terça-feira, abril 16, 2019

Cidade de Luhansk: património histórico destruído pelo regime comunista

Muito antes do Talibã, que explodiu as estátuas do Buda, ou extremistas islâmicos que celebram o incêndio na Notre-Dame, quem destruia o património histórico da humanidade eram os comunistas soviéticos, fieis do culto de “materialismo científico militante”.
Esta foi a cidade ucraniana de Luhansk no início do século XX. No centro, no plano de fundo, está a Igreja da Ressurreição, localizada no cemitério municipal, dinamitada pelos bolcheviques em 1935. O próprio cemitério foi demolido em 1948, para dar lugar ao parque público em homenagem ao 30º aniversário da juventude comunista Komsomol (em 2007 o local rebatizado com o nome da “Jovem Guarda”, uma organização juvenil antinazi da época da II G.M.). No local da igreja hoje está situada a torre da TV.
A catedral da Proteção da Virgem de Starobilsk, região de Luhansk.
Dinamitada pelo regime comunista em 1934.
À direita e ao fundo – o então principal santuário da cidade de Lugansk – a Catedral de São Nicolau, também dinamitada em 1935 pelo regime comunista, em 1953 no seu lugar foi construída a “Casa de Tecnologia”.

Um pouco abaixo estava situada a mais antiga catedral do aldeamento Luhansky Zavod (literalmente Fábrica de Luhansk) – Catedral da Assunção. Em 1924, em frente da catedral foi erguido o monumento ao Lenine, e no biénio de 1924-1925 e “para melhorar o espaço arquitectónico da praça”, a catedral foi destruída. Mais tarde, no seu local foi construído o prédio de habitação para os trabalhadores do comité executivo regional. Posteriormente deu lugar à «Casa da arte popular».
Templo cristão ortodoxo destruído pelos bolcheviques em Kyiv.
Década de 1930.
A foto inicial é tirada à partir da atual rua Tsupov, na área da travessia ferroviária perto do hospital público № 7 (fonte Luhansk official).

Blogueiro: alguém poderá dizer, que Notre-Dame de Paris ou Catedral da Assunção de Luhansk não importam e o povo precisa é de tecnologia e da cultura. Mas se fosse apenas isso, o poder comunista soviético não precisaria de destruir milhares de igrejas, catedrais e outros locais de culto. Bastaria os transformar em museus. Poucos, no entanto, tiveram este privilégio, a grande maioria foi dinamitada, destruída para sempre, transformada em armazéns ou até em cadeias. Os bolcheviques nunca gostaram do património da humanidade, pois pretendiam reduzir a história da humanidade à mera luta dos povos pelo suposto futuro melhor, primeiro pelo “socialismo científico” e logo depois, pelo comunismo.

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