
começa mudar radicalmente as suas políticas em relação a federação russa, incluindo no domínio
dos serviços secretos. Em Portugal decorre a guerra entre as diversas lojas maçónicas
e Frederico Manuel Carvalhão Gil, alegadamente membro № 719
da loja GOL foi sacrificado para
enfraquecer o poder da sua loja nessa luta absolutamente real dos “pedreiros
livres”.
1 comentário:
Olá! Gostaria de receber informações do blog por e-mail, mas não consegui achar o link.Me ajude! Saudações brasileiras.
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