Pela primeira vez desde início da agressão contra Ucrânia, os terroristas
pró-russos atingiram diretamente o mundo. No Boeing-777 da “Malaysia Airlines”,
abatido entre as cidades ucranianas de Torez e Shakhtarsk, viajavam 280
passageiros e 15 tripulantes. A maioria dos passageiros eram turistas
ocidentais oriundos da União Europeia, alguns dados apontam que entre eles
estavam cerca de 80 crianças...
O avião fazia o trajeto Amesterdão – Kuala-Lumpur, quando foi atingido pelo
míssil dos terroristas russos, informou o conselheiro do ministro do Interior
da Ucrânia, Anton Herashenko no seu Facebook.
“Agora mesmo sobre o Torez os terroristas (usando) o complexo de mísseis “Buk”,
abateram o avião civil Kuala-Lumpur – Amesterdão...”, – escreveu Herashenko.
O jornalista ucraniano Yuri Butusov (colocado recentemente pelos terroristas
numa lista de jornalistas ucranianos à assassinar) informa no seu Facebook que
o disparo contra Boeing-777 foi efectuado da zona sob controlo dos separatistas
e terroristas, sem a presença dos meios anti-aéreos ou militares ucranianos. No
entanto se sabe que nas proximidades do Boeing voava o aparelho Il-76 de
transporte militar ucraniano, que se dirigia em auxílio das forças armadas da
Ucrânia, cercadas pelos terroristas. A fonte do Ministério da Defesa da Ucrânia
considera que sistemas anti-aéreas russas pretendiam derrubar o avião ucraniano,
mas por erro atingiram o Boeing civil.
Por sua vez, o chefão terrorista, famigerado Igor Girkin “Strelkov”,
inicialmente não tinha percebido que o alvo foi o aparelho internacional,
gabou-se publicamente que as suas forças abateram mais um An-26 ucraniano. Eis o que escreveu o terrorista internacional na sua página na rede social VK:
“Na área de Torez agora mesmo abateram avião An-26, esta deitado algures depois
da mina “Progresso”. Avisamos pá – não voar no “nosso céu”. E aqui está a
confirmação em vídeo de mais uma “quedadopassarinho”. O passarinho caiu atrás
do monte de entulho mineiro, a área residencial não foi atingida. As pessoas
pacíficas não foram afetadas”, – dizia-se na página do terrorista.
Mais tarde, alertado pela dimensão do crime, o administrador da página (pois é bastante claro e perfeitamente lógico que não é o próprio terrorista que administra a página) alterou o texto, deixando apenas este trecho:
“Na área de Snezhnoe agora mesmo abateram An-26, esta deitado algures depois
da mina “Progresso”.
Recordaremos, que nas vésperas, o porta-voz do Conselho Nacional da Defesa
e Segurança da Ucrânia (RNBO), Andriy Lysenko informou que os terroristas
receberam na sua posse o sistema de mísseis “Buk”, capaz de atingir os aviões à
grande altitude, escreve ZN.ua
A informação foi confirmada pelos próprios terroristas, que ainda no dia 29 de junho se gabaram nas
redes sociais de possuírem no seu poder um “Buk” operacional (imagem em cima). O vídeo em baixo mostra como o "Buk" terrorista deixa a vila de Snezhnoe após se souber que o seu alvo foi o avião civil malaio e não um aparelho ucraniano.
A origem do disparo
Os militares ucranianos dizem que fixaram o disparo do míssil que poderia atingir
o Boeing malaio.
“Os nossos militares fixaram o momento do disparo do míssil”, – informou o
conselheiro do Ministro do Interior da Ucrânia, Anton Herashchenko, falando ao canal de
TV “Ucrânia 112”, nesta quinta-feira.
Ele observou que na região na disposição dos terroristas está um grande
número de equipamentos militares, “incluindo o sistema de mísseis “Buk”, que
foi visto hoje, na primeira metade do dia na área da aldeia de Ternove...”,
cita as suas palavras ZN.ua
As caixas negras ... na posse dos terroristas (!)
Os terroristas da rp de Donetsk já conseguiram localizar as “caixas negras”
do avião malaio e pretendem as enviar à ... Moscovo (!) para a peritagem (!)
Como informou o “1º vice-primeiro-ministro” terrorista, Andrei Purgin, os
terroristas já alcançaram o local da queda do aparelho (área sob seu controlo)
e já têm as “caixas negras” no seu poder, pretendendo envia-las à Moscovo,
escreve Censor.net.ua
Avião militar russo derruba Su-25 ucraniano
É de recordar que no dia 14 de julho os terroristas derrubaram na zona de
OAT o An-26 de transporte e no dia 16 o caça-bombardeiro Su-25 (FONTE),
ambos da força aérea ucraniana.
Su-25 ucraniano |
O piloto do Su-25 consegui catapultar-se e foi resgatado com segurança pelas forças
ucranianas. O porta-voz do RNBO, Andriy Lysenko emitiu o seguinte
comunicado:
“No dia 16 de julho, cerca das 19h00, do lado da Federação Russa foi
efetuada mais uma provocação. A aeronave da força aérea da FR efetuou um ataque
de míssil contra o avião Su-25 da força aérea da Ucrânia, que realizava as tarefas
no território da Ucrânia”.
O Ministério da Defesa da Ucrânia esclareceu que o avião ucraniano, durante o seu voo foi atingido na cauda com o disparo vindo do lado da fronteira com a
Federação Russa. “Provavelmente, o disparo foi efetuado com mísseis “ar – ar”
dos aviões militares das Forças Armadas da Federação Russa, que patrulhavam a
fronteira em um par, em uma determinada área”, – informou o serviço de imprensa
do Ministério da Defesa da Ucrânia.
Os terroristas observam a ação da aviação ucraniana, foto@AFP |
O ministério da Defesa também confirmou que um outro Su-25 foi atingido com
o míssil PZRK. Este aparelho consegui abandonar a área de combate, avião
aterrou em segurança e será recuperado, escreve ZN.ua
Blogueiro
1. Ucrânia está a sangrar nos últimos meses e a União Europeia apenas emite as
preocupações: “fortes”, “muito fortes” e “mesmo-mesmo muito fortes”. Caso UE e
NATO apoiassem Ucrânia militarmente, logisticamente, com os meios da defesa,
etc., as tragédias como essa poderiam ser perfeitamente evitadas.
2. Dado que os terroristas não possuírem a força aérea, Ucrânia não tinha e não tem nenhuma necessidade de usar os seus sistemas anti-aéreos, contra os alvos
inexistentes.
3. Dado que os aviões ucranianos, recentemente abatidos, An-26 e Su-25 voavam
nas altitudes superiores à 3000 m; é perfeitamente possível deduzir que os
terroristas ou os seus patrocinadores possuem na Ucrânia os meios militares
para além dos simples PZRK. O An-26 foi atingido quando voava em 6500 metros, Boeing-777
da “Malaysia Airlines” não escapou aos 10.000 metros...
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