Morreu Valeriya Novodvorskaya (17 de maio de 1950 – 12 de julho de 2014), ativista
liberal russa, dissidente soviética, a fundadora e presidente do partido “União
Democrática”, tradutora e professora de profissão, membro do conselho editorial
da revista “The New Times”.
Valeriya Novodvorskaya participou ativamente no movimento dissidente
soviético desde a sua juventude, presa pela primeira vez em 1969 por distribuir os panfletos que criticavam a invasão
soviética da Checoslováquia (Primavera de Praga de 1968). Os folhetos incluíam os versos da sua autoria: “Obrigado, o partido comunista, pela nossa amargura e desespero,
pelo nosso silêncio vergonhoso, obrigado o partido!”. A dissidente tinha apenas
19 anos nessa época, foi presa e encarcerada no hospital psiquiátrico
soviético, assim como muitos outros dissidentes. Ela descreveu sua experiência
de psiquiatria punitiva soviética no livro “Beyond Despair”.
Valeriya em criança |
Em 18 de março de 2014 na declaração da liderança da “União Democrática”,
Novodvorskaya criticou fortemente a Rússia pela sua política externa em relação
à Ucrânia, dizendo que a “União Democrática” não reconhece nem a realização de
um referendo sob os canos de canhões e metralhadoras russas, nem os seus
resultados falsificados. Tártaros da Crimeia não participaram no referendo. [...]
Assim, a União Democrata não reconhece este anschluss, não reconhece a
anexação da Crimeia, considera a Crimeia como território ucraniano e não quer
se solidarizar com um estado fascista, que segue o caminho do Stalin-Hitler,
encabeçado pelos chequistas. Rússia declarou a guerra contra Ucrânia. Nesta
guerra estamos do lado da Ucrânia.
Paz à sua alma!
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