Muito
antes do Talibã, que explodiu as estátuas do Buda, ou extremistas islâmicos que
celebram
o incêndio na Notre-Dame, quem destruia o património histórico da
humanidade eram os comunistas soviéticos, fieis do culto de “materialismo
científico militante”.
Esta
foi a cidade ucraniana de Luhansk no início do século XX. No centro, no plano
de fundo, está a Igreja da Ressurreição, localizada no cemitério municipal, dinamitada
pelos bolcheviques em 1935. O próprio cemitério foi demolido em 1948, para dar
lugar ao parque público em homenagem ao 30º aniversário da juventude comunista Komsomol (em 2007 o local rebatizado com
o nome da “Jovem Guarda”, uma organização juvenil antinazi da época da II G.M.).
No local da igreja hoje está situada a torre da TV.
A catedral da Proteção da Virgem de Starobilsk, região de Luhansk. Dinamitada pelo regime comunista em 1934. |
À
direita e ao fundo – o então principal santuário da cidade de Lugansk – a Catedral
de São Nicolau, também dinamitada em 1935 pelo regime comunista, em 1953 no seu
lugar foi construída a “Casa de Tecnologia”.
Um
pouco abaixo estava situada a mais antiga catedral do aldeamento Luhansky Zavod
(literalmente Fábrica de Luhansk) – Catedral da Assunção. Em 1924, em frente da
catedral foi erguido o monumento ao Lenine, e no biénio de 1924-1925 e “para
melhorar o espaço arquitectónico da praça”, a catedral foi destruída. Mais
tarde, no seu local foi construído o prédio de habitação para os trabalhadores
do comité executivo regional. Posteriormente deu lugar à «Casa da arte popular».
Templo cristão ortodoxo destruído pelos bolcheviques em Kyiv. Década de 1930. |
A
foto inicial é tirada à partir da atual rua Tsupov, na área da travessia ferroviária
perto do hospital público № 7 (fonte Luhansk
official).
Blogueiro:
alguém poderá dizer, que Notre-Dame de Paris ou Catedral da Assunção de Luhansk
não importam e o povo precisa é de tecnologia e da cultura. Mas se fosse apenas
isso, o poder comunista soviético não precisaria de destruir milhares de
igrejas, catedrais e outros locais de culto. Bastaria os transformar em museus.
Poucos, no entanto, tiveram este privilégio, a grande maioria foi dinamitada, destruída
para sempre, transformada em armazéns ou até em cadeias. Os bolcheviques nunca gostaram
do património da humanidade, pois pretendiam reduzir a história da humanidade à
mera luta dos povos pelo suposto futuro melhor, primeiro pelo “socialismo
científico” e logo depois, pelo comunismo.
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